Capítulo 43

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— Como andam as coisas por lá? — Puxei assunto, dentro da banheira, enquanto tinha Micael massageando meus ombros.

— Você diz em relação à quem?

— Rayana.

— Ela continua uma idiota. — Ri leve.

— Sabe, precisamos criar um plano B com ela.

— Plano B? — Franziu o cenho. — O que seria isso?

— E se ela descobrir? — Me virei, encarando Micael que molhava os cabelos.

— Ela não vai descobrir. Relaxa!

— Ela não é tão idiota assim.

— Mas ela não vai descobrir, confia em mim, por favor. — Me pediu, beijando o colo dos meus seios.

— Eu tenho medo, Micael. Ela pode...

— Amor, relaxa! A Rayana é burra, mas se caso ela desconfiar de alguma coisa, eu tenho tudo guardado. — Sorriu, tentando me deixar menos preocupada.

Era impossível! A qualquer momento ela poderia descobrir. E eu não saberia como reagir.

— Eu te amo, sabia? — Toquei seu rosto.

— Eu também te amo. — Me beijou. — Eu sonhei com ela hoje, sabia?

— Sério? — Sorrimos.

— Sim. Eu não vejo a hora de ver o rostinho dela, poder abraçar ela, cheirar ela, segurar ela. — Estava tecnicamente bobo, eu sorria a cada palavra que ele dizia. — Eu estou muito ansioso. Não posso perder o seu parto por nada.

— Parto. — Fiquei em transe.

Aquela palavra me preocupava.

— Está com medo?

— É. Essa palavra me assusta. — Congelei meu sorriso fazendo Micael rir. — Você só está rindo porque não é com você!

— Amor. — Terminou de rir. — Tudo que entra tem que sair, não?

— Eu sei, bobo. — Riu novamente. — Eu não tinha pensado nisso ainda. — Mordi a ponta dos dedos.

— Fica tranquila, eu vou separar as melhores cirurgiãs de Nova Iorque pra você. Todas excelentemente qualificadas com o...

— Amor, não precisa disso tudo. Nascendo já está de bom tamanho. Não está?

Eu estava nervosa e Micael havia percebido. Aliás, todo mundo perceberia se visse minha cara em estado de choque.

— Eu acho que você deveria. — Aproximou-se de mim. — Relaxar. — Rodeou meu mamilo direito com o polegar.

Justo ele! Não podia ser o outro?

Tudo, menos aquele.

— Não, não, não. — Segurei seu dedinho nervoso. — Esse não.

— Por que esse não? — Franziu o cenho.

— Tá dolorido! — Torci o nariz. — Eu sinto muito por isso.

— Tá tudo bem, meu amor. — Tocou meu rosto. — É normal isso acontecer, está tudo bem. — Me beijou.

Micael saiu da banheira em um impulso, buscou uma toalha enrolando na cintura. Saiu da suíte, andando até o closet.

Young and the Restless - Jovens e Inquietos Onde histórias criam vida. Descubra agora