Extra: Um casal de elfos.

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– ... O índice de ataques de aranhas tem diminuído, contudo existem relatos da presença desses seres em nossas fronteiras, principalmente perto das montanhas. – Relatou um elfo diante do seu monarca, Thranduil. O rei elfo estava sentado em seu estonteando trono formando por galhos de coloração bronze e dourado, entrelaçados e esculpidos pela a própria vontade da floresta, sendo este um presente fornecido ao primeiro rei que governou Mirkwood e permaneceu na linhagem real por gerações, sem sequer apodrecer ou demonstrar sinais da passagem do tempo.

– Mandem Tauriel e sua guarda aumentar as patrulhas nas fronteiras. – Disse Duil acariciando sua barriga, com a avanço da gravidez estava cada vez mais difícil encontrar uma posição confortável, mesmo em seu querido trono.

– Será mesmo necessário? Digo, as aranhas não estão de fato entrando em nossas terras. – Continuou a falar o elfo, mas logo se calou ao notar o olhar fulminante que Duil o lançava.

– E se não fizermos nada, tais aranhas irão invadir as terras de Bard e de Bilbo, já imaginou os danos que tais seres vão causar aos nossos aliados? – Inqueriu.

– B-bem... – O elfo parecia estar suando, mesmo sobre o efeito da brisa fresca do entardecer que ultrapassava os pilares de pedra que sustentam a salão do trono do palácio de Mirkwood – É que não era nosso costume se importar com o que ocorre além de nossas fronteiras.

– Entendo a sua confusão. Afinal, essa era uma atitude que eu incentivava antes. – Disse Thranduil voltando a acariciar a sua barriga, um sorriso insistia em se fazer moldar em seus lábios. O seu eu de antes era rancoroso, além de sofrer da agoniante dor de ter parte de sua alma perdida para a morte. Não era de se admirar que fosse tão azedo, mas agora tudo mudara.

– Hoje em dia, não somos um reino isolado dos nossos vizinhos. Temos compromissos com nossos aliados e amigos. – Sentenciou.

– Até mesmo com os anões? – Alguém sussurrou, com repugnância, no salão. Duil se levantou do seu trono para encarar seus conselheiros.

– Sim, até mesmo os anões. – Falou com certa hesitação – Companheiros, meu coração já começa a se curar das injurias passadas e com essa nova vida que cresce em meu ventre enxergo o nosso futuro de forma diferente. Não desejo que meu filho ou filha tenha que viver em mundo cheio de ódio e rancor. Não...Quero que ele ou ela possa ver o nós elfos somos mais do que uma raça imortal que vive a remoer o passado. Somos seres capazes de aprender com nossos erros e evoluir para uma nova era!

O soar de palmas dadas pelos conselheiros abafou o abrir das portas e entrada de um novo membro na reunião.

– Pelo visto, cheguei no momento certo. – Anunciou Lorde Elrond de Valfenda.

– Momento certo? – Duil ergueu as sobrancelhas, tentando não parecer tão animada com a chegada do seu companheiro. Se estava descendo as escadas do seu alto trono para ir de encontro aos braços de Elrond, era só porque estava precisando fazer exercícios, ora, ficara tempo demais sentado naquele austero trono.

– Sentiu saudades? – Questionou Elrond ao receber o abraço de Duil, acariciando os cabelos loiros platinados de seu amado.

–Talvez só um pouco. – Sussurrou magnânimo elfo, afundando seu rosto no peitoral do elfo moreno.

– Sei. – Riu o outro – Sinto incomodar a sua reunião.

– Não foi incomodo nenhum. Ela já terminou. – Anunciou Duil fazendo um sinal para os seus conselheiros para que eles se retirassem, esses trocaram olhares divertidos enquanto saiam deixando o casal em sua privacidade.

– Terminou mesmo? – Voltou a perguntar o lorde elfo – Não quero mesmo interromper as suas atividades...

– Estou cansado! – Anunciou Duil puxando o seu companheiro consigo – Você quer mesmo que eu, aquele que carrega o seu filho ou filha por aí, fique exausto por trabalhar demais? Se eu ficar estressado, ele...

Os dois reis sob a MontanhaOnde histórias criam vida. Descubra agora