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9 - ANGEL

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9 - ANGEL

Recebi notícias do meu contato em Londres sobre o navio com os meus contêineres. Pelo visto, Daniel tinha trabalhado direito, mas ainda algo me incomodava nele e não conseguia definir o quê, por isso, precisava pensar, ou melhor, precisava testá-lo mais um pouco, talvez fosse a hora de colocar o meu tigre dentro da jaula e mostrar o chicote como estava desejando desde que ele achou que não passava de uma boneca manipulável.

Com a aquisição das rotas e das fábricas de Ortega fiquei mais tempo que o planejado em Bogotá, então, pensei, por que não juntar o útil ao agradável?

— Daremos a mercadoria ao Daniel? — perguntou Guillermo, enquanto bebíamos uma tequila na minha casa na cidade.

— Ainda não, pensei em testá-lo mais um pouco na resolução de alguns assuntos pendentes.

— Ángel, não tivemos problema no Brasil ou em Londres e mandei verificar se ele tentaria algo.

— Sei disso, mas nossa margem de problemas seria bem pequena caso ele fizesse besteira, mas fornecer a mercadoria será colocá-lo no nosso meio e nas nossas rotas, ainda não tenho confiança para isso.

— Se ele ficar de joelhos confiará nele? — perguntou Guillermo, sabendo bem o que significava para mim.

— Em um primeiro ponto, não é porque a Mel usa a sua coleira que confia nela, e sim, pela história que estão construindo. O que quero com Daniel é saber se consegue obedecer ordens, em primeiro lugar.

— Ángel, claramente dá para ver que ele é um dominador. Como acha que se curvará?

— Chegou ao ponto, Guillermo, se ele quer muito fazer parte do nosso mundo, ganhar nossa confiança, terá que se submeter. Se não consegue fazer isso, significa que o seu principal objetivo não é ser meu parceiro, mas outro como tentar me dominar e, isso é impossível de acontecer.

Enviei o endereço da casa do Benício e a hora em que deveria comparecer. Eram os únicos dados que ele precisava, o resto seria o início do seu processo de observação.

Estávamos sentados à mesa, eu, Guillermo, Mel e Rico, quando Javier me perguntou se poderíamos jogar aquela noite.

— Sempre faço carinho nos meus cães — disse de forma seca, olhando-o com a frieza que sabia que ele adorava, tanto que se ajoelhou aos meus pés no mesmo instante, esperando uma ordem.

Não quero ser arrogante, mas a verdade é que, quando estava na casa de Benício, sempre havia briga entre os submissos para me servirem. Portanto, assim que percebeu que Javier conseguiu ficar aos meus pés, Felipe se aproximou, querendo a mesma atenção da minha parte.

— Tenho uma coleira sobrando — respondi. Seria interessante começar a noite com dois submissos.

Era hora de mostrar porque o Benício adorava as minhas visitas à casa, pois conseguia incendiá-la.

ÁngelOnde histórias criam vida. Descubra agora