This Love (Rafa Kalimann/ You Intersexual)

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S/n S/s POV

Já era noite de domingo, nervos a flor da pele como em todo dia de eliminação. O fato de não sabermos nada do que acontece lá fora é tipo andar no escuro e pegar uma porrada do nada. Nada é previsível aqui dentro.

Estava todas as meninas na sala, enquanto Babu estava no quarto vila pegando suas malas pra pôr no corredor. Ainda era cedo, o sol tinha sumido a alguns minutos atrás.

Estava tudo calmo ali até Flayslane começa a comentar num tom debochado sobre a votação de sexta, alegando que nosso grupo não tinha mais opções de voto e iam nela e no Babu.

Aí a merda começou.

- Não, eu votei em você porque você disse que eu ia sair porque eu sou uma planta.- Thelma fala séria e gesticulando.

Eu estava perto da porta observando o começo de uma possível guerra nessa casa.

- Agora ninguém quer se comprometer.- Flay fala sarcástica.
- Você disse que eu era uma planta e eu votei em você por isso, pronto.- Thelma diz dando de ombros, mas com raiva nos olhos.
- E planta pra você é uma ofensa?- Flay questiona.
- Flay...- Manu chama já irritada.
- É ofensa sim.- Thelma afirma.
- Flay!- Manu exclama num tom elevado.- Eu te defendi durante dez semanas nessa casa. Não se faça de louca. É claro que planta é ofensa.- A cantora diz grossa que até eu me assustei.- Eu sei que tivemos trocar verdadeiras, eu sei que te admiro pra caramba como artista, mas assim que você voltou do paredão com o Dan você assumiu uma postura diferente, e eu percebi que sim você estava adotando uma postura soberba.- Manu diz gesticulando, o resto de nós apenas observava e Babu passando com sua mala aleatoriamente.
- Por que cê não chegou e falou comigo?- Flay questiona desafiadora.
- Eu falei com vocês várias vezes, Flay. Várias.- Manu retruca.

E as duas continuaram a discutir, ninguém falava absolutamente nada. Pra completar Rafaella entrou na treta também. E aí foi que o negócio ficou mais tenso. Rafa e Flay faltavam se matar com os olhos. Flay logo estava acusando Rafa de ser "ditadora" no jogo.

- Eu não vou fazer de conta, eu não vou fingir. Eu não falo assim: agora eu vou fazer uma cena, porque vai ser melhor pra mim do jeito que VOCÊ faz toda vez que alguém sai por aquela porta, Flay.- Rafa se expressa seriamente e gesticulando.- Quando alguém sai a postura de Flay muda.

Eu me encostei na parede com um braço abaixo dos seios e a outra mão apoiando meu queixo, enquanto continuava a ouvir as duas discutindo.

Eu sabia que tudo aquilo que Rafa estava falando eram coisas que ela vinham guardando a muito tempo em relação a Flayslane. Ela não é o tipo de pessoa que chega e fala na hora o que acha, ela vai colhendo informações, falas, atitudes e vai só guardando. Até que uma hora ela não aguenta e explode, como é o caso de agora. E o melhor de tudo, Rafaella não perde a postura lindamente elegante que tem.

- Não gosto de você, não sinto verdade em você...- Rafa diz séria apontando pra Flay que tinha um sorrisinho debochado nos lábios.- Acho você sim incoerente, você está onde te convém...- A mineira continua de maneira firme e incisiva.- Em todos os seus jeitos, falas, andados, posicionamentos e etc. Acho você uma falsa, acho você extremamente sem educação, extremamente grossa com as pessoas e extremamente soberba.
- Hum hum...- Flay murmura assentindo.
- Então se você quer saber porque eu não defendi outras pessoas do meu grupo é porque elas não chegam isso aqui...- Mostra um espaço pequeno entre o seu dedão e o dedo indicador.-... de você. É isto!
- Acabou?- Flay questiona debochada e Rafa assente.- Mais nada?
- É só isso mesmo.- A mineira diz comprimindo os lábios.

O silêncio cruel reinou por uns segundos.

- E agora eu vou chorar debaixo do edredom.- Manu diz se levantando.
- Manu, quero falar com você.- Mari pronuncia.
- Não, Mari.- Manu diz calma.
- Mas a gente precisa.- Mari insiste.
- Mari, eu realmente não quero. Eu não consigo nem pensar agora. Preciso ficar sozinha.- Manu fala suspirando pesado.
- Tudo bem, mas quando cê quiser conversar, me avisa. Eu estou a dias querendo ter essa conversa.- Mari pede.
- Tá bom, eu te chamo.- Manu fala simples.
- Ok.