101- A Caçada

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Eeeeiii kkkk
Trago aqui um capítulo bem emocionante.
E cheio de mistério kkk não me matem 😊
Deixem sua estrelinha para não esquecer
Fiquem com o capítulo
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Ely Cooper

Vou até a capela do hospital, nunca fui muito religiosa, minha mãe era, eu sei porque ela já cantou uma música... "quando eu chorar - Bruna Karla",ela cantou na última vez em que a vi, eu tinha 10 anos e já estava dançando. Não morei com a minha mãe, no máximo eu a visitava e passava alguns dias, ela tinha outro marido, e ele era bem ruim, e quando o meu pai me levou aquele dia.. Eu não pude mais voltar, nunca entendi o porque, e já faz dez anos desde a última vez que a vi, fiquei sabendo recemente que ela morreu.

Eu também tinha duas irmãs, elas eram lindas... Mas tão diferentes de mim, digo na aparência, uma delas era três anos mais velha, mas andava sempre emburrada e nao gostava de ser abraçada ou tocada, ela nunca nem falou comigo, a minha outra irmãzinha era linda, adorável, e gostava de pular quando eu tentava ensinar balé para ela, eu era a filha do meu, e sempre fui a "filha de um caso"...

Morei a vida toda com meu pai, sempre fomos eu e ele, eu visitei a minha mãe alguns meses entre nove até os dez, somente! E depois, papai fez de tudo para ser o suficiente para mim, e nunca arrumou uma namorada, eu gostava porque tinha ele só para mim. Eu sempre dancei balé, depois me apaixonei pelo contemporâneo, quando surgiu a vaga de professora de Dança em Seattle, nem pensei duas vezes antes de vim e deixar minha cidadezinha.

Mesmo papai me dando amor, Eu me sentia incompleta, era uma criança normal e feliz, até os 10 anos, com papai eu sempre fui adorável, Mas sozinha, sou uma pessoa vazia, longe ele eu não sou nada, porque sou machucada até hoje por ter me separado da pessoa que eu jurei cuidar, eu jurei cuidar da minha irmãzinha porque o pai dela era idiota demais, um estúpido e não pude fazer isso. Me culpo todos os dias.

Sento-me em um banco, a capela está completamente vazia, encaro o chão... Me ajoelho, junto às mãos...

- Oi Deus, sei que você tá aí com as pessoas que eu tanto amei, Eu vim aqui rezar por uma garotinha, tão forte... Ela merece tanto o que tem de melhor no mundo, mas aconteceu algo tão ruim com ela, Sara é a menina mais doce que já conheci, ela evoluiu tanto na dança que me deixa até emocionada por acompanhar desde seus pulos desajeitados giros horríveis e engraçados... Até a dançarina incrível que ela é, e nem sabia disso, na verdade ela não sabe de muita coisa, é muito nova ainda... Mas ela sofreu tanto na vida, fico tão mal por isso, não gosto de vê-la sofrer, eu gosto da sua gargalhada, o riso mais doce que eu tanto amo escutar, agora ela é tímida... Mas eu consigo ver por baixo da armadura. Ela é um doce, quero pedir pela vida dela, minha menininha... Ela... não merece passar por isso...

Uma lágrima escorre do meu olho. Levanto-me depois de um tempo ajoelhada. Caminho de volta à sala de espera. Vejo Anastásia abraçada a uma menininha de longos cabelos castanhos que deduzo ser a irmã da Sara e um homem com uma loirinha no colo. Assim que entro vejo uma médica entrar.

- Mamãe, como Sara tá?

Ana pergunta para a médica.

- Sara não quebrou nada, ela só deslocou a perna esquerda e por isso vai ficar com uma tala até se firmar, ela vai usar faixas na região da barriga até o busto porque a bancada foi forte, e sua cabeça colidiu com o chão, só saberemos se terá sequelas pela batida na cabeça quando ela acordar...

O Melhor Acaso | Primeira TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora