Capitulo 74 A Primeira Noite de Amor

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Já quase perto de São Roque Afonso e Lola ainda estavam fulgurantes com a reconciliação deles, o português quebra o silêncio dizendo:
Afonso: Minha querida esse passeio vai fazer a gente recuperar o tempo perdido que ficamos separados.
Lola: Sim, verdade. A sua ausência fazia eu perder as esperanças de que um dia nós iríamos voltar a nos ver, nada foi tão doloroso quando retornou a São Paulo nos braços daquela mulher. Meu coração ficou devastado e tinha resolvido abrir mão da minha felicidade.
Afonso: Vamos passar uma borracha nisso Lola, o dia de hoje vai nos mostrar que foi apenas uma tempestade e agora daqui por diante nos iremos fazer que cada dia vai ter um significado especial para nós.
Nesse momento os pombinhos chegam ao destino pretendido, do lado de fora se via uma pequena cidade que herdou os traços europeus e pessoas chamando atenção dos turistas para conhecer os seus respectivos comércios. Afonso pede uma informação a um jovem que oferece algo interessante chamando atenção do português:
Afonso: Boa tarde! Eu escutei que você oferece um passeio ao Morro do Saboó, oferece uma vista panorâmica?
Jovem: Sim senhor! Para quem curte natureza e trilha, não se arrepende. A estrada é asfaltada.
Afonso: E também se dá para fazer juntamente a famosa rota dos vinhos?
Jovem: Certamente senhor, não pude deixar de perceber que o senhor é português suponho que queira provar as iguarias portuguesas da Quinta do Olivardo? É o melhor restaurante português daqui.
Afonso: O que acha Lola? Vamos fazer os passeios e depois jantamos em algum lugar. Vou pensar nisso meu rapaz.
Lola: Se te agrada fazer esses passeios então vamos.
O quitandeiro segue as orientações do guia e parte rumo ao morro do Saboó. Não é muito longe dali de onde havia parado para pedir informações, realmente o local é muito fascinante e o casal passeia de mãos dadas pela trilha.
Enquanto Lola fica contemplando a vista panorâmica, Afonso fica pensativo e se pergunta: "Será que eu estou sendo muito precipitado? Meu medo é ela pensar que só a quero de volta para ter algo mais íntimo e que nosso namoro desse jeito não me agrada."
Lola via que Afonso está calado desde que chegaram na trilha, ela quebra o silêncio:
Lola: Está se sentindo bem Afonso? Perecbi que não trocamos uma só palavra desde que chegamos no topo. Fiz ou falei algo que não tenha te agradado?
Afonso queria mentir que está tudo bem, porém uma coisa que ele sempre prezou tanto na amizade que havia entre eles posteriormente no amor foi a sinceridade então resolve abrir o jogo com Lola:
Afonso: Tenho medo que pense que eu não a respeito, muito pelo contrário mesmo casada com o seu Júlio nunca me aproximei de você com segundas intenções. Então eu resolvi te trazer para cá porque queria dar uma prova definitiva do meu amor por você.
Lola: Sabe Afonso uma coisa que sempre o admirei mesmo quando éramos apenas bons amigos e hoje é o amor da minha vida: sua sinceridade; nós dois sabemos que essa viagem foi apenas um pretexto para termos um momento a sós, que já faz tempo que estamos com um assunto pendente não é mesmo? Você já deu provas suficientes do que realmente sente por mim Afonso, agora quem vai provar o que sente sou eu.
Lola se abeira perto do português, ele toca seus ombros que inclina a cabeça dela em direção ao seu rosto, ele toca os lábios dela suavemente e sussurra ao pé do ouvido da namorada: "te amo".
Depois de um longo passeio pela trilha, Afonso segue em direção ao hotel.
O hotel escolhido era Villa Rossa, lembra aquela casa de campo que você precisa ter um descanso merecido e repor as suas energias depois de ter um dia agitado numa cidade como São Paulo. A sua gastronomia oferece cardápio variado de influência internacional e o restaurante oferece uma vista panorâmica para a Mata Atlântica.
