Capítulo 108 É Triste Te Deixar Ir

24 3 6
                                    

Depois de ter uma surpresa tão linda no parque de diversões Lola na companhia de Afonso retornou à Avenida Angélica, ele estava deixando a noiva no portão de sua casa quando ela o surpreendeu com seu pedido:
Lola: Venha comigo meu amor! Hoje quero dormir nos seus braços; estou com saudades de ouvir seu coração batendo pertinho de mim e sentir sua respiração.
Afonso: Está mais do que na hora de eu enterrar os fantasmas do passado e voltar a ser feliz ao seu lado Lola! Vamos meu amor!
Nisso Afonso e Lola entraram na casa da doceira ele pegou-a no colo e foi conduzindo-a até o seu quarto. Chegando lá os dois não conseguiram conter os seus desejos Lola o beijou intensamente.
Aquele beijo estava deixando o quarto quente as mãos do português desmancham o penteado dela deixando suas madeixas pretas soltas que foram descendo para as alças de seu vestido ela o ajudou tirando seu colete que abriu os botões da camisa branca deixando o peitoral dele a mostra que por mais que a gente tenta esquecer é difícil as marcas do passado estão ali temos que aprender a lidar. Ela prestava atenção se Afonso conseguiria tentar levar adiante aquilo foi milagre dos céus  os traumas dele estavam superados os dois ficaram nus diante do outro, os olhos negros dele contemplavam sua beleza. Desde a primeira vez que botou os pés naquele bairro onde moram foi amor à primeira vista que no início era um amor proibido tanto Eleonora e Afonso eram casados, o tempo foi passando ela ficou viúva ele se separou de Shirley e quando finalmente resolvem se render ao amor que sentem deparam-se com obstáculos  e finalmente vão poder desfrutar a felicidade deles.
O português a puxou para junto dele, levou-a até sua cama deitaram-se ele em cima dela beijando seu pescoço que a aperta contra seu corpo o calor daquela mulher invadiu o corpo dele. Voltaram a se beijar, as mãos percorriam o corpo dela que já fez disparar pequenos gemidos ao pé do seu ouvido.
O desejo e a paixão estavam misturados naquele lugar, a boca dele beijava os seios pequenos daquela mulher que arrancavam os seus suspiros. Por um momento os dois pararam o que estava fazendo ficaram frente a frente se encarando ainda mais com aquele luar que adentrou na janela do quarto da heroína denotou aquela beleza dela que deixava qualquer homem de queixo caído.
Depois de tanto tempo era um momento muito especial que estava sendo vivido Afonso passou sua mão sobre o rosto de Lola que fez novamente sentir suas bochechas ficarem ruborizadas ela se deixou levar fazendo sua boca ir de encontro a dele fechando os seus olhos e terminando novamente nos seus braços. Os corações bateram de maneira frenéticos que alcançaram o orgasmo depois de tanto tempo e dormiram nos braços do outro.
O Sol do novo amanhecer começou um novo dia na Avenida Angélica.
Enquanto isso, na casa da família Coutinho, Lili estava tranquilamente arrumando a sala de casa, enquanto sua mãe estava fora, quando escutou o som da campainha. Ao olhar pela janela, viu seu pai, com uma aparência abatida, acenar para ela.
Lili: Papai, finalmente o senhor voltou! - Ela abriu a porta rapidamente.
Virgulino: Minha querida, você perdoou esse tolo que é seu pai? - Virgulino falou tristemente, com vergonha de olhá-la nos olhos depois de tudo que havia acontecido.
Lili: Acredito em seu arrependimento, papai. O senhor sempre foi um ótimo pai, não sou eu que devo julgá-lo pelos erros que cometeu com a mamãe. Isso é entre vocês. - Ela viu que ele ainda não havia entrado. - Por que não entrou ainda? Aconteceu algo?
Virgulino: Não, filha, só não tenho coragem. Sua mãe ainda está decepcionada comigo...
