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Eu encarei aqueles hipnóticos olhos verdes e tentei dizer a palavra óbvia, mas ela não saía. Claro que eu queria que ele fosse embora, eu precisava disso. Mas tudo o que saiu da minha boca foi:

-Não.

Um lento sorriso se espalhou no Rosto malicioso de Riwty.

-Então ficaremos mais um tempo juntos.

Eu me sentia hipnotizada, eu queria que ele fosse. Por que não consegui dizer isso? Um sentimento de desespero atingiu meu peito, quanto mais tempo ele passasse comigo mais chances eu tinha de ser morta.

Riwty estava deitado na grama alta da floresta, estávamos em uma parte que eu não conhecia. Alguns pássaros azuis cantavam no topo de uma árvore. Riwty puxou duas maçãs de um galho com magia, mordeu uma e me entregou a outra.

A fruta estava linda, completamente vermelha. Quando eu mordi o suco escorreu pelo meu queixo, eu havia deitado ao lado de Riwty e não notei até que fosse tarde demais o fae lambendo meu pescoço. Meu corpo inteiro se arrepiou com aquele toque macio e quente.

-Docinha.

Corei em um nível inimaginável.

-Não te autorizei a me tocar assim.

-Também não proibiu.

-Vou voltar para a taberna.

Joguei a fruta no chão e comecei a caminhar quando ele segurou meu braço.

-Ninguém te viu sair, vai ser estranho se aparecer chegando.

Bufei para o desgraçado e deixei que me levasse de volta naquele redemoinho.

Bati na cama assim que cheguei ao quarto, fechei os olhos e os apertei esperando o mundo parar de girar.

Quando saí da vertigem, Riwty havia se transformado em gato e eu estava com muita raiva.

Destranquei a porta do quarto e resolvi dormir. Apenas arranquei as botas e deitei na cama. Bolinho pulou para cima de mim, mas eu o empurrei.

-Miau
(Não acha que está exagerando?)

-Não.

-Miau
(Foi só uma lambida)

-Você não entende.

-Miau
(Não mesmo)

-Então só aceite que vai dormir no chão.

Bolinho chiou, mas eu o ignorei. Cobri meu corpo com o cobertor de ovelha e fiquei quieta até dormir.

Mãos tocavam minha cintura, elas passeavam pelas laterais do meu corpo, massageando lentamente. As mãos desabotoaram minha blusa amarela, cada botão deslizando me fazia suspirar.

Minha blusa foi aberta e as mãos circularam meus seios por cima da minha anágua branca. O algodão deixava passar o calor daqueles dedos.

As mãos desceram para baixo das minhas saias e deslizaram por minhas canelas. Eu não usava meias fora da época de frio então houve um contato de pele com pele.

Eu me sentia ferver, meu corpo formigava. As mãos subiram pelas minhas coxas e alcançaram minha virilha, porém saíram de todo e eu suspirei.

As mãos foram para o meu pescoço e enroscaram meu cabelo. As mechas foram afastadas e senti uma língua roçar minha nuca. Tudo em mim se arrepiou, então os olhos tão verdes que eu só tinha visto em uma pessoa me encararam.

Acordei pulando de susto e meu coração e corpo pulsavam. Eu tentei me acalmar, mas meu corpo pedia alívio.

Passei os olhos pelo quarto e vi Bolinho na beirada da cama me encarando. Aqueles pontos verdes tinham invadido minha mente.

AceitoOnde histórias criam vida. Descubra agora