O casal chega no hotel escolhido que não escondia o deslumbramento por aquele lugar principalmente Lola que nunca podia imaginar que um dia estaria num lugar como aquele. Os dois adentram no hotel e o recepcionista  os cumprimenta:
Recepcionista: Boa tarde! Tem reserva no hotel?
Afonso: Sim está no nome de Afonso dos Santos Oliveira.
Recepcionista: Ah sim, aqui está, uma suíte de luxo, irão ficar apenas dois dias?
Afonso: Sim apenas dois dias. Está tudo ajeitado conforme eu requisitei por telefone?
Recepcionista: Sim senhor, por favor me acompanhem o quarto é 402.
Lola olha Afonso surpresa que a reserva é só de um quarto, mas para não mostrar diante do funcionário do hotel o desconforto da situação ela e Afonso o seguem em direção ao quarto.
A suíte preparada tinha um ramalhete de flores que eram rosas brancas na mesa de centro, um vinho do porto com duas taças de cristal, uma cama de casal com lençóis de fios egípcios.
O recepcionista abre a suíte preparada deixando Afonso e Lola sozinhos. Ela olha para o português e fala:
Lola: Afonso que surpresa maravilhosa! Nunca recebi nada igual, você é um homem incrível um perfeito cavalheiro.
Afonso: Hoje eu posso dizer
que a felicidade mora em mim,
porque estar ao seu lado
foi tudo que eu sempre quis.
Desde a primeira vez que a vi
o meu coração já soube que
era a mulher que me faria feliz.
Lola: Assim você me deixa encabulada ouvindo tantos elogios, não quero ficar mais longe de você Afonso, não vamos brigar mais e se separar de novo promete?
Afonso: Esse é o presente que temos nesse presente momento que poderia ser eterno, eu prometo não sair de perto de você nunca mais. Agora preciso tomar um bom banho, volto logo meu amor.
Enquanto Afonso precisou tomar um banho, as águas do chuveiro percorriam pelo corpo sem contar o nervosismo dele que é evidente pensando que aquela noite seria maravilhosa senão fosse por um detalhe: resolver dar um passo adiante na relação com Lola, logo começou a se censurar por tais desejos. Assim como Afonso que está tentando controlar seus impulsos, Lola fica nervosa ela respira fundo e o barulho da porta do banheiro se abrindo o rosto dela denunciou a sua inquietação e o quitandeiro preocupado pergunta:
Afonso: Você está se sentindo bem, meu amor? Está me parecendo que está nervosa.
Lola: Eu não vou mentir Afonso, estou é que...
Eleonora que estava sentada na cama, se levantou e foi até a direção de Afonso. Ela caminha cabisbaixa, não conseguia olhar nos olhos dele e falava com dificuldade:
Lola: Eu estou nervosa desde que chegamos até aqui, percebi que pode ser que iremos dar um importante passo na nossa história, até porque eu só tive um único homem na minha vida: o Júlio; dar esse passo adiante depois de tanto tempo eu fico apreensiva.
Afonso: Eu te entendo não precisa ficar nervosa, eu posso pedir outro quarto se você preferir.
O homem se dirigiu para a mesinha de cabeceira que havia um telefone, ele está prestes a pegar no aparelho e Lola o impede:
Lola: Não! Você não precisa fazer isso, eu durmo no sofá e você na cama.
Afonso: Não! Não! Você irá dormir na cama, eu fico no sofá e não quero te obrigar a fazer nada que não queira, eu espero o tempo que for preciso minha querida está bem?
Afonso pega nas mãos da namorada dando um beijinho, ela o interrompe que segue em direção ao banheiro levando sua nécessaire e mais o presente de Clotilde.
Afonso na varanda, encostado ao peitoril, fica ali parado e se culpava por ter sido tão inconveniente com a namorada. No banheiro Lola fazia sua higiene pessoal, curiosa abre o embrulho de Clotilde e se depara com uma linda negligee branca de seda e com renda que desenhava o busto e está acompanhado de um penhoar longo e transparente, ela sorri timidamente ; embora a princípio ela se censura usar algo assim, mas logo tomou coragem e começa a vesti-lo. Ao sair do banheiro viu Afonso na varanda encostado no peitoril foi até lá se pôs ao lado dele, colocando uma mão sobre a dele e a outra no meio de suas costas. O toque de Lola faz Afonso se virar em sua direção, que fica completamente extasiado com os trajes que ela usa e desvia seu olhar dizendo:
Afonso: Estava vendo a lua, as estrelas, o céu está lindo hoje, quero dizer sempre está... Me parece que está mais magnífico é como se estivesse em festa: a lua está mais brilhante e as estrelas ao nosso redor parecem pedras preciosas que brilham intensamente.