Lili: Mas, se o senhor não veio aqui falar com mamãe, por quê veio? - Lili ficou apreensiva com a visita surpresa de seu pai.
Virgulino: Acredito que não há chances de recuperar a mulher maravilhosa que é sua mãe, minha filha. Infelizmente, aceitei a proposta do meu chefe em ir trabalhar na filial do Rio de Janeiro. E preciso de meus pertences, são poucos, mas estão todos aí. Queria lhe pedir que fizesse esse último favor, para seu velho pai.
Lili: Papai! O senhor não pode ir! O senhor tem que continuar lutando pelo seu casamento! - Ela segurou as mãos dele e as apertou com força.
Virgulino: Eu não aguento ver o olhar de dor de Genu, minha filha. Machuquei a pessoa que mais amo, e entendo ela não querer nunca me perdoar. Por favor, eu não tenho coragem de fazer minha mala... Meu quarto... Tenho muitas lembranças... Morreria só de pensar.
Lili: Papai... - Lili enxugou as lágrimas que escorriam por sua face - Um momento, farei sua mala. Tem mais alguma coisa sua, além das coisas no quarto dos senhores?
Virgulino: Não, minha querida. Muito obrigado por estar me ajudando, é muito bom saber que tenho você comigo.
Lili: E sempre terá, papai. Não quero que fique no Rio de Janeiro por muito tempo!
Lili deu um beijo na bochecha dele e entrou em casa correndo. Ao entrar no quarto dos pais, pegou a mala de mão que sempre via seu pai carregar quando viajava à trabalho. Abriu o guarda-roupa e pegou todas as roupas que eram dele e arrumou peça por peça dentro da mala. Procurou os objetos de uso pessoal que ficavam na cabeceira, sua mãe nem havia mexido neles, e guardou junto da roupa. Seu pai só tinha dois pares de sapatos, um pente e um saquinho que continha seus documentos pessoais. Colocou por cima dos pertences dele e fechou a mala.
Sentiu um pesar no coração enquanto descia as escadas, será que nunca mais vou vê-lo?
Lili: Papai. - Lili abriu a porta da sala, e o viu com um semblante triste. - Coloquei tudo que sei que é do senhor... Se lhe faltar algo, não deixe de me avisar por carta... Eu posso lhe enviar ou o senhor... Volte e venha buscar! - Lili começou a chorar enquanto era abraçada por ele.
Virgulino: Minha filha... Assim, você corta o meu coração... Está tudo bem, estou pagando pelos meus pecados. Não fique assim, essa distância vai curar sua mãe e a imagem da nossa família. Não quero que fiquem falando mal de você, por minha causa. - Ele acariciou o cabelo dela e deu um beijo em sua testa - Fique com Deus e cuide de sua mãe e de seu irmão, tudo bem? Eu prometo te escrever todos os dias!
Lili: Eu cuidarei sim, papai. Te amo!
Virgulino: Te amo, minha querida filha!
Assim, Virgulino carregou sua mala e foi a caminho da casa de Afonso, planejar a viagem ao Rio de Janeiro e como aceitar a nova fase de sua vida sem sua mulher, Genu.
Já na casa da nossa protagonista o casal estava se despedindo depois daquela tórrida noite de amor, Afonso estava saindo dali e encontrou Virgulino a caminho da sua casa com a mala na mão e logo deduz que havia pego seus pertences pessoais. Eles se encontraram na rua o português viu que o amigo estava com um semblante muito triste tentou demovê-lo da sua decisão:
Afonso: Seu Virgulino está em tempo de desistir dessa ideia estapafúrdia de sair de São Paulo o senhor precisa lutar pelo amor de dona Genu. Assim como eu tenho certeza que aí dentro ainda bate o coração por ela, também acho que não é diferente em relação a ela. Pense nisso! Agora não tem mais aquela menina para atrapalhar a felicidade de vocês.
Virgulino: Afonso vou te dizer o que falei para a Lili: eu não vou suportar ver o olhar de dor de Genu. Machuquei a pessoa que mais amo, e entendo ela não querer nunca me perdoar.
