Young and the Restless - Jovens e Inquietos

Penúltimo Capítulo

Eu estava tendo uma recuperação boa, poderia muito bem ir para casa mas os médicos não queriam. Um saco! Micael e Rayana ficavam comigo o tempo todo, eu estava achando legal sua atitude, se responsabilizando comigo.

Peixotto me visitou diversas vezes enquanto estive em observação, me agradeceu e disse que minha recuperação ficaria em torno dele. Estava sendo honesto, eu conseguia ver em seu olhar!

Duas semanas se passaram e eu finalmente pude ir embora, graças! Eu não aguentava mais aquele hospital com tanta gente indo me visitar, levando flores e até balões. Era pra acabar!

— Graças a Deus, minha casa! — Me joguei no sofá quando entrei no apartamento, eu senti falta.

— Não se jogue assim, Sophia. Que coisa! — Minha mãe interviu. — Irei colocar Kate lá em cima.

— Eu quero ficar com ela. — Fui até a mesma, tendo Kate em meus braços. — Você sentiu falta da mamãe? Sentiu? — A pequena emitiu sons gostosos. — A mamãe morreu de saudade sua, sabia?

— Você ainda sente dores, Sophia? — Minha mãe perguntou, logo após de deixar sua bolsa em cima do balcão.

— Não, mãe. Está tudo sob controle! — Avisei. — Não precisa se preocupar.

— Eu irei ficar com você por alguns dias, tudo bem? — Abriu a geladeira, procurando por algo.

— Fique à vontade, mãe. — Sorri.

Não tínhamos tocado no assunto da briga, achei justo! Afinal, minha mãe estava me ajudando no que fosse preciso.

Enquanto isso o apartamento dos Carvalho's estava um pouco inusitado. Micael em um canto, Rayana de outro, Peixotto fazendo mais contas e sua mãe solitária, como sempre. Ele não aguentava mais, queria sair dali o mais rápido que fosse.

— Micael? — Peixotto lhe olhou por cima do óculos em que usava, ele teve toda sua atenção.

— Sim? — Sentou-se, já que estava deitado no sofá ao lado direito. — Precisa de algo?

— Vamos naquele bar, ao lado do shopping. — Soltou. — Rayana não vai se incomodar. — Sorriu à filha que revirou os olhos, não estava mais se importando com as palavras do pai.

Micael achou... Estranho. Mas Peixotto tinha ficado um pouco inusitado quando eu voltei pra casa, de recuperação. Ele estava feliz! Realizado e um pouco completo, o por quê? Ninguém sabia. Mas só estava feliz!

— Adoraria ir. — Micael deu um leve sorriso, ele não recusaria uma oferta inusitada daquelas.

— Então vamos. — Peixotto largou as contas em cima da mesinha de centro, encarou Rayana antes de dar impulso e levantar-se.

Micael trocou-se rápido assim como o sogro, foram na 4x4 do homem, dirigindo-se até o bar perto do shopping. Um ambiente reservado e de poucas pessoas, só gente de poder entrava ali.

E Peixotto era uma delas!

— Sente-se. — Disse à Micael que se acomodou no estofado macio, em vermelho. — Uísque ou cerveja? Vamos comemorar!

— Comemorar o que? — Micael arqueou as sobrancelhas enquanto cruzava as mãos em cima da mesa.

— A volta de Sophia! — Sorriu. — Ela está tendo uma recuperação incrível, os médicos me disseram.

— Os médicos? — Peixotto assentiu. — Sophia merece o reconhecimento da família Carvalho.

— E estamos dando o reconhecimento preciso, oras. — O garçom pausou a conversa por segundos. — Irei querer um chopp. E você, Micael?