Capítulo 95

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O dia seguinte estava sendo ótimo para mim! Acordei cedo, fiz minhas higienes matinais e liguei para Dakota pedindo que olhasse Kate, iria sair, iria ir ao centro de Nova Iorque seguir alguém e pôr o meu plano em prática.

Me vesti perfeitamente naquela manhã, usei roupas de grife caríssimas e sapatos que eu nem imaginaria ter. Por último coloquei um par de óculos escuros que eu demoraria uma vida para ajuntar dinheiro e comprar, estava muito bonita, não iria mentir!

Chamei um táxi e entrei no veículo, com destino à avenida principal de Nova Iorque, dando acesso às lojas famosas de ótimo nível.

— Bom dia, em que posso ajudar? — A atendente sorridente me parou, um porre! Sabia que era o trabalho delas mas eu odiava ser pressionada, eu realmente odiava.

— Gostaria de ver os seus sapatos, por favor! — Ela assentiu me deixando à vontade dentro da loja.

Eu já tinha avistado meu alvo que começava uma leve discussão com a caixa, seu cartão estava dando problema e assim ela não poderia levar as três peças de roupa que havia escolhido. Uma pena!

Me aproximei colocando minha bolsa Prada em cima do balcão, esperando gentilmente.

— Você? — Rayana me encarou. — O que está fazendo aqui?

— Comprando sapatos! — Retirei meu óculos. — Quanto tempo eu não te vejo.

— E você tirou dinheiro da onde, coisa pobre? — Me olhou de cima a baixo.

— Eu casei, você não sabia? — Dei atenção rapidamente à atendente que trouxe duas caixas Gucci, onde dentro, haviam sapatos de luxo. Os tirei, observando os detalhes cafonas que qualquer milionária compraria.

Depois dali iria passar ao Rock Mall, iria comprar um par de All Star cano alto. Eu precisava!

— Você é rápida, coisa pobre. — Debochou. — Quem é o coitado que você tá sugando o dinheiro?

— Harry, ele é da Califórnia. Nos conhecemos em uma viagem. — Sorri. — Bonito, simpático, dono de duas empresas. Estamos vivendo bem! Ele aceitou a minha filha. — Expliquei.

Rayana estava caindo direitinho.

— Que ótimo. — Não esboçou reação. — Eu também estou vivendo muito bem, mais do que você imagina.

— Eu imagino sim. — Assenti. — Você e Micael combinam. Ele é ótimo, assim como você. — Peguei uma caixa na mão. — Irei levar esse! — Entreguei à caixa.

— Você tem dinheiro pra comprar isso? — Rayana apontou à caixa, um pouco desacreditada.

— É lógico! Vai me dizer que você não tem? Engraçadinha! — Ri comigo enquanto tirava o meu cartão da bolsa.

Rayana ficou em silêncio, esperou que eu passasse ao caixa.

— Algum problema com suas roupas? — Perguntei.

— Nada que te interesse.

— Só gostaria de ajudar! — Rendi minhas mãos.

— Não preciso da sua ajuda, coisa pobre. — Rebateu.

— Bom. — Suspirei. — Pode ligar pra mim, se quiser, algum dia. — Passei meu telefone à Rayana. — Podemos conversar sobre a época do colegial. Preciso rever as meninas.

Entreguei meu número à Rayana que aceitou, com um pouco de mal agrado. Encarou o número antes de me encarar.

— Até mais, Rayana! Estarei esperando. — Busquei minha compra e me despedi.

Estava conseguindo, um grande passo! Consegui às informações com Lua na noite anterior, já que tínhamos voltado a nos falar, em termos.

Meu plano estava certo: Tentaria ao máximo me enfiar na vida dos Carvalhos, tentaria ao máximo me esforçar para virar amiga de Rayana, mesmo ela me odiando. Tentaria ao máximo ajudar qualquer tipo de problema.

Sem Micael saber, é claro! Mas óbvio que ele saberia, seria uma ideia muito idiota se ele não soubesse.

Não muito longe dali Micael estava saindo da faculdade, entrou dentro da IX35 e foi direto ao meu apartamento. Guardou o carro no estacionamento subterrâneo e subiu, não sabia que Dakota estaria lá.

— Sophia? — Passou pela porta, trancando em seguida.

— Senhor Borges. — Dakota levantou-se rápido. — Sophia saiu, ela volta em algumas horas.

— Saiu? — Micael franziu o cenho. — Sabe onde ela foi? — Andou até a cozinha.

— Não, ela não me disse. — Estava um pouco nervosa. — Kate dormiu agora pouco, estava um pouquinho agitada.

— Ela sempre fica. — Sorriu leve. — Ela já mamou?

— Sophia deixou duas mamadeiras com leite dela, Kate só mamou uma. — Explicou. — Eu...

— Tem um leite reforçado no armário, jogue o de Sophia fora e dê esse à Kate. Por favor! — Micael pediu enquanto Dakota assentia. Subiu as escadas, tomando um banho quente.

Não teve aulas na faculdade naquela manhã, tinha trocado a grade em dias diferentes, havia se confundido. Enquanto Micael tomava banho, eu havia chegado... Alguns minutos depois.

— Olá, Dakota! — Sorri. — Como Kate está?

— Acordou quase agora. — Estava brincando com a mesma. — O senhor Borges chegou agora pouco também.

Inferno.

— Ele está lá em cima?

— Está sim! — Sorriu. — Aconteceu alguma coisa com vocês?

— Ele é um merda. — Congelei meu sorriso enquanto subia as escadas. Ele não deveria estar aqui, não mesmo!

Fui direto ao closet encontrando com Micael, que terminava de se vestir. Me encarou.

— Oi. — Soltou.

— Eu mandei você ir se foder. Não lembra? — Retirei minha blusa.

— É sério isso? Vai ficar com raiva de mim?

— Vou, é claro que eu vou! — O encarei, brava. — Sabe a merda que me disse ontem? Aliás, as várias merdas que você me disse ontem. — Pausei. — Ainda doem, bem no fundo, ainda doem! — Ele tinha o semblante derrotado. — Que tipo de homem é você, Micael? Pensei que seria mais corajoso.

— Corajoso? Eu sou corajoso, até demais! Se eu fosse covarde eu não estaria aqui. Certo?

— Eu não quero discutir com você, eu estou cansada. — Sai do closet tendo ele me seguindo.

— Está cansada? — Entrou comigo na suíte, enquanto me despia. — Você decidiu virar super heroína e está cansada? Do nada.

— Talvez eu salve a minha vida do que você salve a sua. — Abri o chuveiro. — Você pode sair? Eu gostaria de tomar um banho.

— Você é muito mimada!

— Eu sou mesmo, ainda mais agora que eu posso ser mimada. Você me deu esse previlégio, senhor Borges. — Debochei.

— O que deu em você, porra? Estávamos tão bem.

— Você estava porque eu não! — Pausei. — Você acha que tudo é um mar de rosas, Micael. Afinal, você tem duas casas, duas mulheres, dois confortos.

— Você acha que eu estou feliz de morar com aquela porra? É sério? — Estava incrédulo. — Você sabe o por quê de...

— Eu sei, eu sei. Eu sei de tudo. — Arfei cansada daquela conversa. — Espero que você se organize, querido. Enquanto você não se organizar, eu irei fazer isso por você!

Young and the Restless - Jovens e Inquietos Onde histórias criam vida. Descubra agora