Afonso: Ela está machucada seu Virgulino, um amor como de vocês não acaba assim. O senhor contou a ela que está indo para o Rio de Janeiro?
Virgulino: Não! Eu não tive coragem de olhar no fundo daqueles olhos que agora só estão sofrendo por minha causa.
Afonso: O senhor precisa contar a ela, ela tem todo o direito de saber assim vocês poderão ver se realmente querem se separar ou esquecer tudo e voltarem as boas.
Virgulino: Vou pensar nisso na hora que voltar do trabalho Afonso agora preciso ir.
Ele pegou o bonde seguindo para o seu trabalho, Genu estava retornando para casa depois ter ido andar um pouco pela praça Buenos Aires logo cedo quando encontrou Lili no momento em que a filha estava com os olhos inchados por conta de ter chorado muito por conta da notícia da partida do pai Genu logo foi perguntando:
Genu: Olha para mim minha filha o que foi que o Marcelo te fez? Já vi que não era uma boa coisa o namoro de vocês primeiro o Julinho agora o Marcelo ele vai se ver comigo. É nessa hora que o seu pai tem que estar aqui para defender a sua honra.
Lili: Mamãe o Marcelo não me fez nada! O problema é o papai. Ele veio aqui buscar as coisas dele porque vai se mudar para o Rio de Janeiro daqui 2 semanas.
Aquela notícia foi um balde de água fria na cabeça da mãe de Lili ela não sabia se chorava na frente da filha ou bancava a mulher mais forte do mundo sem rodeios resolveu expressar o que estava sentindo:
Genu: Como assim seu pai vai embora? Ele não pode me deixar. Lili ele disse mais alguma coisa?
Lili: Mamãe que não está fácil suportar o seu sofrimento, só de ver no seu olhar ele acha que o melhor a fazer é deixá-la ser feliz longe dele por mais que a ame muito e tem todo o direito de não o perdoar por essa traição.
Genu: Por que ir embora se a vida dele está toda aqui? Vocês são tudo para ele desde o momento que vieram ao mundo.
Lili: Mamãe no fundo ele só tomou essa decisão porque está pagando pelos pecados dele, essa distância vai te curar mamãe e a imagem da nossa família. Ele não quer que fiquem falando mal de nossa família por causa dele que ele tem plena consciência que sujou o nome dela por conta dessa aventura.
Genu: Eu não sei o que dizer, o que pensar minha filha não vou mentir para você eu amo muito seu pai, mas é difícil esquecer que ele ousou olhar para outra mulher e ainda estava aos beijos na frente da nossa casa. Diferente dos outros homens a atitude do seu pai me deixou agora muito mexida preciso ficar sozinha minha filha.
Lili: Mamãe eu vou para o meu curso, depois Lúcio e eu ficamos de nos reunir na casa de dona Lola para falar sobre o meu casamento com Marcelo vamos chegar tarde só para avisar não nos espere para o jantar.
Seja qual for a decisão que irá tomar a respeito do seu casamento com o papai Lúcio e eu iremos apoiá-la.
Lili deu um abraço em Genu que não sabia se ia chorar no sofá da sua casa por conta da notícia ou iria fazer alguma coisa para resolver aquele problema. Quando se sentia confusa ela optava chorar e ficar sozinha para ver se alinhava os seus pensamentos.
A avenida Angelica estava calma naquele fim de tarde, Genu estava tranquila descansando no sofá,e seus filhos estavam na casa de sua vizinha Lola,o silêncio reinava na casa mas a mente de Genu estava barulhenta lotada pelos pensamentos dos últimos acontecimentos. Sua vida estava tão bagunçada e sem sentido nos últimos dias que mesmo sem notar seu rosto já estava banhado de lágrimas, e ela parecia estar em um transe de melancolia até que a campainha tocou e quebrou o feitiço.
