Eu Vi o Amor em Seus Olhos

Capítulo 63 Desavenças

Afonso e Lola esqueceram tudo ao seu redor, os corações batiam a mil por hora quase saindo pelas suas bocas até que uma voz feminina os pega no flagra:
Patrícia: Com licença daria para tirar as mãos do meu namorado queridinha.
Ao verem Patrícia diante deles, Lola se solta de Afonso e responde num tom mais alterado:
Lola: Ele não é seu namorado queridinha, por mais que você tente mostrar que vocês têm algo, não é o que parece porque você mesma acabou de ver que o amor dele por mim está dentro dele mais vivo do que nunca. É só uma questão de tempo dele se lembrar de mim e voltaremos ser felizes.
Patrícia: Ai como eu tenho pena de você, hoje teremos um jantar romântico a dois não é mesmo meu querido?
Afonso não sabia o que dizer, estava desconcertado com aquela situação constrangedora e mal encarava Lola que esperava sua resposta em relação ao jantar.
Lola: FALA AFONSO! O gato comeu a sua língua.
Afonso: Vai ter um jantar mas...
Lola: Já entendi tudo! PASSAR BEM!
Lola em estado de prantos saiu do armazém deixando Afonso e Patrícia sozinhos, ele furioso fala:
Afonso: Precisava armar esse show todo? Eu não gostei do jeito que você se portou.
Patrícia: Você não tinha o direito de fazer isso comigo Afonso! Poxa! Eu chego aqui para te fazer uma surpresa e te encontro aos beijos com essa mulherzinha.
Afonso: Alto lá! Isso não te dá o direito de você ficar por ai contando mentira que teremos um jantar romantico!
Patricia: Perdão querido! Eu fiquei com ciúmes só isso. Já acabou o trabalho por hoje?
Afonso: Sim! Estou fechando o armazém e me espere em casa!
Patrícia se retira dali, vai para casa do português e ele não conseguia tirar a cena do beijo que havia acontecido entre ele e Lola, se pergunta a si mesmo: "Eu sinto que essa mulher mexe comigo, o seu olhar meigo, a sua aparência e porque não consigo me lembrar totalmente dela."
Aquele beijo de Lola e Afonso também não saia dos pensamentos da nossa protagonista, ela não sabia se ficava brava com ele porque soube do suposto jantar romântico ou ainda sentir que aquele beijo deles demonstra o quanto ele a amava. Carlos via que a mãe estava perdida nos pensamentos e ela toma um susto ao vê-lo na sua frente:
Lola: Quer me matar de susto Carlos? Posso saber onde irá tão elegante assim?
Carlos: A Inês me chamou pra jantar com ela, seu Afonso e aquela senhora que veio com ele.
Lola: Ah sim! Mande um beijo a inesita.
Carlos se despede da mãe, a raiva dela desaparece depois que ele comenta que o jantar não era romântico conforme havia dito a megera da Patrícia.
Carlos, Inês e Afonso se reúnem na casa do português. Afonso faz um esforço para se lembrar do genro, Carlos começa a contar histórias:
Carlos: O senhor sempre me apoiou no namoro com Inês, por mais que dona Shirley não fazia gosto e a gente sempre namorou aos seus olhos aqui no armazém.
Afonso: Você me parece ser um bom homem para minha filha, quem é Shirley?
Inês: Meu pai, Shirley é minha mãe e ela saiu da sua vida porque resolveu ficar com o amor da vida dela: João.
Afonso: Minha filha tem vezes que surgem alguns flashes na minha memória que acredito deve ser da nossa vida.
Inês: Logo o senhor vai estar completamente recuperado, cade a nossa anfitriã que fez o nosso jantar?
Patrícia logo diz da cozinha:
Patrícia: Estou terminando o jantar, só um minuto.
Carlos pede para ir até a cozinha buscar um pouco mais do vinho do porto e logo conhece Patrícia.
Ela sente a presença dele, se vira em direção a ele e se apresenta:
Patrícia: Você deve ser o Carlos? Muito prazer sou Patrícia! A namorada do Afonso.
Carlos: Namorada? Acho que deve estar havendo um engano, ele e minha mãe estavam de compromisso sério.
Patrícia: Você é filho daquela mulherzinha que diz ser namorada dele. Escuta aqui: Ele é meu!
Carlos ao se aproximar de Patrícia, ele iria apontar o dedo para dizer poucas e boas, ela se aproveita daquela situação: começa a gritar por socorro e bagunça seu cabelo:
Patrícia: SOCORRO ALGUÉM ME AJUDA!
Os gritos de Patrícia chamam a atenção de Inês e Afonso que correm até a cozinha e vê a proximidade deles, a megera inventa mentiras:
Patrícia: Ele está querendo me bater! Não se aproxime! Só por que eu não aceitei que você me beijasse agora quer me bater!
Carlos: É mentira! Eu não fiz nada disso seu Afonso e Inês.
Afonso: Como ousa levantar a mão para uma mulher, tome isso!
Sem pensar duas vezes Afonso dá um soco na cara de Carlos, o garoto e Inês ficam chocados com aquilo, a menina acredita no marido e avisa que não irão mais jantar ali.
Carlos se levanta do chão, dá o braço a Inês e os dois se retiram do recinto. Afonso completamente arrasado com o desastre do quase jantar, se fecha no seu quarto e Patrícia abre um sorriso vitorioso.
No caminho de volta para casa, Carlos jura a Inês que não fez nada daquilo que Patrícia havia dito e a menina o tranquiliza:
Inês: Eu acredito em você meu amor! Desde a primeira vez que eu conheci aquela mulher o meu santo não bateu. Seu Afonso precisa recuperar logo a memória e colocar ela pra correr daqui.
Carlos e Inês entram em casa completamente irritados, Lola logo de cara bate os olhos justamente no rosto do filho que estava machucado e pergunta:
Lola: O que houve meu filho? Você não tinha que estar a uma hora dessas no jantar com seu pai Inês?
Carlos: O que houve minha mãe foi o seu Afonso metendo um soco na minha cara achando que eu ia meter a mão numa mulher.
Lola: Como é que é? Não estou conseguindo entender.
Inês: Meu pai acredita que o Carlos estava paquerando aquela mulher que está cuidando dele, ou melhor ela insinuou que o Carlos tinha pedido um beijo pra ela e ela recusou e com isso ele ia bater nela. E começou a gritar lá da cozinha.
Lola: Não consigo acreditar que o seu pai foi capaz de cometer essa violência contra o Carlos. Isso não vai ficar assim.
Lola não via a hora de acordar e ir lá até o armazém tirar satisfações com Afonso.
Na manhã seguinte, Lola mal tinha pregado o olho naquela noite anterior e corre até o armazém.
Afonso tinha acabado de abrir o estabelecimento e Lola o empurra de leve tirando satisfação:
Lola: Por que você bateu no meu filho Afonso? Carlos é incapaz de fazer uma coisa daquela.
Afonso: Não é o que parece, ontem ele mostrou ser o pior dos homens e ainda não respeita a minha filha.
Lola: Não posso estar ouvindo isso de você, Carlos é um bom menino, você o conhece desde criança Afonso.
As vozes alteradas são ouvidas por Antenor e diz:
Antenor: O que está havendo?
A briga vai acabar ali?