Amor Rubro - Vol. IV

Capítulo 23

Agora

Duas semanas depois

Nova Jersey – EUA

Bernard

Enquanto eu procurava um jeito de encontrar o segurança particular do Dylan, chamado Oleg Malancov, não perdia tempo em investigar o que eu já tinha em minhas mãos. Que eram os pais da garota morta pelo Dylan, a tal Elisabeth Sammers. Não tinha certeza se eles tinham alguma coisa de útil para me contar, mas não custava checar. Não queria deixar para trás nenhuma pista se quer que pudesse me levar até onde Dylan estava.

Após algumas procuras, eu consegui encontrar os pais da garota. Eles havia se mudado para Nova Jersey, por sorte não muito longe de Nova York onde eu já estava antes. Dirigia por uma das cidades do estado, mais especificamente, eu estava em Atlantic City. Provavelmente mudaram para cá em busca de uma fuga da cidade grande, para tentar esquecer o traumático assassinato de sua única filha.

Minhas intenções com eles não eram as piores, como foi com Jether Cole. Só queria conversar, mas também, eu seria obrigado a surpreende-los. Duvido muito que eles falariam exatamente o que eu queria saber se eu bancasse o falso Detetive, ainda mais depois de todos esses anos. Sem dúvidas estranhariam um homem chegar até a casa deles dizendo ser um Detetive que estava investigando o assassinato de sua filha, sendo que o caso dela já foi encerrado a muito tempo atrás.

Estaciono do outro lado da rua de frente a casa do casal, e começo a fazer o que eu sempre faço: estudar a rotina das minhas vítimas. Eu poderia simplesmente entrar e surpreende-los, mas eu não sou assim. A paciência sempre foi amiga da perfeição na minha vida, e eu não estava disposto a mudar meu método agora. Mesmo que isso me custasse um tempo precioso.

Um mês depois

(Nota no papel)

Noite de sexta-feira. O casal Sammers estão dormindo já a 40 minutos, após um longo dia exaustivo de trabalho. Eles chegaram, prepararam o jantar, tiveram um breve discussão, tomaram seus banhos e se deitaram.

Olho para a rua averiguando o perímetro em volta e me certificando de que não havia pessoas por perto. Quando não vejo ninguém, confiro o silenciador da minha arma e o carregador. Saio do carro e atravesso a rua olhando para os lados. Na casa deles havia um alarme, que eu facilmente desativo com um programa que eu tinha no celular exatamente para esse tipo de coisa.

Destranco a porta com uma chave mestra, e adentro a casa fechando a porta lentamente atrás de mim. Fico parado por um momento em silêncio apenas ouvindo o ambiente em volta, me certificando de que eu não havia feito nenhum barulho que pudesse ter acordado o casal, mas felizmente não ouço nada. Eles não tinham nenhum animal, o que facilitou ainda mais o meu trabalho aqui, e eu também não queria ter que mata-lo. Ando evitando animais desde a morte do Hyde, mas não faço ideia do porquê.

Dou uma respirada profunda, antes de avançar vagarosamente em direção ao quarto do casal. Ao chegar lá, eu acendo a luz e os vejo dormindo pacificamente. Não me preocupei em acender a luz, pois eu sempre espero alguns longos minutos antes de entrar na casa, para me certificar de que todos estão em sono profundo. Me aproximo primeiramente do homem, pois são sempre os que podem vir a causa um problema caso eu não cuide deles primeiro.

Ponho a mão em sua boca e ele desperta, dando de cara com uma arma silenciada apontada para a sua cabeça. Eu tiro a mão da boca dele e levo meu dedo aos lábios, fazendo um sinal de silêncio e depois apontando para sua esposa que dormia ao lado. Ele acena com a cabeça, podia ver em seus olhos que estava apavorado. Faço ele levantar da cama e prendo suas mãos para trás com uma abraçadeira de nylon.