De todas as pessoas do mundo, ela nem de longe pensava que seria seu marido, desde a última briga que tiveram a única notícia que ela teve do mesmo foi de que ele sairia da cidade, quando Lili lhe deu a notícia ela pensou que nem ia conseguir resistir se ele fosse pra tão longe.
Eles ficaram se olhando até que ele falou:
Virgulino: Boa tarde Genu, eu sei que você não quer me ver nem pintando de ouro mas eu preciso falar com você, prometo que serei rápido .
Genu deu passagem a seu marido ainda sem falar nada, e o seguiu até o quarto, ele veio dizer que irá sair da sua vida, a vida que eles juraram dividir até que a morte os separe, se acabou com traição e mentiras. Foi quando Virgulino estava prestes a dizer o motivo da sua visita a janela anunciou que um trovão cortou o céu.
E tudo se apagou, em questão de segundos tudo virou um breu e o silêncio ainda predominava, e Genu que estava a alguns passos de distância de Virgulino deu um pulo e agora estava colada ao corpo do ex marido. O clima ficou tenso entre os dois a um ponto que poderia facilmente ser cortado por uma tesoura, as respirações estavam descompassadas e rápidas, e era como se a qualquer momento eles fossem se beijar. Até que Virgulino deu um passo pra trás e virou de costas indo ate a cômoda do casal, onde encontrou uma vela e fósforos que Genu tinha para acender para os santos. Ele, depois de acender a vela resolveu quebrar o gelo falando para ver se conseguia criar coragem e dizer qual era a razão de estar ali.                                              Virgulino: Bom não é muito, mas tenho certeza que podemos achar mais na cozinha, se você puder fica aqui enquanto eu vou lá...                    
Nem deu tempo dele dar dois passos em direção a porta antes de outro raio cortar novamente o céu, que sua querida esposa já estava agarrada em seu braço falando:    
Genu: Mas nem morta eu vou ficar aqui sozinha esperando você voltar se você for eu também vou.
Para evitar acidentes, enquanto desciam as escadas, eles saíram do quarto e foram até a cozinha, buscar as velas, agarrados. Depois de acharem as velas eles voltaram para a sala e Virgulino as acendeu. O clima à luz de velas somados ao silêncio da casa por causa da ausência de seus filhos.
A ausência de seus filhos, e claro a chuva lá fora despertaram em Genu todo o sentimento de solidão e carência, que vinha sentindo nos últimos dias vieram à tona que fez tirar o que estava entalado na sua garganta:
Genu: Você não tem nada para me dizer Virgulino?
Virgulino: Eu estou aqui para dizer que você não vai mais precisar evitar me encontrar no armazém porque eu estou indo embora de São Paulo daqui duas semanas. Recebi uma proposta para trabalhar na filial da repartição do Rio de Janeiro.
Genu: Eu acho que nós temos coisas mais importantes a discutir. Eu... Eu não quero que você vá para o Rio de Janeiro.
Virgulino: Genu... Não me fale essas coisas, você sabe... Eu estou fazendo isso por você. Nossa família... Eu manchei nossa imagem, nessa cidade. E eu tenho certeza que você ainda está muito magoada com tudo que aconteceu. Não deveria dizer estas palavras, porque eu sei que no fundo, você ainda tem muito ressentimento de mim.
Genu: Mas eu te amo! E se isso sobreviveu em um casamento de anos e com dois filhos com uma traição que manchou a nossa história, o meu amor por ti ainda está intacto apesar da dor que você me trouxe, Virgulino, eu sei que sou capaz de superar tudo. Agora preciso saber se você está indo embora por que é isso mesmo que você quer ou não me quer por perto por não me amar mais Virgulino?
Virgulino: Quer mesmo saber eu não vou conseguir suportar ver seu olhar de tristeza por eu tê-la traído com a Vitória tendo que ficar tão perto e tão longe de você Genu sem poder toca-la, beija-la e ficar ao seu lado. Eu a amo com todas as minhas forças.
Genu: Virgulino você foi um canalha! Canalha!
