Capítulo 27

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"Não vou só observar, já flagrei; Eu parei de falar, vou fazer; Perseguindo a nona lei do poder; Nesse jogo o que importa é vencer;

Já vivi demais o que eu não queria viver; Como Perseu que desafio não recusa; Mano, eu vi demais o que eu não deveria ver; Agora só volto com a cabeça da medusa." - Letodie 

Agora

Dia seguinte

Nova York - EUA

Bernard

- Ben? – Ouço uma voz ao longe. – Beeenn?!

- Lya?! – Reconheço a voz dela. – Onde você está? Não consigo te ver!

- Aqui!

- Onde?!

- Aqui, Ben... – Sinto uma mão em meu ombro e me viro, me deparando com Lya.

- Lya! – Eu a abraço fortemente. – Como é bom ver que você está bem!

Ouço Lya chorar, sinto suas lágrimas escorrerem para a minha pele e me molhar. Afasto nossos corpos e seguros seu rosto com as duas mãos.

- O que foi?! Porque está chorando?!

- Aaron... Você o deixou... Nosso primeiro e único filho... E você o deixou... – Lya levanta a cabeça e me olha nos olhos. – Como pôde fazer isso com o nosso filho?! Ele é só um bebezinho! E tudo isso para ir atrás de vingança?!

- O Dylan precisa pagar pelo que fez a você!

- Se acontecer alguma coisa com o Aaron por causa do seu orgulho, eu nunca vou te perdoar... – As feições de Lya mudam e ela me encara extremamente furiosa. – VOCÊ OUVIU?! EU NUNCA VOU TE PERDOAR!!! – A mão de Lya se ergue no alto, estava segurando uma faca, que no mesmo instante vem em direção ao meu rosto com tudo...

Acordo na mesma hora com um puta susto que eu havia levado. Esses pesadelos estão cada vez piores! Que inferno! Sinto uma fisgada na lateral do meu corpo e olho o que era, vejo o corte que eu havia levado de Oleg sangrar. Quando me levantei de uma vez, devo ter feito um movimento brusco que abriu os pontos.

Me levanto da cama e vou até o banheiro para fazer outro curativo. Retiro o curativo que eu havia feito antes e que estava ensopado de sangue. Pego um pano pendurado ao lado do espelho, molho ele na torneira e o passo sobre os pontos, limpando o sangue que saia. Quando finalmente ele para de sair, eu costuro novamente a ferida e faço outro curativo por cima.

Teria que esperar eu me recuperar um pouco antes de ir atrás de Dylan. Se eu fosse do jeito que estava, só diminuiria as chances de eu conseguir fazer alguma coisa com aquele miserável. Mas eu não poderia enrolar muito aqui, talvez uma semana já é o bastante. Vou ter tempo suficiente para bolar alguma coisa e me preparar.

Uma semana depois

Havia chegado finalmente no endereço que Oleg havia me passado. Tenho certeza absoluta que Dylan não estava apostando que seu fiel comparsa acabaria me contando exatamente o que eu queria saber. E por isso, eu conseguiria pegá-lo de surpresa, que sempre foi o meu plano desde o início. Surpreende-lo no lugar onde ele estava com a guarda abaixada.

Olho para cima e vejo a nome "Black Ink" em uma placa, que sinalizava um estúdio de tatuagens aparentemente fechado por uma porta de aço já a algum tempo. Ao lado esquerdo havia uma porta de ferro preta com grade de sua metade para cima, e por trás da grade havia um vidro. Pude ver pelo vidro da porta uma escada subindo para o segundo andar do estúdio ao lado. Felizmente eu conseguiria invadir essa porta, ao contrário da porta de aço do estúdio. Se eu tentasse algo nela, sem dúvidas alguma chamaria atenção demais.

Amor Rubro - Vol. IVOnde histórias criam vida. Descubra agora