Eu Vi o Amor em Seus Olhos

Capítulo 58 De Repente: Você

A nossa protagonista estava no trem a caminho de Itapetininga,  realmente não sabia o que pensar e sentir naquele momento por um lado ela anseia rever o seu amado Afonso e por outro não conseguia sair da sua cabeça o beijo que ela havia trocado com Antenor. Uma coisa é certa que aquela viagem vai te ajudar a procurar respostas de como está o quadro geral dele.
A noite havia chegado, estava fria e o céu coberto por estrelas; o anúncio da chegada em Itapetininga finalmente:
Maquinista: Estação de Itapetininga! Desejo uma excelente noite a todos!
Apesar de estar feliz por voltar a sua cidade natal, uma estranha sensação toma conta de Lola e por um breve momento ela se encontra perdida em lembranças que a levam para quando saiu daquela pacata cidade do interior.
Como está cansada da viagem de trem, ela segue para casa da mãe dona Maria e a irmã Olga. Chegando lá, as duas ao abrirem a porta a recebem com um largo sorriso e brilho nos olhos, havia meses que não se viam. Logo de cara dona Maria notou que a filha mais velha está abatida, que tenta disfarçar a sua angustia; como diz coração de mãe não se engana e a chama no quarto para conversar:
Dona Maria: O que aconteceu minha filha? Não vai dizer que os meus netos não estão bem.
Lola: Não mamãe, os seus netos estão vendendo saúde assim como nós, o que aconteceu foi seu Afonso.
Ele lutou naquela revolução que teve e acabou há pouco tempo, infelizmente ele foi atingido e desde então não sabemos mais notícias dele. Por isso que também vim até aqui além de fazer uma visita a vocês.
Dona Maria: Alguma novidade que queira me contar? Porque eu te conheço lembra quando você veio me dizer que o Júlio queria falar com seu pai para fazer a corte tava com esse mesmo brilho nos olhos.
Lola: Eu e Afonso estávamos juntos mamãe, agora não sei se algo pior aconteceu com ele e também com a chegada do senhor Antenor Cavalcante fiquei muito confusa porque estou me sentindo sozinha.
Dona Maria: Bem eu acho que primeiro você tem que ir atrás de notícias do seu Afonso e depois você resolve o que vai fazer da sua vida.
Trate de dormir minha filha! Amanhã é um novo dia!
Dona Maria dá um beijo na testa de Lola, a deixa sozinha e ela vai dormir.
Logo que o Sol adentra na janela do quarto de Lola a faz despertar imediatamente, começando a se arrumar rapidamente e toma seu café na companhia do cunhado Zeca, a mãe dela e Olga. Lola pede que Zeca a leve para o hospital que ficava todos os feridos de guerra e ele acena confirmando o seu pedido.
Zeca e Lola partem em direção ao hospital que não ficava muito longe da casa, ao mesmo tempo Afonso tinha acabado de receber alta dali e Patrícia o leva para um carro de aluguel e os dois partem dali de volta a São Paulo.
Se tivesse chegado um pouco antes, nosso português e Lola iriam se reencontrar mas é tarde demais! O pneu do carro de Zeca fura no meio do caminho, ele o troca depois de meia hora daquele imprevisto.
Meia hora depois... O carro estaciona na frente do hospital, Lola sai correndo e vai atrás de notícias de Afonso. Um moço que estava na recepção a ajuda:
Dan: Bom dia minha senhora! Eu sinto informar que o paciente acabou de receber alta! E foi embora.
Lola: Foi embora? Quer dizer que ele se salvou, obrigada minha santa  nossa senhora Aparecida!
Lola volta ao carro do cunhado, pede que eles voltem para casa para pegar sua mala e assim voltar imediatamente para São Paulo.
O coração de nossa protagonista parecia cantar de alegria ao ouvir que seu amado Afonso está fora de perigo, ela começou a contar as horas de vê-lo novamente. Lola se despede de todos e promete que fará uma visita em breve.
A distância pode separar dois apaixonados, mas Lola teve a capacidade de fazer de tudo para rever seu português outra vez.
Assim o trem que Lola estava e o carro de Afonso seguem para o mesmo destino: São Paulo.
Passou horas do dia, o Sol está se despedindo e a Lua logo depois dá início a noite. Dois carros chegam ao mesmo tempo na famosa Avenida Angélica, de dentro sai a nossa Lola e do outro uma mulher muito elegante que ampara o homem a sair do carro. Esse homem era Afonso, Lola mal podia acreditar que ele está do outro lado da rua e os dois ficam parados um olhando para o outro.
O que nosso português e Lola estão pensando? O que vão fazer?