Ela perdeu a cabeça puxou Virgulino pelo paletó empurrando-o para o sofá os dois caíram nele as suas respirações ficaram desmedidas o rosto dela a meio sussurro escutou a voz dele:
Virgulino: Eu fui um canalha mas sou apaixonado por você!
Era uma sensação estranha que corria seu corpo, ao mesmo  tempo que estava triste pelo fim de seu casamento, ela também tinha certeza de que nunca tinha desejado tanto assim seu marido. Em um ato de coragem e desespero ela beijou Virgulino de surpresa, de início ele ficou tão chocado que não soube como responder, mas logo pegou o ritmo daquele beijo inebriante e o correspondeu com todo amor.
Ele a olhou, tocando nos seus braços e foi descendo para o vestido dela lentamente fazendo a mão dele abri-lo com muito delicadeza Virgulino foi dizer uma palavra o dedo indicador dela tocou o seu lábio inferior que o fez se calar:
Genu: Não diga nada!
Obedecendo a mulher ele segurou os braços dela que fez o corpo dela ficar tão bem junto dele, Genu desmanchou o nó da gravata que ele estava usando dando beijinhos no seu pescoço ele deixou o vestido dela ao lado do sofá em que estavam. Estavam sem sapatos, o corpo dela arrepiou-se com aquele homem novamente nos seus braços que também vibrava o seu coração porque foi com ela que descobriu o verdadeiro significado do amor e te deu as coisas mais importantes da sua vida: ela, a mulher que tanto ama e os seus filhos.
O amigo de Afonso não perdeu tempo depositou um beijo na sua amada, diferente daqueles que sempre davam nos momentos mais românticos ele sugou aquela boca como se fosse um milk shake de chocolate tão doce como o próprio a uma altura dessa Genu esqueceu a traição do marido mordiscando cada canto da orelha dele, bagunçou os seus cabelos o fez arrancar pequenos gemidos. Aquelas carícias foram se intensificando mais a leoa que está dentro dela "acordou" arrancando as últimas vestimentas que eles usavam ela arranhou de leve as costas dele as mãos pequenas dele segurou com força os seios dela.  Estavam prestes a atingir a plenitude daquela tórrida noite de amor quando se ouviu um estrondo muito forte: o raio caiu bem na hora Genu deu um grito de pavor:
Genu: AHHHHH! SOCORRO!
Virgulino: Calma Genu eu estou aqui! Se acalma!
Ele deitou sua cabeça sob o seu peito que acarinhava aqueles cachinhos, sentir aquele carinho dele era muito maravilhoso Genu o puxou para um beijo aproveitando aquele momento tão especial. As pernas deles se prenderam umas as outras, que logo sentiram as suas intimidades se tocarem e acabaram se dando a chance de invadirem aqueles espaços com isso o orgasmo foi atingido.
A chuva foi se intensificando mais, na casa de Lola os filhos dela juntamente com Lúcio e Lili estavam reunidos ali falando do casamento de Lili com Marcelo:
Lili: Então eu acho que vou adiar um pouco meus planos de casamento não posso deixar a nossa mãe sozinha Lúcio.
Lúcio: Como assim? Não é por que agora que ela vai ficar separada do nosso pai ela não pode ficar sozinha um dia vai acontecer que eu vou construir minha família e você a sua.
Lili: Tem uma coisa que você não sabe hoje nosso pai foi lá em casa buscar os pertences dele porque vai se mudar para o Rio de Janeiro.
Lúcio: Ele não pode nos deixar Lili, se ele realmente fosse apaixonado por nossa mãe já teria feito alguma coisa para fazer ela o perdoar.
Lili: Ele está arrasado meu irmão! Ele acha que o melhor a se fazer é ficar longe dela porque não irá conseguir suportar ver a tristeza dela por conta do que ele fez e não quer que a nossa reputação seja manchada ainda mais.
Lúcio: Como eu estou arrependido por eu ter batido nele daquele jeito, a raiva me cegou pelo que fez a nossa mãe.
