Capítulo 110

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— Sophia? Eu demorei muito? — Escutei a voz de Dakota enquanto estava em meu quarto, de frente ao espelho, retocando o meu batom.

— Venha até aqui! — A chamei. Enquanto não vinha fui atrás dos meus saltos, entrando no closet.

Ia sair com Micael mas não fazia a mínima ideia de onde ele me levaria, eu só precisava estar elegante.

— Posso entrar? — Sorriu parando no batente da porta.

— Claro, entre! — Sorri. — Como estou? Muito chamativo? — Torci o nariz mostrando meu vestido à Dakota, que entreabriu os lábios.

— Está maravilhosa! Irá sair com o senhor Borges?

— Irei sim, ele não me disse onde vamos. — Coloquei o meu salto. — Vai ficar bem por aqui?

— Você sabe que eu sempre fico. — Sorrimos. — Bom divertimento!

Dakota saiu do quarto me deixando sozinha novamente, observei meu vestido prata, com uma abertura enorme nas costas. Eu estava bonita, não podia negar! Busquei minha bolsa de mão e sai às pressas, já estava um pouco atrasada quando olhei a mensagem no celular, era de Micael, estava lá em baixo me esperando.

Avistei a IX35 com os vidros fechados, entrei no lado do passageiro fechando a porta em seguida.

— Nossa! — Micael me olhou de cima a baixo. — Está linda. Maravilhosa. — Me beijou.

— Obrigada. — Corei um pouco. Por que eu sempre corava? Ele era o pai da minha filha, eu precisava parar de corar daquele jeito. — Pra onde vamos? — Congelei meu sorriso enquanto relaxava as minhas costas no banco de couro.

— Pra um lugar especial. — Voltou a dizer, revirei meus olhos.

— Sério? — Perguntei, com deboche. — Você já me disse isso.

— E eu estou te respondendo, de novo. — Fez uma curva leve.

Fechei meus olhos sentindo o perfume de Micael, que inalou dentro do carro. Um cheiro másculo que deixaria qualquer mulher louca. Senti sua mão em minha coxa, alisando e adentrando.

— Posso saber no que você está pensando, senhora Borges?

— Estou pensando onde você irá me levar. — O encarei, Micael soltou um riso e voltou a dirigir.

Pegamos a interestadual saindo um pouco de Nova Iorque, Micael dirigiu em torno de trinta minutos até chegarmos ao nosso destino. Que era bem longe dos lugares famosos de Nova Iorque.

— Boa noite! Eu tenho uma reserva. — Parou o carro na guarita, conversando com o porteiro.

E logo saquei onde estávamos. Eu não acredito!

A cancela abriu dando autoridade para que Micael entrasse com o veículo, guardando no estacionamento a céu aberto. Puxou o freio de mão e desligou, me encarando.

— Chegamos. — Sorriu.

Saímos da IX35 e meus saltos atolaram no chão cheio de pedrinhas, Micael me ajudou enquanto segurava minhas mãos até chegarmos na entrada de onde estávamos. O piso claro com detalhes dourados chamou minha atenção, um lugar de luxo, um lugar que eu nunca me imaginaria ali.

— Boa noite! — A recepcionista sorriu para nós.

— Boa noite, eu tenho uma reserva. — Micael disse calmo. Observei o balcão de mármore preto, li o cartão de recepção com o nome Business Motel Int.

— Senhor Borges, aproveite! — Entregou à Micael um cartão chave, ele sorriu.

Me acompanhou até o elevador, senti sua mão em minhas costas, me causando arrepios.

— Eu estou muito feliz. — Soltei quando a porta do elevador foi fechada. Micael ria leve. — Estamos em um motel. — Me choquei.

— Calma, a surpresa ainda não acabou. — Segurou o sorriso.

— Como assim? — Não havia entendido.

E antes que ele pudesse me responder, a porta do elevador foi aberta novamente. Saímos juntos e andamos pelo corredor extenso, até chegarmos no quarto indicado pelo cartão chave.

Meu estômago revirou-se quando Micael abriu a porta com o cartão chave, relevando um quarto especial, um quarto... Masoquista. O vermelho vivo das paredes chocaram com os meus olhos azuis, eu estava em transe com o que acontecia, e Micael, esperava uma reação pra tudo.

— E então? Você gostou? — Passeei pelo quarto nem me importando com suas perguntas. Toquei dois açoites e diversos brinquedos daquele tipo.

Eu iria apanhar? Micael iria me bater?

— Vamos usar... Isso? — Engoli seco.

— É! — Colocou as mãos no bolso da calça. — Você não curtiu?

— Eu estava falando em tom leve quando pedi que você comprasse açoites e algumas cordas. Produtos de sexy-shop e não... A sério demais! — Fiquei um pouco nervosa com a situação, não pude esconder.

Eu estava com medo de apanhar.

— Mas amor... — Micael riu. — Isso são brinquedos de sexy-shop, só que são mais... Sofisticados. — Andou até os açoites.

— Você já fez isso? — Cruzei meus braços.

— Eu já tive as minhas vadias que gostavam de brincar. — Enrolou uma corda vermelha nas mãos, consegui sentir a força de Micael entre elas.

Eu iria morrer!

— Você tá com medo? — Me encarou.

— Parece?

— Sua cara diz tudo, Sophia! Se você quiser, a gente pode ir embora. — Foi sua vez de se irritar.

— Não, não, não. — Respirei fundo.

— Eu não vou te espancar até morrer, fique calma. — Andou até mim, me abraçando enquanto beijava os meus lábios. — Tire a roupa, eu vou arrumar o resto das coisas. — Micael deu as costas à mim indo até a mesa onde ficava os objetos.

Caminhei até a suíte que havia no quarto, uma suíte enorme com um teto solar incrível. Uma hidromassagem e outras coisas que poderiam aumentar o tesão do casal. Não me importei! Eu estava tensa quando retirei meu vestido e meu salto, fazendo um rabo de cavalo e voltando ao quarto.

Vi Micael ainda de costas, agora sem camisa, dando nó em algumas cordas e quebrando sua mente com isso.

Ele virou-se à mim, me encarando, seminua, com os pés no chão frio do quarto. 

— Dá pra você relaxar? — Andou até mim, me beijando. — Está tensa! Não gosto de te ver assim.

— Eu não quero que você me machuque. — Tive o olhar triste à Micael.

— Eu nunca te machucaria, meu amor. — Segurou o meu rosto. — Relaxa, tudo bem?

— Tá bom. — Fechei meus olhos.

— Eu deixo você fazer em mim, depois. — Sorri como uma menininha contente. Micael fez o mesmo. — Mas não é pra me espancar, hein!

— Eu vou bater muito nessa sua bundinha. — Ele riu entre os beijos.

— Viu só? Tá mais fácil eu ter medo de você. — Ri. — Onde você se sente mais confortável, meu amor? — Me perguntou. — Temos a opção da cama e do teto falso. — Me mostrou com o olhar, enquanto tinha as mãos em meu rosto.

— Pode ser a segunda opção. — Sorri leve. Ele me beijou.

— Tudo bem. — Sorriu. — Vamos começar!

Young and the Restless - Jovens e Inquietos Onde histórias criam vida. Descubra agora