Amor Rubro - Vol. IV

Capítulo 28

Dylan cambaleia para o lado desnorteado com o soco que havia levado, não perco mais tempo e vou para cima dele o pegando pelos cabelos e levando sua cabeça de encontro com meu joelho de uma só vez. O empurro para o chão em seguida e ele cai, mas logo seus braços fortes erguem seu corpo completamente tatuado. Vejo o sangue dele pingar no chão e ecoar pelo local. Valeu a pena cada segundo que eu esperei para poder ouvir isso.

- Uni... Duni... Tê... – Eu caminho lentamente em direção a ele, enquanto ele terminava de se levantar. – Quem está sendo caçado agora é você.

Ele finalmente fica de pé suspirando, parecia furioso. Ele passa a mão pelo sangue que escorria de seu nariz e manchava completamente sua boca e pescoço. O encaro nos olhos, podia ver que ele não estava tão confiante como antes. Dylan vem para cima de mim com tudo, e tenta me acertar socos. Eu paro e desvio de algum deles, e consigo acertar alguns em seu rosto novamente.

Dylan se afasta de mim, parecia me analisar enquanto andava ao meu redor com os braços erguidos na altura do seu peito. Eu não tirava meus olhos nele, pois queria estar pronto para qualquer movimento que ele fizesse. Ele vem para cima de mim novamente, desvio de alguns socos, mas ele consegue acertar um em meu rosto, depois segura na minha nuca com uma mão e com a outra ele afunda em minha barriga. Eu me inclino para frente e tusso com os braços levados ao estômago. Ele tenta me acertar um chute no mesmo lugar, mas eu paro sua perna rapidamente e a seguro, dando uma rasteira em sua outra perna e o levando ao chão. Ele segura no meu braço e me leva ao chão também. Brigamos para tentar nos livrar um do outro enquanto rolávamos pelo chão. 

Ele fica por cima de mim e me segura pelo pescoço com uma das mãos, enquanto com a outra ele afunda um soco em direção a minha cara, mas eu consigo levar meus braços para frente do meu rosto a tempo. Ele apanha meu pescoço com as duas mãos dessa vez e começa a apertar, mas eu dou um golpe em seus braços que me livram do seu aperto. Acerto um soco em sua garganta e ele se engasga levando suas duas mãos ao pescoço. Eu estico o meu braço até a minha bota e tiro minha faca de lá, a rasgando no ar em direção ao seu rosto. Sinto minha lâmina fatiar sua pele, e ele cai para o lado urrando enquanto sangue transbordava do corte em sua bochecha.

Me levanto com dificuldade do chão, e vou até ele que estava de quatro com a mão no rosto. Acerto um chute em sua barriga e ele cai de lado. Vou para cima dele afundando minha faca em direção a sua garganta, e ele para meu braço segurando em meu punho. Eu rujo com a força que exerço para conseguir afundar a faca onde eu queria, e Dylan faz o mesmo, enquanto evitava meu golpe mortal.

Sinto uma dor enraizar pela minha costela, e quando olho lá, vejo Dylan apertando o meu corte costurado. Isso me faz perder as forças e ele aproveita para me empurrar para o lado. Em seguida ele sai se arrastando para longe de mim e se apoiando em uma pilastra para se levantar do chão. Suas mãos ensanguentadas sujam toda a pilastra em que se apoia. Eu gemia com a dor que eu estava sentindo, e espremo meus olhos enquanto tentava aguentar aquilo de algum jeito.

Eu suspiro diversas vezes antes de me levantar. E quando finalmente consigo, cambaleio para o lado por conta da dor em minha costela. Levo minha mão esquerda até lá, enquanto com a direita eu segurava minha faca. Respiro profundamente e vou para cima de Dylan. Afundo minha faca em direção a ele, mas ele se vira bem na hora e desvia, a faca acerta uma das correntes e a parte ao meio.

Ele apanha meu braço que estava com a faca, tentando toma-la de mim de alguma forma. Estávamos cara a cara, faltávamos rosnar enquanto fazíamos força para nos livrar um do outro. Dylan estava quase tomando a faca de mim quando eu acerto minha cabeça com tudo em seu nariz e ele cai nocauteado para trás. Vejo que o golpe foi tão forte que ele ficou se mexendo lentamente após ele. Aproveito para subir para cima dele e ergo minha mão fechada no alto.