Alfredo: Não fiquem assim meus amigos eu e meus irmãos vamos pensar um jeito de fazer com que dona Genu e seu Virgulino voltem às boas e ele não vá embora daqui.
Os irmãos de Alfredo balançaram a cabeça confirmando que vão ajudar os vizinhos a se reconciliar. Sem saberem o que estava acontecendo na casa ao lado os pais de Lúcio e Lili estavam dormindo abraçados Virgulino despertou com o som do cuco anunciando que  eram nove horas ele se levantou com aquela vela iluminando aquela sala começou a se vestir.
Aquela entrega dos dois havia sido muito intensa, Virgulino não tirou da sua cabeça aquele momento com Genu ele se sentou do lado dela, lembrando daquela pele macia quente dela sobre a dele, o beijo dela que era calmo e foi ficando intenso a medida que ia se espalhando pelo corpo de Virgulino.
Tudo tinha que acontecer para reaproximação entre Genu e Virgulino, ele estava tão abstraído com os seus pensamentos que nem percebeu que ela havia acordado e não tirava os olhos de cima dele a voz dela quase como um sussurro se aproximou do ouvido dele dizendo:
Genu: Virgulino onde você pensa que vai?
Virgulino: Genu eu não te mereço! As coisas não podem se resolver assim quem sabe não vai ser melhor assim eu ir embora daqui e te darei o tempo para ver se o que estamos fazendo vai ser o melhor para nós.
Genu: Virgulino Coutinho você não vai a lugar algum! Cadê o homem por quem eu me apaixonei naquele baile e me casei? Ahhh está aqui bem diante de mim.
Não tendo tempo para pensar que podia fazer Virgulino tirar aquela ideia absurda da cabeça Genuína pegou as chaves da casa, colocou rapidamente seu vestido e correu até o quarto deles. Ele a alcançou abrindo a porta do quarto deles dando de cara com ela a sua espera ali fechando o cômodo e os dois ficaram parados um de frente para o outro.
Virgulino puxou Genu para junto dele, aqueles olhares penetrantes e apaixonados dela o deixam sem jeito que não conseguiu resistir aproveitando aquele momento e a beijou intensamente.
Genu: Quer prova maior que essa nós dois não conseguimos ficar longe um do outro Virgulino. Eu prometo que irei passar uma borracha nessa história da Vitória e voltamos a nossa vida como era antes.
Virgulino: Como você consegue falar isso tão levianamente? Não foi como se eu tivesse esquecido o pão do nosso café da manhã ou ter mentido por algo que tenha acontecido lá na repartição. Eu te trai com a Vitória. Como você fala que apagará? Tem certeza que não irá se arrepender e depois voltar a me desprezar?
Genu rebateu os questionamentos de Virgulino olhando nos seus olhos dizendo com todas as letras:
Genu: Eu irei apagar porque desde o baile tive a certeza quando você chegou em mim, você estará sempre no meu coração Virgulino. Hoje depois desse beijo eu queria ter a certeza se você ainda mexia no meu coração. Se esse amor é aquele que preencheu meu coração assim que você entrou na minha vida. O beijo demonstrou que eu tenho fé no nosso amor, na nossa família que eu posso sim superar tudo apagando e seguir em frente com você.
Virgulino não conseguiu resistir aquela linda declaração de amor de Genu e deu um beijo apaixonado nela que retribuiu o gesto do marido. Estava acontecendo novamente ele estava cansado de ficar longe dos braços de sua esposa o casal estava ardendo de desejo isso fez os dois deixarem a paixão que sentem falar mais alto, Genu deixou Virgulino a por naquela cama tão quente isso deu a entender que ele poderia fazer o que quisesse com ela.
