Capítulo 54

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Acordei com o barulho da babá eletrônica, alguns sons emitidos por Kate me fez pular da cama. Micael estava deitado de bruços, dormindo. Tão lindo! Estava cansado e abatido, eu conseguia ver por suas expressões enquanto sonhava.

Me levantei, tive que levantar! Fiz minha higiene matinal e vesti minha roupa, que já estava virando uniforme.

Top de academia e um shortinho de algodão. E não, eu não iria treinar em lugar algum.

Andei até o quarto de Kate que observava o local, especificamente o tocador musical que tinha em cima do berço, com bichinhos coloridos e fofinhos.

— Bom dia, filha! — A peguei, enchendo Kate de beijos. — Você nanou bem? Conta pra mamãe! — Me sentei na poltrona, amamentando a mesma.

Meus seios pediam e eu podia sentir quando os tirei do top, escorriam demais, eu já estava me cansando!

— Então foi um sim? Você nanou? — Segurei suas mãozinhas enquanto escutava Kate sugar o leite, com fome. — Pode mamar, meu amor. A mamãe tem todo o leite do mundo pra você. — Toquei seus cabelinhos enquanto ela me olhava, que amor!

Amamentei Kate e depois troquei sua fralda, a rotina que ficaria repetitiva daqui alguns dias. Desci as escadas com ela nos braços, antes de colocá-la no carrinho, me preparando pra tomar café.

Mas antes, fui até a caixa de remédios, tomando um anticoncepcional. Não podia me esquecer, jamais!

O interfone tocou, estrondoso. Franzi meu cenho.

— Quem será? — Encarei Kate que chupava sua chupeta, na cor rosa.

Caminhei até o interfone, atendendo.

— Quem é?

— Dona Sophia? Bom dia! É a sua mãe, posso deixá-la subir? — O porteiro disse.

Meu coração gelou. Engoli seco, me preparando pra dizer.

— Claro! — Cocei minha nuca, nervosa. — Obrigada. — Coloquei o interfone de volta à base.

Meu coração iria sair pela boca e eu nem sabia o por quê. Andei de um lado para o outro, me preparando. Fazia tempo que não via minha mãe e tínhamos que colocar os pontos restantes.

A campainha tocou, a hora era agora.

— Bom dia, querida. — Minha mãe sorriu, estava aparentemente bem. Segurava sua bolsa nos ombros. — Está linda! Posso lhe dar um abraço?

Corri para os braços da minha mãe, soltando minhas lágrimas. Era horrível ficar brigada com alguém, ainda mais com nossas incríveis mães.

— Me desculpe, mãe. — Ela secou minhas lágrimas. — Eu não queria ter te tratado daquele jeito.

— Querida, não chore. Está tudo bem! — Sorriu, me fazendo sorrir também.

— Entra aqui. — A puxei, fechando a porta em seguida. — Precisa conhecer a sua neta. — Andamos até o carrinho de Kate.

Minha mãe teve todas as expressões possíveis no rosto. Alegria, surpresa, felicidade... Chorou à beça quando avistou Kate, quietinha no carrinho, que agora, tocava um brinquedinho de pelúcia.

— Meu Deus. Ela é linda, Sophia! — Segurou Kate no colo. — Eu sou uma princesa, vovó. Eu sou!

Sorrimos.

Young and the Restless - Jovens e Inquietos Onde histórias criam vida. Descubra agora