eu não poderia esquecer, feliz ano para vocês que acompanham as minhas obras. ❤️
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A noite de sábado é cansativa apenas para os menos afortunados. Minha mãe já saiu de casa, o Dr. West passou para buscá-la para um jantar em algum lugar em que a comida tenha o preço de um mês de aluguel. Minha irmã foi mandada para um acampamento da escola, pois a minha mãe decidiu não ser superprotetora, pelo menos hoje.
Os conteúdos para as provas finais estão me matando, tenho tentado estudar acima de tudo, por mais que as vezes seja bem difícil manter a concentração, quando os meus pensamentos tomam rumos desnecessários e mútuos.
Não estava nos meus planos vir até a casa de Callie hoje, tudo isso se deve ao fato de eu ter emprestado alguns livros complementares e esquecido de pedir de volta. Não é uma emergência, talvez seja porque eu não suportava mais ficar sozinho em casa em meio a uma pilha de livros e cadernos e precisasse tomar um ar.-O colégio aceitou enviar as atividades e provas para que a Callie faça com supervisão no lugar onde está.-Explica o pai, que me trouxe até o seu quarto, que aparentemente passou por uma reforma tão rápido. Não há nenhuma janela. Não mais. Agora tudo o que há na frente de onde deveria estar a mesma é um espelho grande. Onde eu posso ver a minha cara de idiota. As coisas mudam, tudo muda, menos eu, e isso é claro.-Nós ligamos ontem e ela está bem, caso queira saber.
Assinto, ainda parado em frente ao lugar onde deveria estar a janela com a minha visão favorita.
-Estarei lá em baixo caso precise de alguma coisa.
Observo um pouco mais antes de pegar os meus livros na nova estante e sair daqui. A janela que dava visão á Henri foi embora, e a bagunça que havia no quarto também. Eu invejo o quarto. Por que tudo não pode ser fácil assim para mim? Por que eu não posso passar com uma reforma e mudar tudo? Esquecer, reformular e dar um novo significado às coisas?
Bem no fundo, ainda chego a acreditar que não seja impossível.*
Estacionei o carro um pouco mais para frente, pois o do pai de Callie já estava na frente de sua casa e eu não tinha planos de demorar. E não demorei, não deveria haver problemas pelo meu carro estar atrapalhando metade da entrada da garagem da casa de Henri por dez minutos... não deveria. Afinal, eu achei que ele não estivesse em casa a esse horário, como de costume.
-Decidiu não invadir dessa vez?-Pergunta, da frente de casa. Deve ter acabado de chegar. Para a minha sorte não teve dificuldade em colocar o seu carro para dentro, ele deve ser um ótimo motorista. Continuo o que estou fazendo, abro a porta do meu carro e coloco os livros no banco de passageiro, tentando não transparecer que estou em choque.-Eu já estava indo te procurar lá dentro... só precisava pegar o taco de baseball antes.
Agora que não tem mais jeito, viro-me para ele, que já está próximo a cerca que dá limite a grama do jardim de entrada. Definitivamente acabou de chegar, está com a roupa do treino de boxe.
-Talvez eu vá invadir a casa de outra pessoa hoje.-Respondo, e não acho que fui convincente nessa tentativa de parecer uma pessoa de compromissos e atrasado. Cruza os braços, não parece cair na minha. Droga.
-Tá esperando o que?
Durante cerca de cinco segundos, fico parado o encarando e me sinto patético por isso. Pode ser que eu esteja admirado por finalmente não estar com aquele famoso mal humor reservado somente para mim.
-E também... tem uma outra pessoa que não gostaria nada se eu... sabe?.. invadisse.-Tenho medo de que a minha tentativa de chegar ao assunto "Lizie" possa ser em vão, pudera, não é algo que possa ser falado na frente de casa.
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Bullying
Romance"Ele me importunava todos os dias e eu chegava a perder a paciência. E foi então que eu descobri que ele queria chamar a minha atenção... mas não era somente isso o que ele queria." AVISO: possível gatilho. * violência (física e psicológica), abuso...