Quando sentiu Virgulino tirar o seu vestido que já estava aberto, ela não teve dúvidas que realmente queria se entregar a ele novamente, sentiu sua mão subindo por sua perna, massageava delicadamente a parte interna das suas coxas, tocou sua beleza que era uma obra de arte desenhada por Deus e subiu para acariciar os seios. Eles se beijaram, gemeram entre os beijos, enquanto Genu tirava seu colete. Ela tentava ajudá-lo a tirar sua camisa, abriam cada botão com muita veemência, Genu pós seus braços em volta do pescoço dele que acariciou os seios desnudos da mulher. As mãos dela levemente tocaram os ombros de Virgulino descendo para o seu peitoral que só de sentir aquele toque arrancou suspiros.
Virgulino: Hummmm! Genu você me enlouquece desse jeito!
Genu: Eu não consigo resistir a você, suas mãos acariciando meus seios, seus carinhos, a sua boca...
Nem terminou a frase a boca dele rapidamente beijou novamente seus lábios finos era impossível resistir aquela boca tão próxima do marido de Genu. Suas respirações ficaram descompassadas, os corpos deles se prenderam, era uma troca de sorrisos maliciosos Virgulino pressionou sua esposa contra ele que fez a sentir o seu corpo se encaixar perfeitamente ele entrou na sua intimidade chegando ao seu ápice quando grunhiram os seus nomes:
Genu: Virgulino...
Virgulino: Genu...
Aquela tempestade foi embora, o casal adormeceu nos braços do outro e os seus filhos retornavam para casa. Ao entrar em casa os irmãos estranharam aquelas velas espalhadas por todo o canto que também viram os pares de sapatos dos pais pelo chão Lúcio olhou a irmã que já pensou a mesma coisa que ele:
Lúcio: Será mesmo que o papai e a mamãe se...
Lili: Tomara Lúcio! Agora vamos dormir está tarde. Não vamos fazer barulho eles devem estar dormindo.
Horas se passam...
Já eram quatro horas da manhã, parecia que tudo tinha voltado às boas para Genu e o Virgulino, estava um silêncio no quarto do casal que se quebrou com um murmúrio:
Genu ON
Estava voltando para casa com minha amiga Lola que tinha ido comigo no mercado para fazer um almoço muito especial para o meu querido Virgulino, tinha comprado tudo que ele mais gosta era um momento só nosso; Lili e Lúcio iriam passar o dia fora.
Nós se despedimos no portão da minha casa, eu entrei cantarolando, deixei às compras na cozinha e fui até o meu quarto trocar de roupa. De repente ao abrir a porta dei de cara com Virgulino na cama com uma mulher que logo deduzi que se tratava da tal Vitória:
Genu: O que significa isso? Virgulino,seu cachorro como você pode fazer isso comigo trazendo essa mulher na nossa casa e ainda dormindo com essa vagabunda na nossa cama.
Vitória: Alto lá vagabunda não! Meu nome é Vitória diz pra ela Virgulino o que você acabou de me dizer.
Virgulino: Genu eu não te amo mais! Eu me apaixonei pela Vitória e vou te deixar!
Genu: Você não pode me abandonar, deixar nossa família por conta dessa mulher!
Genu OFF
Virgulino sentiu a luz do sol bater em seus olhos e iluminar todo o ambiente. Já era um novo dia, e aquele amanhecer parecia que estava transformando a vida dele mais uma vez. Acordar ao lado de sua amada, era seu único desejo.
Tudo estava tranquilo, ele observava Genu dormindo, e depois de se vestir com as roupas do dia anterior, percebeu ela estranha. Seu corpo balançava de um lado pro outro da cama, e logo lágrimas apareciam no seu rosto.
Inicialmente chamou pelo seu nome, mas nada de Genu abrir os olhos. Até que Virgulino percebeu que ela estava murmurando algo enquanto chorava, no que parecia ser um pesadelo.
Genu: Você não pode me abandonar, deixar nossa família por conta dessa mulher!
Para Virgulino aquelas palavras reforçaram a ideia de que Genu estaria sufocando a dor que está sentindo e em prol do bem estar da família deles ela passaria por cima do que realmente sente e isso será uma marca permanente difícil de apagar com isso ele decidiu de uma vez por todas: ir embora definitivamente.

Eu Vi o Amor em Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora