Capítulo 61

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Continuação...


Antes

Lyanna

Meu pai realmente havia cumprido sua promessa, ele me deixou sair de onde eu estava presa e voltei para casa. Só que minha presença em casa novamente não fez muita diferença para a minha mãe, muito pelo contrário, ela pareceu decepcionada ao me ver de novo. Mas eu não me importo mais com ela, suas palavras e atitudes já não me machucam mais, a vejo como uma mera mosca agora.

Eu estava em uma praça sentada em um banco com o meu pai, ele disse que iríamos nos encontrar com alguém, mas eu não fazia ideia de quem era ainda. Não passou muito tempo e um policial fardado se aproximou de nós, meu coração acelera na mesma hora, pois eu sabia dos meus crimes e dos crimes do meu pai, e a última coisa que eu queria ver na minha frente seria um policial.

- Esse é o amigo do papai, filha, que te falei que é policial.

- Ah, então essa é a famosa Lyanna?! - Ele sorri gentilmente para mim e ergue sua mão em minha direção. - Muito prazer. - Eu aperto sua mão com certa desconfiança. - Seu pai fala o tempo todo de você, sabia?

Eu balanço a cabeça em negação e olho para o meu pai, depois olho de volta para o policial.

- Eu contei a ele sobre o que aconteceu com você, daquelas garotas que te cercaram. Pedi a ele para que cuidasse de você enquanto eu estiver no trabalho de agora em diante.

- Isso que aconteceu com você, Lyanna, costuma ser bem frequente nas escolas. Mas não vai ter mais que se preocupar com isso, agora estarei sempre por perto quando precisar.

- Obrigada...

Depois do meu pai e o policial conversarem bastante, eles se despedem e cada um de nós segue o seu caminho. Quando eu e meu pai entramos em seu carro, que estava estacionado não muito longe da praça, ele apanha meu braço fortemente e me encara.

- Se ele ficar sabendo, ou pelo menos criar um fio de desconfiança de mim, caso você fale alguma coisa que me comprometa, você vai voltar para aquela casa comigo, e nunca mais vai sair. Entendeu?!

- Sim! - Aceno com a cabeça rapidamente e deixo lágrimas fugirem dos meus olhos, após a atitude agressiva do meu pai.

- Ótimo. - Ele me solta e suas feições mudam, me entregando um sorriso gentil logo em seguida como se nada tivesse acontecido. - Vamos embora? - Ele diz ligando o carro.


Duas semanas depois

O sinal da escola soa e agradeço mentalmente por estar indo embora desse inferno, como eu sempre fazia todos os dias em que sabia que estava indo para casa. Pego minha mochila e saio da sala rapidamente, em seguida do portão da escola. Começo a andar pela rua averiguando ao meu redor sempre que podia, mas desde aquele combinado que meu pai fez com o policial, eu nunca mais o vi. Tenho até dúvidas se ele está mesmo cumprindo a promessa que fez com o meu pai. Ao virar em uma esquina dou de frente com duas garotas, as mesmas que me bateram a um tempo atrás.

- O que você fez com a Amelie e a Tiffany? - Uma delas me pergunta.

- Eu não fiz nada! - Falo dando um passo para trás.

- Elas desapareceram! Só pode ter sido você, sua vadia!

- Diga a onde elas estão, ou vamos te dar outra surra! - A outra fala.

- Já disse que eu não sei...

- Algum problema aqui meninas? - Ouço uma voz masculina atrás de mim, ao olhar para trás e para cima, vejo o policial que era amigo do meu pai. De onde esse cara brotou?!

Amor Rubro - Vol. IVOnde histórias criam vida. Descubra agora