Família Nara

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*Shikamaru*

O nervosismo da Temari, mesmo que tentasse esconder, era impossível e a minha vontade de rir estava imensa, afinal, ontem quem estava assim era eu. Peguei o meu celular para avisar a minha mãe sobre a nossa ida até a casa dela.

*Shikamaru 10:20

Oi mãe, vou levar a Temari ai daqui a pouco. Ela ficou chateada por não ter ganho o acampamento da escola, então vamos passar a noite na cabana. *



Ela saiu do banheiro com a toalha em mãos e ficou parada me encarando.

-O que foi, amor? –Disse deixando meu celular no canto da cama.

-Eu esqueci de trazer roupa. –Não consegui segurar a risada e ela fechou a cara com raiva.

-Tudo bem, princesa. Vou pegar aquele moletom meu para você.

-Sua mãe não vai achar estranho?

-Provavelmente, mas eu aviso que você esqueceu de pegar roupas em casa.

Ela assentiu com a cabeça e eu fui procurar o moletom no armário, quando me virei para entregar a ela, ela estava nua com um sorriso malicioso em seu rosto. Sorri negando com a cabeça e lhe entreguei o moletom, deixando um beijo molhado em seus lábios.

-Minha vez de tomar banho!

Voltei a atenção para o armário enquanto ela vestia meu moletom e coloquei uma toalha em meu pescoço, me dirigindo ao banheiro.

O banho foi rápido e quando sai do quarto, vi a Temari digitando algo no meu celular.

-O que está fazendo, princesa? –Perguntei curioso. Ela direcionou seu olhar para mim e sorriu.

-Avisando sua mãe que vou com a sua roupa por que esqueci as minhas.

"Ela ficou realmente preocupada com isto", pensei.

-Aliás, ela respondeu a sua mensagem, disse que tudo bem irmos lá agora.

-Muito metida está minha namorada linda. Vamos logo.

Neste meio termo, já estávamos em frente à casa dos meus pais.

-Não me disse que a casa deles era tão grande. Shika, eu estou morta de vergonha.

Ri um pouco da reação dela, colocando meu dedo em seu queixo trazendo-o para mim, lhe deixando um selinho nos lábios.

-Então não vou dar tempo para pensar. –Disse tocando a campainha sentindo ela quase esmagar a minha mão.

Em menos de um minuto a minha mãe abriu a porta e olhou diretamente para ela com um grande sorriso.

-É mais bonita ainda pessoalmente. Venham, entrem.

A Temari ficou corada e eu a puxei para um abraço de lado, lhe dando um beijo no topo de sua cabeça.

-O almoço ainda vai demorar, leve ela lá no escritório do seu pai.

-Sim mãe. –Falei puxando a Temari pela casa e ouvindo risadinhas vindo dela. –É melhor obedece-la, ela é bem braba se quer saber.

Cheguei na frente da porta e dei leves batidas antes de abri-la.

-Ah, já chegaram. Vou ter companhia em uma partida? -Olhei para a Temari que se curvava se apresentando para o meu pai que sorriu para ela. –Sabe jogar shougi querida?

-Não muito bem.

-Não tem importância, venha, sente-se. E Shikamaru, vá ajudar a sua mãe no almoço, antes que ela se irrite.

*Temari*

Os dois parecem ter medo daquela mulher, mas ela foi muito simpática comigo. Me sentei em frente ao pai dele e ele me deu uma rápida explicação do jogo, como o Shika já havia dado e começamos a jogar.

Não tenho nem que dizer que as poucas partidas foram muito rápidas, ele é ainda melhor que o filho dele, ou eu que sou muito ruim. Talvez os dois, conclui.

-Você é bem observadora. O que fez gostar do meu filho?

Como imaginei, alguém me sondaria, mas está sendo melhor do que eu esperava, eu já não estava mais nervosa.

-Não sei dizer ao certo, ele é gentil e inteligente, talvez seja isso, e claro, ele é muito bonito também. –Ele riu.

-Meu filho nunca chegou a namorar ou a falar de outras mulheres aqui em casa, acredito que tenha fisgado ele dê jeito, como diz a minha mulher.

-Espero que sim.

-Mora com quem?

-Meus dois irmãos e as vezes, o meu tutor está em casa, mas ele viaja muito, então geralmente estou só com os meus irmãos.

Antes que ele voltasse a falar, Shikamaru nos chamou para almoçar.

-A comida está ótima, dona Yoshino.

-Muito obrigada, querida. Sua namorada é muito educada filho, e me parece ser de opinião forte, estou certa?

-Sim. –Respondeu ele revirando os olhos me fazendo rir.

-Goste de você, Temari.

Senti as minhas bochechas queimarem e segurei na mão dele, a qual ele fez um carinho com o polegar. Eu fui aceita na família dele, e isto, com certeza me deixa muito feliz. O pai dele não é de muitas palavras e depois de lavar a louça, a qual eu os ajudei, ele não largou mais a minha mão em momento algum.

Ele me traz uma paz tão grande e faz com que eu realmente me sinta amada, estou ansiosa para conhecer o lugar em que vamos passar a noite. 

É melhor quando é proibido (Shikatema)Onde histórias criam vida. Descubra agora