Surpresas!

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Como estava tinha se arrependido!

Por que ficou tanto tempo enfurnado em seu quarto?

Sim, tinha a questão do frio! Um grande empecilho para se aventurar fora do seu seguro, confortável e quente quarto. Além disso, havia o conceito ruim que tinha formulado sobre aquela estação específica, nunca comemorara o inverno! Sempre o temeu a chegada do clima congelante, sempre observara os flocos de neve com tristeza e pesar. Pelo visto, o Festival Yule poderá mudar isso...

Ou já estava mudando?

Bem, ver como a sala do trono estava toda enfeitada por árvores adornadas com gemas preciosas, a luz adentrava por estreitos túneis a direcionadas por uma complexa rede de espelhos, permitia que o grande salão fosse iluminado. Agora com as gemas e outras pedras preciosas dispostas juntos os referidos espenhos, a luz adquiria diveras colorações, deixando o local com aspecto totalmente místico.

— Thorin...Isso é...É... — Bilbo fez gestos com as mãos esperando que assim pudesse expressar melhor o que sentia ou via.

— Se está sem palavras, considero isso um grande elogio. — Comentou satisfeito o rei anão, que embalava um eufórico Frerin em seus braços. O principezinho estendia as mãos, tentando capturar uma de uma das gemas brilhantes (provavelmente para colocar na boca).

O casal real caminhava tranquilamente pelo longo salão moldado na rocha bruta que preserva alguns aspectos naturais tal como grandes Estalactites e estalagmites. Os outros anões que encontravam durante o caminho os cumprimentavam, mesmo com a formalidade requerida na relação entre a realeza e seus súditos, podia ver a animação e o carinho que aqueles anões transpareciam em seus gestos e olhares.

— Estou curioso por saber mais sobre esse festival, além dos efeitos e da comida...O que mais acontece? — Inqueriu, seus súditos tinham se aproximando para oferecer mais quitutes para que o segundo rei provasse. Eram doces moldados no formato de árvores e estrelas, tão meigos e delicados que era difícil associar com a postura bruta e rústica dos anões.

"Bem...Eles conseguem lapidar belas gemas e também a própria rocha...Não deve ser tão difícil usar tal habilidade na culinária! Eles só precisavam de um incentivo!" pensou enquanto mastigava um dos doces.

— Temos competições, é logico. — Informou Thorin com um brilho no olhar. Bilbo logo reconheceu aquele tipo de olhar... Era o olhar competitivo do grande rei Thorin!

— Que tipo de competições?

— Tem a dança.

Agora o hobbit franziu o cenho.

— Espere um pouco? Eu me recordo de um certo anão que não sabia dançar em uma certa festa de casamento! Você estava me enganando, mestre Durin?

Thorin pigarreou.

— Eu não sei dançar as danças dos homens, elfos ou hobbits! A dança dos anões, como você verá é algo totalmente diferente! Eu não me aproveitei de você ou algo do tipo...De fato eu não sabia os passos de uma valsa...Ou qualquer coisa parecida!

Bilbo arqueou uma sobrancelha, desconfiado.

— Só acredito vendo!

— E você verá! — Garantiu o primeiro rei, agora estampando um sorriso malicioso, algo que gerou reações conflitivas no pequeno hobbit, tais como o aumento de seus batimentos cardíacos e uma necessidade de puxar a barba do seu marido e apagar tal expressão provocadora de seu rosto.

— Além disso... — Continuou o Durin — Temos outras competições...De bebidas, por exemplo.

— Bebidas? — Bilbo notou que estava sendo conduzido para uma galeria que interligada o salão do trono e o grande salão circular onde ocorria a maior parte das festas. Quando adentraram nesse referido salão o hobbit se viu que o mesmo estava arrumado com longas mesas com diversos barris de madeira, garrafas e copos. Havia também panfletos com o nome das bebidas e a safra. Bilbo reparou que tais nomes estavam expressos em linguagem comum, élfico e na língua anã.

Os dois reis sob a MontanhaOnde histórias criam vida. Descubra agora