Extra: Festa de aniversário de Frerin II - Parte 1

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– Viu, adad? Viu o Bom! E... – Frerin tagarelava no colo do seu orgulho pai anão. Por meio de gestos e sons, o bebê agora de um ano de idade (oficialmente) relatava ao seu progenitor tudo que tinha observado no desfile. Seu vocabulário era limitado, mas Frerin compensava isso com a dramatização do seu testemunho.

– Eu sei, meu querido. – Anuía Thorin com um sorriso afetuoso estampado nos lábios.

– Aí, o vovô Dalf fez ZUMM! – vovô Dalf era como Frerin denominava o mago Gandalf. Pelo som que o infante reproduzia era bem provável que estivesse descrevendo os fogos de artifícios que sem dúvida foram a atração mais magnifica de todo o desfile. Gandalf tinha se superado em sua perícia, seus fogos assumiam formas diversas, desde verdejantes florestas, revoada de pássaros brilhantes e até mesmo um dragão. Bem que essa última obra-prima tenha provocado incialmente pânico entre os espectadores, principalmente anões e humanos, mas quando o dragão imaginário explodiu em milhões de estrelas cadentes o medo foi substituído por admiração.

– Eu estava lá, meu querido. Sei do que você está falando... – Riu o primeiro rei, orgulhoso do entusiasmo do seu filho. O desfile foi sua ideia de comemoração e pelo visto tinha causando uma boa impressão no pequeno príncipe.

– Devo admitir que sim o desfile foi fenomenal. Logo, posso entender um pouco o entusiasmo de Frerin.– comentou Bilbo, fazendo que Thorin se sentisse muito mais orgulhoso, afinal se recordava das críticas do seu adorado esposo quanto a necessidade de se organizar um desfile.

Mas, não essa não é a única comemoração que teremos hoje. – Continuou o hobbit.

De fato, ainda haveria mais uma festa. Algo mais informal reunindo os amigos mais íntimos. O resto de Erebor ainda festejava o aniversário de um ano do príncipe Frerin II, banquetes estavam sendo organizados nos salões inferiores, música e dança ecoavam pelos corredores de pedra do reino anão. Em relação a comemoração mais intima da família real, essa se localizava na confortável e familiar salão de chá (como Bilbo denominou) no andar destinado a família real de Erebor.

– Feliz aniversário, príncipe Frerin II Bolseiro-Durin! – Exclamaram os convidados assim que os reis de Erebor e seu filho adentraram no referido salão. Frerin arregalou os olhos, um misto de surpresa e alegria ao ver tantas caras conhecidas batendo palmas e falando o seu nome.

– Papa, ô... – Frerin sussurrou para Bilbo, como que tentando expressar a sua incredulidade quanto a aquela festa.

– Sim, são seus amigos Frerin. Vieram comemorar o seu aniversário.

– Um! – rapidamente o bebê indicou com o dedo a quantidade de anos que estava fazendo. Infelizmente, não com o dedo correto... Novamente a criança estava fazendo o símbolo de "cotoco". Bilbo tentou corrigir o filho, indicando que ele deveria mostrar o dedo indicador e não o dedo de meio como previamente tinha feito.

– Ele ainda está fazendo isso? Quem o ensinou a fazer esse gesto obsceno? – resmungou Thorin, raivoso.

Uma gargalhada meio abafada foi ouvida do grupo de convidados. Elladan tentava conter o ataque de risos com a mão, mas era obvio que estava falhando. Legolas, que estava ao seu lado, rolou os olhos com tamanha infantilidade de seu irmão-adotivo. Tauriel, por outro lado, compartilhava da necessidade de ocultar a risada, mas ao contrário de Elladan estava conseguindo manter a fachada enquanto comia um grande pedaço de bolo. Lord Elrond manifestou a sua opinião quanto aquela situação dando um tremendo tapa na nuca do seu filho, que ainda não parou de rir.

Thorin estreitou os olhos ao assistir aquela cena, os elfos sempre tão perfeitinhos também tinham seus próprios problemas familiares, problemas do nível Kili-Fili... Bem, o primeiro rei apreciava aquele tipo de "infortúnio" decair sobre os tão orgulhosos comedores de capim.

Os dois reis sob a MontanhaOnde histórias criam vida. Descubra agora