Capítulo 87 - Sinfonia dos Seus Silenciosos Gritos

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Aviso para as leitoras: As cenas que vocês lerão agora é de BDSM, mas no caso, não é consensual a aplicação desses métodos. Cenas sensíveis e bem detalhas estão a vir, caso você tenha sensibilidade ao ler este tipo de gênero e/ou não seja um gênero que você goste de ler, favor, pular este capítulo.
Aviso para as leitoras.2: Tem cenas de estupro neste capítulo, caso seja sensível a este tipo de conteúdo, favor, pular este capítulo.

Formulário de Tratamento de Pacientes

Paciente: Afonso dos Santos Oliveira
Idade do paciente: 48 anos
Dra: Patrícia Carvalho Cavalcante
Data: 20/08/1933

Descrição física do paciente: 1,76 de altura, cabelos curtos negros com alguns poucos fios grisalhos visíveis, bigode mais grisalho que os fios capilares, aparenta estar no peso ideal, não tem rugas, algumas linhas de expressão são visíveis em sua testa e bochechas. Ele tem ganhado olheiras, não tão profundas. Algumas cicatrizes em sua barriga, peitoral, pernas e braços são visíveis.

Descrição psicológica do paciente: Está mais introspectivo, não tem falado muito esta semana, ele tem perguntado com frequência quando que eu vou deixar ele sair, será que ele ainda não entendeu que nunca mais sairá? O paciente tem rejeitado um pouco a comida que tenho levado a ele.

Procedimento utilizado no dia: Cheguei cedo pra entregar o café da manhã para o paciente, ele comeu bastante, mas rejeitou grande parte do bolo de cenoura que havia feito pra ele. Me deu um beijo por livre e espontânea vontade, isso já é um bom começo e um ótimo resultado, isso mostra que os meus métodos que venho utilizado nele tem funcionado cada vez mais. Ele conseguiu me irritar um pouco, tentando me corrigir só pelo fato que chamei a tal da Inês, a "filha" dele, de bastarda, mas eu falei alguma mentira? Óbvio que não! Ela nem sequer leva o sangue dele em suas veias! Saí um pouco destemperada do local onde o deixo levando a bandeja de café da manhã que tinha feito com tanto carinho e acabei jogando tudo no lixo. Céus, estou praticamente transformando esse formulário como um mini diário pessoal. Bom... Após isso, tenho poucas lembranças do que fiz, só lembro que eu fiquei bebendo muito, talvez mais da metade de uma garrafa de uísque, e depois acordei ao lado do paciente, completamente nua estava abraçada nele, que também estava completamente despido.


Afonso está deitado na cama, ainda adormecido e tendo um belo sonho, onde no mesmo estava com a sua tão amada Eleonora, sentado em um sofá e umas crianças corria pela casa de um lado para o outro, era um menino que corria e brincava com uns brinquedos junto com uma menina, ambos loiros e aparentam ter a mesma idade. Lola estava com um vestido de manga 3/4 branco gelo com detalhes de flores em azul real, o cabelo dela estava preso em uma trança folgada de um lado só, com algumas hortênsias decorando sua trança e combinando com os detalhes do vestido, os brincos e o colar de pérolas pequenas são os acessórios que estão a combinar com a cor base da roupa. O maravilhoso batom carmim que está nos lábios dela está a quebrar esse jogo de cores azul e branco. A doceira está sorrindo, mostrando um álbum de fotos e apontando pra uma delas, mas, algo impede o quitandeiro de conseguir enxergar a foto, só está conseguindo ver um borrão de cores. Do nada, uma voz feminina começa a ecoar em seus ouvidos e um beijo na boca é sentido, que por um momento, o faz pensar que é a sua Lola lhe acordando desse sonho maravilhoso e lhe chamando para a realidade.

— Afonsooo... Acorda... - outro beijo é sentindo.

O homem não resiste e se entrega no beijo, correspondendo-o na mesma hora e até erguendo uma das mãos para acarinhar o rosto de quem o beijava, mas quando abriu os olhos, viu que era Patrícia, fica totalmente vermelho de vergonha e sem graça, logo virando o rosto para o lado e se afastando aos poucos da enfermeira, quase que de imediato ele pega o lençol que estava cobrindo-o mal e ajeitando ele, conseguindo cobrir a parte debaixo do tronco que estava amostra e ainda sem jeito nem coragem de olhar nos olhos, fala.

Eu Vi o Amor em Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora