Mundo Real

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6 - DANIEL

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6 - DANIEL

Cheguei ao saguão do hotel espumando de ódio, aquela mulher era algo que fugia completamente do que pensava enfrentar.

Sabia que trabalhando infiltrado teria de me adaptar ao cenário, mas não estava nem um pouco satisfeito com o que começava a vislumbrar.

Não tinha aceitado essa missão para me tornar fantoche de uma traficante, e sim para dominá-la e prendê-la.

— Você não disse uma palavra desde que chegamos — comentou Amanda quando entramos no meu quarto do hotel.

— Acertei alguns detalhes com a Ángel — disse.

— Ela nos fornecerá a mercadoria? É o que precisamos para dissolver as suas rotas de transporte e descobrir mais sobre as suas fábricas de cocaína — disse Amanda, satisfeita com um rumo para a investigação que ainda não tinha sido tomado.

— Ela quer que façamos a entrega da carga apreendida com o Henrico.

— Como assim? A carga foi confiscada — disse convicta.

— Não, ela foi recuperada.

— Como assim? Isso quer dizer que ela tem gente na Polícia Federal?

— Tem. Por isso foi bom termos selecionado a dedo quem ficaria de guarda do Henrico e principalmente tê-lo enviado para uma prisão de segurança máxima.

— O que faremos?

— Se quisermos a confiança dela para avançarmos dentro da quadrilha para destruí-la, temos que viver literalmente o personagem.

— Cometer um crime?! — perguntou preocupada.

— É isso que acontece quando se está disfarçado.

— Tem que contatar seu supervisor.

— Sei disso, ainda mais que precisaremos de ajuda para fazer que a carga chegue a Londres.

— Europa? Podemos obter ajuda da Interpol. Pegaremos a carga e o cliente dela assim que atracar.

— O cliente é pouco provável pela maneira que me explicou que funcionará, mas com toda certeza há o pessoal dela no porto e vamos pegá-los, assim temos a chance de saber como funciona a rota de distribuição na Europa.

— É uma ideia.

— Tomarei um banho e ligarei para o Richard depois.

Andei até o banheiro, precisava tirar o cheiro daquela mulher que sentia em mim. Engraçado que nem nos tocamos e ela estava em todos os cantos. Que porra era essa? Sempre tive controle dos meus desejos, não mudaria agora. Por isso, quando a Amanda perguntou se podia tomar banho comigo, disse que sim, desde que tomássemos as devidas providências para não expormos nossos disfarces de irmãos. Nada de sair do meu quarto com os cabelos molhados.

Tiramos a roupa e entramos no box, olhei para Amanda, que estava embaixo da ducha, e analisei seu corpo que conhecia tão bem: loira, esguia, apenas uns dez centímetros de altura a menos do que eu, cabelos pelos ombros, pouca bunda e seios volumosos, o padrão da mulher europeia, talvez devido à ascendência direta alemã. Impossível não as comparar e, antes que chegasse a alguma conclusão e fosse por um caminho perigoso, puxei a Amanda pela cintura e a virei de encontro ao box, joguei seu cabelo para o lado e mordisquei o seu pescoço, enquanto minha mão buscava o seu sexo.

Separei seus grandes lábios com o meu dedo anelar e comecei a masturbá-la.

— Dan! — gemeu entregue.

Amanda sempre foi submissa no sexo, o que era muito conveniente para atender as minhas vontades.

— Shi! — Não mandei falar — disse.

Dois dos meus dedos a penetraram e, enquanto a masturbavam, eu desci pelas suas costas e com a outra mão puxei o seu quadril o suficiente para me dar visão e acesso facilitado.

Chupei seu sexo de forma dura e carnal, Amanda gemia satisfeita. Quando me levantei, e ainda com os dedos provocando o seu sexo, penetrei-a com apenas um golpe. Juntei seus cabelos em um rabo de cavalo improvisado e puxei o suficiente para provocar um pouco de dor e assim, no limite entre o prazer e a dor, eu a fiz gozar, enquanto me detive a fazer o mesmo em silêncio.

Sabia que a pressão que senti naquela interação com a Ángel estava apenas começando e precisava manter os ânimos sob controle ou do contrário aquela mulher me dominaria.

Terminamos o banho e voltamos ao quarto.

— Você continua quieto — disse Amanda, após me observar por um tempo.

— Providências para tomar — disse, aproximando-me dela e puxando-a pela cintura. — Vou ligar para o Richard e alinhar o próximo passo — concluí, beijando seus lábios. Sabia que para manter o meu controle, deveria manter o mundo real bem próximo a mim e isso consistia em estreitar ainda mais os laços com a minha noiva.

— Cometeremos um crime — disse Amanda quando nos separamos.

— Um crime por um bem maior — afirmei, enquanto pegava o telefone e ela deixava o quarto com destino ao dela, afinal não podíamos deixar que suspeitassem do nosso real envolvimento.

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