Capítulo 49

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Optamos por pedir comida pronta naquela tarde. Almoçamos em harmonia, depois, assistimos um filme de comédia na TV. Eu caí no sono e Micael aproveitou para repor as matérias que não tinha prestado atenção, já que havia dormido.

Acordei assustada, com o barulho de trovão. Do nada o clima em Nova Iorque tinha mudado. O sol mudou completamente pra um temporal muito forte, com direito a trovões e raios.

— Micael? — O procurei.

— Oi, amor. — Me respondeu. Estava no balcão da cozinha. Eu sempre me esquecia. — Eu estou aqui, estudando!

— Desculpa. — Caminhei até ele.

Um trovão me pegou desprevenida. Me assustei.

— Você quer que eu cozinhe alguma coisa pro jantar? — Me perguntou.

— Não precisa. Eu ainda estou cheia do almoço. — Encarei os lados, os relâmpagos clareavam onde nós estávamos.

— Tudo bem. — Sorriu. — Eu vou terminar aqui. Por que não sobe?

— É, eu vou subir. — Beijei seus lábios.

Fui até o quarto tomando um banho de banheira, relaxei meu corpo enquanto a chuva caía lá fora. Já tinha anoitecido, o que deixou um clima extremamente confortante.

Me deitei na cama, me enrolando no edredom, liguei a TV certificando que não iria dormir novamente.

Tarde demais! Parecia que eu não tinha cochilado no sofá.

Eu tinha caído no sono novamente, e quando acordei, Micael estava do meu lado, dormindo também.

Olhei no relógio digital que indicava três e meia passada, mas, algo errado estava acontecendo.

Outro trovão caiu quando sai da cama, descalça. Andei até a suíte lavando minha nuca. Eu estava ofegante!

Desci as escadas e parei no meio da sala, sem ter o que fazer. Sem sono. Eu estava estranha!

Mas não conseguia identificar o por quê de estar daquele jeito.

Senti sede. Caminhei até à cozinha, abrindo a geladeira e pegando uma garrafa d'água.

Naqueles próximos minutos tudo pareceu estar em câmera lenta.

A garrafa caindo da minha mão.

O trovão ecoando.

Os relâmpagos clareando minha face assustada.

E minhas pernas... Senti algo escorrer, como se eu estivesse fazendo xixi.

Outro trovão ecoou, forte.

Kate iria nascer!

— Oh, não. — Respirei fundo. Até agora, tudo estava tranquilo. — Aguenta aí, Kate. Aguenta aí!

Respirava fundo, tentando não ficar com medo. Eu ainda não sentia contrações, o que me deixou aliviada.

— MICAEL! — Gritei, andando em mínimos passos até a sala. — MICAEL! — Gritei novamente.

Eu não conseguiria subir as escadas, o melhor que pude fazer foi chamá-lo.

Só gostaria que ele me escutasse.

— MICAEEEEEEEL! — Me esguelhei.

Segurei minha barriga enquanto respirava fundo.

Young and the Restless - Jovens e Inquietos Onde histórias criam vida. Descubra agora