Capítulo 42

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"Sou incontrolável, emocional; Caoticamente proporcional; Sou visceral, recarregável; (Estou louco, estou louco, estou louco, estou louco);

Todo mundo sabe que eu sou um pouco desequilibrado; (Desequilibrado); Todo mundo sabe que eu sou um pouco desequilibrado; (Desequilibrado); Todo mundo sabe que eu sou um pouco desequilibrado; (Desequilibrado); Todo mundo sabe que eu sou um pouco desequilibrado; (Desequilibrado)." - MISSIO 


Agora

Todas as pessoas que estavam em volta nós, ao verem Bernard apontar uma arma para a cabeça de John, se desesperam na mesma hora e saem correndo para fora do bar. Eu apenas pensava em uma maneira de impedir Bernard de fazer, seja lá o que ele queria fazer, o mais rápido possível, antes que fosse tarde demais. Mas tentava ao máximo fazer com que John cedesse também, pois se ele fizesse algo contra Bernard, eu certamente não conseguiria impedir. E ele parecia ser o tipo de homem que quando tem algo na cabeça, nada pode impedi-lo de concretizar seus planos, assim como Bernard.

- É sério, já chega! – Eu entro no meio dos dois.

- Lyanna, você não tem que voltar com esse cara se não quiser.

- Eu sei disso, mas deixa que eu resolvo com ele sozinha, pode ser?!

- Não se preocupe, eu não me importo de fazer caridades. – Ele dizia ainda encarando Bernard.

- Ben? – O chamo pelo seu apelido e ele me olha. – Me da essa arma. – Ele continua a me olhar e eu me aproximo do seu ouvido. – O que eu disse sobre me contrariar? Não quero ter que repetir.

Volto a encara-lo, após resistir alguns segundos ele finalmente se afasta um pouco, me entregando sua arma. Eu a guardo em minha cintura e dou uma ultima olhada para John, estava séria. Depois dou as costas para os dois e caminho em direção a porta, sinto que Bernard não demora vir atrás de mim.

- O que se esperar de um homem quando é uma mulher quem manda nele...

Ouço a voz de John atrás de nós, logo em seguida ouço barulho de várias coisas se quebrando. Quando olho para trás vejo Bernard pressionando o rosto de John em cima da bancada enquanto o acertava socos. Vários copos e garrafas de cerveja que estavam em cima do balcão caíram e se quebraram quando Bernard jogou John em cima dele. Eu reviro os olhos frustrada, pensei que tinha conseguido impedir o pior, e o idiota do John abre a boca para falar essa merda.

Os dois rolam pelo chão brigando e eu apenas os assisto ali, pensando em como iria separar a briga de dois homens adultos. Olho para os lados e não vejo ninguém, até o desgraçado do barman tinha fugido, ele provavelmente já deve ter chamado a policia a essa altura, então tínhamos que sair daqui o quanto antes, ou nós três seriamos presos. Sinto um forte Déjà-vu, como se aquela cena de briga me fosse muito familiar, em seguida vários flashs de lembranças vêm a minha mente, e percebo que não era a primeira vez que eu via Bernard brigar com alguém.

- Já chega vocês dois! – Eu falo e eles me ignoram, obviamente.

Me lembro da primeira vez que vi Ben brigar, foi com um colega de trabalho que eu tinha, chamado Daniel. Uma forte vontade de mata-lo me preenche por dentro quando me lembro de seu nome, mas não entendo o porquê. Lembro de estar sozinha, como agora, e que a única coisa que parou a briga deles, foi quando eu apontei uma arma para a minha cabeça. Pego a arma de Ben que estava comigo, e faço exatamente a mesma coisa. Se funcionou uma vez, não custa tentar de novo.

Amor Rubro - Vol. IVOnde histórias criam vida. Descubra agora