Meus amores

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*Shikamaru*

Peguei a folha e conforme ia passando os olhos por ela, começava a entender sobre o que era, até chegar no final e ler "positivo". Fiquei totalmente sem reação, como vou explicar que ela está grávida sem perder o emprego? Minha cabeça está a mil, até eu ouvir ela começar a falar, com a voz chorosa.

-Shika, eu sei que não estava nos nossos planos, mas...

Não deixei que ela terminasse, abracei ela fortemente e lhe dei um selinho demorado, sentindo lágrimas molharem o meu rosto. Agora não é a hora de pensar na parte difícil, a última coisa que desejo é ver ela triste por pensar que não quero está criança.

-Sim meu amor, não estava nos nossos planos, mas aconteceu e, me desculpe eu não sei bem como reagir, uma parte de mim está com um medo enorme e a outra está super feliz, afinal, não é todo dia que se descobre que vai ser pai ao lado da mulher que se ama.

-Shika você....

-É cedo, porém eu mal vejo a hora de ver o rostinho do nosso bebê. –Falei passando os dedos por sua face e enxugando suas lágrimas.

-Amor, eu estou com medo.

-Eu também estou, minha princesa, não vou mentir para você. As vamos pensar nos problemas depois, por agora, vamos focar na nossa felicidade, ok? –Ela deu um sorriso confirmando com a cabeça, a médica lhe deu alguns medicamentos para os enjoos, que são permitidos para gravidas e então nos dois saímos, rumo ao carro outra vez.

-Amor, estou com fome. –Falou no meio do caminho.

-O que você quer comer, meu anjo?

-Panqueca de chocolate.

-Meu Deus, onde eu vou encontrar isso, mulher? –Ela riu e eu neguei com a cabeça, rindo também.

No fim fomos ao mercado, e lá ela escolheu várias coisas, tudo doce, ou melhor, quase tudo pois eu obriguei ela a escolher algo salgado. Ela sorria como uma criança que ganhara um presente e eu sorria com ela. Realmente não quero pensar nas consequências agora, e também não quero deixar a minha mulher estressada.

Enfim, em casa, fui diretamente para a cozinha, enquanto ela derretia o chocolate com creme de leite, eu fazia as panquecas. Coloquei elas na mesa junto a uma garrafa de café amargo e me sentei de frente para ela, olhando ela devorar as panquecas.

-O que está olhando Shika?

-Você é tão linda. –Falei normalmente vendo ela corar. –Você me faz tão feliz, Temari.

-Você também me faz muito feliz Shika.

Sorri para ela, tomando um gole de café, vendo ela torcer o nariz para mim me fazendo rir, ela odeia café amargo. Após comermos, limpamos a louça juntos, claro que eu limparia sozinho, mas nem insisti, eu conheço ela o suficiente para saber que geraria uma briga, afinal o remédio e a comida deixaram ela melhor.

Passei o meu braço pelo seu ombro e fomos para o meu quarto, nos deitamos na cama, ela com a cabeça no meu peito e ouvi meu celular vibrar.

*Kakashi 17:40

Eae cara, como está a tua loira? *

Olhei para ela como que perguntando se posso dizer, porém ela foi rápida e pegou celular da minha mão e começou a digitar.

*Shikamaru 17:40

Ela está bem, daqui a oito meses e pouco passa. *

*Kakashi 17:41

ELA TÁ GRÁVIDA? *

*Shikamaru 17:41

Estou. *

Ela jogou o celular em um canto e me beijou, acariciando o meu rosto.

-Não adianta tentar esconder, ainda mais dele que é namorado da Sakura. Amanhã vou contar para os meus irmãos, tudo bem?

-Sim meu amor, não quer que eu esteja junto?

-Não, depois vai lá, afinal, meu tutor vai querer ver você.

Engoli seco tentando afastar o medo antecipado.

É melhor quando é proibido (Shikatema)Onde histórias criam vida. Descubra agora