O depois...

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13 - ANGEL

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13 - ANGEL

Quando saí daquele quarto tive que me encostar à porta e buscar o ar nos meus pulmões. Porra! O tigre era bem mais do que estava esperando e, por um momento, fiquei apreensiva porque na minha vida não cabiam envolvimentos amorosos. Decididamente, amor não era algo para pessoas como eu.

Tinha que me conscientizar que foi apenas um jogo, com um adversário que podia me fazer vacilar, mas somente isso.

Chamei um servo que estava na entrada do corredor e mandei-o ajudar o Daniel com as correntes. Puta merda! Não chamei a serva que conhecia porque não queria que ela o visse sem roupas, não admirasse o que naquele momento foi meu. Isso mesmo, um momento, era isso que teríamos, como ele mesmo deixou claro e concordei.

Um único momento que só se repetiria se ele pedisse por outro, mas sabia que ele não faria isso e, óbvio, não o testaria, pois tinha certeza que seria um grande risco se jogasse novamente com ele.

Peguei uma dose de uísque e puxei Javier para a pista de dança, precisava me distrair e mostrar a Daniel que era indiferente ao que tivemos assim que ele aparecesse para se encontrar com o seu pessoal.

O problema, que eu devia ter previsto, é que o tigre era territorialista e, no momento que ele deu um murro certeiro no pobre Javier, sabia que seria questão de tempo até que voltasse rastejando, pedindo por mais uma experiência e, quando isso acontecesse, teria que pesar muito bem os riscos.

— O que houve? — perguntou-me Mel quando chegamos em casa.

— Como assim? — retruquei, querendo tirar o foco da pergunta.

— Você sabe do que estou falando. Jogou com o Daniel?

— Joguei — respondi simplesmente.

— E ele se submeteu e, com toda certeza ficou, doidinho. Porque essa é a única explicação para o murro — disse.

— O que posso dizer, Mel? Será divertido domá-lo.

— Achava que isso não aconteceria, afinal é visível que ele não é submisso e ficaria louco em se ajoelhar — comentou, sentando-se ao meu lado no sofá da suíte.

— Daniel é dominador, mas não é o primeiro que faço que se ajoelhe aos meus pés — completei.

— Mas é o primeiro que faz os seus olhos brilharem pelo desafio.

Franzi as sobrancelhas e claro que desmenti sua insinuação, afinal não queria responder às perguntas que, com toda a certeza, a Mel faria em seguida a qualquer tipo de confirmação da minha parte.

— Porque ele é um tigre de verdade, não finge ser o que não é — completei, deixando que a minha foda com Daniel fosse apenas isso, uma foda.

— Como assim? — perguntou confusa e curiosa.

— É um dominador que se ajoelhou para mim, odiando cada segundo e sentindo-se um merda quando começou a gostar. Não cedeu às minhas vontades de imediato, como a maioria costuma fazer.

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