Lola: Esse brilho que você vê nas estrelas, eu vejo nos seus olhos assim como você os vê nos meus, querido.
O quitandeiro se aproxima do rosto de Lola a beijando delicadamente, ele a surpreende pegando suas mãos colocando no seu pescoço, já as mãos dele coloca na cintura dela que sem querer aperta de leve. Ele percebe que tinha se excedido parou de beija-la, pega uma taça de vinho a enche com o vinho do porto dando goles. Lola não perde tempo pensando se deve ou não fazer, ela cria coragem de repente; ela apaga as luzes deixando apenas os abajures acesos, pegando a outra taça e coloca um pouco de vinho e chega perto do português. E ele assustado com o gesto dela a questiona pensando que ela está se sentindo obrigada a satisfazer seu desejo:
Afonso: Você tem certeza que está preparada para isso?
Lola abraça fortemente Afonso, os lábios dela beija o pescoço dele que o fez se arrepiar todo.
Lola: Nunca tive tanta certeza em toda minha vida.
Afonso se virou de frente para Lola, seus olhos ficam voltados para o que ela usava, estava linda e para ele é a mulher mais linda do mundo; ele sorriu a abraçando pela cintura. As mãos dele a colocam no seu quadril, Lola aconchega sua cabeça e a deita no peito do português. Logo ela inclina sua cabeça que encarava o amado, dando beijos em seu pescoço subindo em direção a boca dele. É evidente que ao chegar bem perto da boca dele, que o casal sentiam desejo um pelo outro e os dois se beijam apaixonadamente.
Um beijo era urgente e sôfrego, ele dá um último gole do vinho que o faz ter coragem: Afonso guia Lola até a cama, ela tira o penhoar que revela o negligee longo, ela virou-se timidamente e decidida pega no rosto dele o cobrindo com um beijo suave e sussurra ao pé do ouvido dele: "Eu quero você Afonso".
Afonso parecia um adolescente que está tendo a sua primeira vez, estava nervoso e deita Lola sobre a cama, os beijos não paravam e ficavam mais intensos que foram deixando o casal sem fôlego; Afonso ficou por cima dela deslizando seus dedos sobre os cabelos de Lola.
Lola se deixava levar pelo desejo, estava frouxa nos braços do namorado, ele começou a beijar o pescoço dela, passando a mão pela coxa dela que suspirava e se arrepia toda com os toques dele.
Ele, então foi subindo o negligee até a cintura dela, ao vê-la desnuda fica extasiado. As mãos dela começa a desabotoar cada botão da camisa dele, os seus dedos acariciavam cada cantinho
ao tirá-la, mesmo surpreso com o gesto da namorada ele pega na mão dela a ajudando a tirar o restante da roupa. Ao mesmo tempo Afonso tira a roupa de Lola e não poderia ser diferente, até aquele exato momento ela não conseguia imaginar que ele tinha um corpo desnudo assim como veio ao mundo; já ele via que ela é uma mulher perfeita, com seios pequenos, quadris largos, coxas firmes, não parecia que havia dado à luz por quatro vezes.
Afonso acarinha os seios de Lola, a boca dela roçava de leve as suas bochechas que sentiam a pele áspera dele que havia feito a barba; as mãos dele tocavam cada cantinho do corpo dela, Lola se arrepiava toda e bagunçava os cabelos do português. Até que ele parou se ajoelhando entre as pernas dela, pede permissão:
Afonso: Posso tirá-la?
Surpresa, Lola dá um sorriso travesso balançando a cabeça consentindo o ato e assim o fez. Ela tenta conter os gemidos mordendo seus lábios, mas não conseguia porque Afonso parecia que já sabia quais eram os pontos dela que a deixavam com prazer atingindo a sua plenitude que os fazem dormirem agarradinhos nos braços um do outro.

Eu Vi o Amor em Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora