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Eu me surpreendi com a intensidade do beijo, ele trocou de lugar comigo e me empurrou contra a parede. Suas mãos passeavam pelo meu cabelo e soltavam os grampos dele, jogando aleatoriamente no chão.

-Ellie. Você está morena.

Eu colei minha boca a dele, não queria responder perguntas. Dessa vez o beijo foi mais lento. Eu sentia a ponta da sua língua roçando pela extensão da minha e isso me fazia suspirar.

Eu mordi seu lábio e ele gemeu. Beto passava as mãos delicadamente pelo meu rosto, como se certificar de que eu era real. Ele parou e encostou o nariz ao meu, sua respiração era entrecortada.

-Ah, Ellie. Você é tão linda, parece uma visão.

Ele percorreu as linhas da pintura do meu rosto.

-Elas não borram._ ele disse com certa surpresa.

Riwty era eficiente.

Ele beijou minha bochecha, meus olhos , a ponta do meu nariz e voltou para os meus lábios. Ele passou a língua entre eles, me fazendo abri-los.

Quando o beijo acabou eu mordi sua orelha, desci com a boca por seu pescoço, lambendo e chupando. Ele gemeu mais uma vez.

Ele me pressionava e eu conseguia sentir sua ereção, eu também estava excitada. Por que não? Eu o empurrei e segurei sua blusa pelos cordões. Saí pelo corredor evitando os casais e as portas com lenços amarrados, para indicar que estavam sendo usadas. Achei uma livre, não tinha nada para usar na porta, iam tentar abrir e o barulho seria irritante. Em um momento senti algo roçar meu seio e achei um lenço de seda Vermelha no meu decote.

-Não tinha percebido isso aí.

-Ainda bem que você não passou o tempo inteiro olhando para o meu decote._ Disse para desviar do assunto, ele ficou vermelho.

Senti certo incômodo ao perceber que Riwty nos observava. Sabia que ele já havia feito isso pelo menos duas vezes, mas era a primeira vez que interferia. Aquilo tornava a situação mais invasiva.

Amarrei o lenço na maçaneta e puxei Beto para dentro. Tranquei a porta e olhei o quarto, era minúsculo, com as paredes pintadas de vermelho como o resto da casa. A maior parte do cômodo era ocupada pela cama.

-Você tem certeza?

Calei-o com um beijo e demos os dois passos que separavam a porta da cama.  Nos sentamos no colchão e ele parou de me beijar para olhar para mim.

-Você é tão linda, tem um brilho que alcança as estrelas.

Fiquei vermelha, será que ele estava bêbado?

-Você está delirando.

-Não, só estou te contando a verdade.

Ele então me deitou na cama, puxou a barra do meu vestido e com delicadeza se abaixou para tirar minhas sandálias. Mas então seu corpo se retesou e ele deixou os sapatos, seu olhar parecia desfocado.

-Mudei de ideia, elas são muito bonitas.

Ele me girou no colchão e me deixou de bruços. Seus dedos correram pelas minhas costas, aquilo me arrepiou. Ele desabotoou o primeiro botão, o segundo, o terceiro. A cada pedaço de pele exposta ele depositava um beijo leve na região.

Tudo nele era doce, carinhoso, delicado. Ele me levantou e desceu o vestido. Não estava usando nada por baixo a não ser uma calcinha fio dental de renda, as únicas que eu já vira usando esse modelo eram as moças, mas considerando que eu estava em um bordel, achei que combinava.

-Tão linda.

Ele me pegou no colo e me colocou novamente no colchão. Ele puxou delicadamente minha calcinha e a retirou. Beto passava as mãos pelas minhas pernas, massageando-as, era um pouco estranho me ver apenas com a sandália de salto.

AceitoOnde histórias criam vida. Descubra agora