Young and the Restless - Jovens e Inquietos

Capítulo 81

— Eu te cacei que nem um filho de uma puta fodido. — Micael cerrou os dentes, se aproximando. — Enquanto você estava aqui, nesse fim de mundo, com um moleque qualquer.

— Pera aí, moleque não! — Austin saiu da água, peitando Micael.

— Moleque sim! O que você está fazendo com a minha mulher? — Estavam tão próximos.

— Sua mulher? Não tem nenhuma mulher aqui! Sophia me disse tudo. — Grunhiu. — Deixe ela em paz!

— PAREM COM ISSO! — Fiquei no meio dos dois, separando. — Austin, melhor você ir. — Encarei ele que não entendeu.

— Está vendo? Era disso que eu estava falando! — Austin pegou suas roupas e saiu, me deixando sozinha com Micael.

Não iria negar, se tivesse uma máquina de invisibilidade eu gostaria de ter uma naquele momento.

— QUE PORRA DEU EM VOCÊ? — Me segurou forte pelo braço. — ME RESPONDE!

— ME SOLTA! — Gritei. — VOCÊ TÁ ME MACHUCANDO!

Micael me soltou, fazendo com que meus cabelos balançassem.

— Anda, me diz! — Passou a mão no rosto, nervoso. — Eu preciso de uma ótima explicação pra saber o que aconteceu.

— Eu decidi vir embora. — Respirei fundo. — Eu não estava feliz lá, Micael! Desde que Kate nasceu eu nunca estive feliz.

— Ah, vá se foder! — Umedeceu os lábios. — Eu te dou tudo e você me diz que não está feliz? O que você quer então?

— EU QUERO VOCÊ, CARAMBA! — Minhas lágrimas escorreram. — É um inferno conviver desse jeito, sabendo que você dorme com outra, é tecnicamente chantageado pela outra, você vive duas vidas, Micael! E eu não quero isso pra mim.

— Então o que você quer? — Chegou mais perto. — Você quer estudar? Eu arrumo uma excelente faculdade paga pra você! Você quer dinheiro? Eu te dou mais. Você quer um batalhão de babás pra conseguir fazer as suas coisas? Tudo bem! Eu posso arrumar isso tranquilamente. — Disse. — Você me quer? Eu estou bem aqui! — Abriu as mãos. — Eu posso te dar tudo o que você quiser, Sophia! Só basta você me dizer.

Abaixei minha cabeça enquanto chorava. Era difícil pra mim! Eu estava prestes a sair da família Borges, mas, Micael me convenceu e me deu mais chances de não sair de perto dele.

Afinal, eu era apaixonada por aquele homem.

— Foi a louca da sua mãe, não foi? — Cruzou os braços, esperando uma resposta.

Mas eu não dei. Sai andando enquanto chorava, deixando Micael desesperado novamente para trás. Consegui avistar a 4x4 novinha em folha, toda aberta, parada de qualquer jeito.

Estávamos sozinho naquela imensidão de matos.

— Sophia, volte aqui! — Ele parou atrás de mim. — Eu preciso saber o que está acontecendo com você. — Tocou meu rosto, delicadamente. — Por favor, querida! Me diga. — O cheiro de seu perfume me envolveu.

Eu não fiz nada, não disse nada, não questionei com nada. Apenas coloquei minhas mãos no rosto de Micael iniciando um beijo cheio de saudade. Meu corpo entrou em choque quando encostou-se com o corpo quente de Micael, que me prensou no capô da 4x4, fazendo com que eu sentasse na lataria do carro, envolvendo minhas pernas em sua cintura.

Meu sutiã ainda molhado foi retirado do meu corpo, fazendo com que algumas gotículas percorressem em meus mamilos já túmidos. Eu senti falta daquilo! Quase tive um êxtase delicioso ao sentir a boca carnuda de Micael os sugando novamente. Consegui espremer meus próprios seios em sua boca, decretando que ele usasse e abusasse daquele momento.

Ele estava matando a saudade quando beijou minha barriga e desceu os beijos até o meio de minhas pernas, me fazendo arrepiar ao retirar a calcinha, também molhada, dos dois jeitos. Não deixei que ele me chupasse, eu queria Micael dentro de mim, o mais rápido possível.

O ajudei ao retirar sua roupa, Micael me beijava intensamente enquanto pincelava sua glande em minha intimidade inchada e pronta para recebê-lo. Nos próximos minutos eu só consegui gemer e matar a saudade que eu estava sentindo por ele. Eu nunca deveria ter saído de perto dele, decretei naquele momento.

Os movimentos estavam ágeis e eu consegui sentir o latão novo da caminhonete fazer barulho, assim como o veículo se mexendo. Estava em êxtase! Parei de sentir frio a partir do momento que encostei no corpo de Micael, não querendo sair dali nunca.

— Eu te amo, muito! — Sussurrei enquanto franzia meu cenho, me queixando do prazer que estava sentindo. Micael também soltou urros másculos que me fizeram chegar mais além, aproveitando de todo o êxtase que eu estava sentindo.

Gozei alguns segundos depois, deixando Micael gozar por último. Fechei meus olhos sentindo a brisa que estava chegando, o sol de fim de tarde batendo em nossa pele. Fazer sexo no capô de uma caminhonete foi a coisa mais radical que eu poderia ter feito.

Escutar a respiração ofegante de Micael naquele momento foi um presente pra mim.

Ficamos em silêncio, tinha a cabeça de Micael pousada em meus seios, enquanto ele se recuperava.

— Não vá embora, por favor. — Disse calmo.

— Eu não vou. — O respondi, cansada do mesmo jeito.

Senti meu corpo sair do capô da caminhonete, Micael me pegou no colo, me levando pra dentro do veículo. Entramos no banco de trás, já nos fervorosos beijos.

— Quem era aquele? — Beijou meu pescoço me fazendo ter arrepios.

— Ninguém. — Passei a mão em seus cabelos.

— Ninguém? — Mordeu a ponta da minha orelha.

— Tem certeza que quer falar disso agora? — Revirei meus olhos, voltando a beija-lo.

Micael era insistente quando queria.

— Eu quero saber quem era aquele! — Me encarou, sério.

— Eu vou te contar tudo! — O beijei novamente. — Só depois que a gente transar bastante.

— Transou com ele? — Micael teve medo na voz.

— Eu não transei com ele. A única pessoa com quem eu acabei de transar. — Subi em cima de Micael, tocando seu ombro. — Foi você.

— Acho bom. — Apertou minha bunda. Sorri com malícia, aquilo foi algo novo pra mim.

Mas eu havia gostado!

— Eu fiquei louco atrás de você. — Pegou em meus cabelos. — Eu até liguei pra Lua!

— An? — O parei, encarando sua face. — Você falou com a Lua? Ela te deu o endereço daqui?

— Ela sabe onde você estava? — Ficou bravo de novo.

— Não! — Neguei. — Ela não sabe onde eu estou. Como me achou, Micael? — Quis saber.

Enquanto estava pelada, em cima de Micael, dentro da caminhonete.

— É sério que você quer falar disso, agora?

— Vamos voltar pra casa, vai ser melhor. — Sai de cima dele, me encolhendo no banco do carro.