A competição de bebidas!

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– Dís! – Daín os braços abertos, todo alegre ao ver a princesa de Erebor vir em sua direção, com passos rápidos e firmes. A comitiva real seguia pelo corredor principal, escoltados pelos soldados de ambas as comitivas, de Erebor e das Colinas de Ferro.

Thorin parou subitamente e fez uma careta. Bilbo já iria adverti-lo sobre ter modos e isso incluía acompanhar as visitas até o final do corredor, mas sua reprimenda sobre o decoro diplomático deveria ser direcionada a outro Durin...

Dís parou diante de Daín, mas ao invés de lhe dar o tão desejado abraço, lhe deu um tremendo de um soco.

Os guardas ficaram abismados. Não sabiam se deviam empunhar suas armas ou apenas observar a cena. Afinal, aqueles membros da realeza anã eram todos familiares e amigos, não é mesmo?

Daín levou a mão a bochecha, pelo visto a sua farta barba tinha amortecido parte do golpe, mas a dor ainda era evidente na expressão do rei anão, além da explicita surpresa.

– Demorou muito para chegar. – Disse a princesa, cruzando os braços diante do peito.

– Dís! – Bilbo estava horrorizado com a atitude da irmã mais nova de Thorin – Das Colinas de Ferro para Erebor são dias de viagem...Ele chegou no tempo devido.

– Não me refiro a essa viagem em particular, Bilbo. – Frisou a anã, fitando com o seu olhar mortal o seu primo.

Thorin pigarreou e Bilbo estreitou os olhos.

– D-desculpe. – Falou Daín forçando um sorriso – Eu realmente demorei a vir...

– Isso é verdade. – Concordou Thorin com um pigarro – Mas o que importa é que agora você está aqui.

– Sim, isso é verdade. Agora ele terá que compensar o tempo perdido. – Sentenciou Dís.

– Claro... – Respondeu o rei de ruiva cabeleira.

Bilbo sentiu um pouco de pena de Daín, era palpável a pressão que Dís e Thorin exerciam sobre o outro rei anão. Contudo, parcialmente entendia o fato de estarem aborrecidos. Daín esteve ausente durante todo o processo de reconstrução de Erebor. Sim, ele ajudava financeiramente, mas durante os grandes eventos o primo monarca não estivera presente. O hobbit imaginava que existia um motivo para isso, pois não sentia que o anão ruivo fosse alguém de má-índole. Somado a isso estava a forma como Daín agiu quando foi mencionado o nome de Frerin...

– Vossas majestades? – Balin havia se aproximado e feito uma ligeira reverência – Venho lhes informar que um salão foi preparado com comida e bebida o suficiente para os nossos convidados.

– Perfeito! – Exclamou o segundo rei, piscando para o conselheiro real pela a iniciativa de vir buscá-los – Melhor irmos, afinal, Daín deve estar suficiente descansado para as festividades que ocorrerão mais tarde.

–Você ainda é fraco com a bebida como antigamente, primo? – Thorin questionou, erguendo elegantemente uma sobrancelha.

– A última vez que bebemos juntos, Thorin, éramos apenas anões cuja barba estava começando a nascer! – Resmungou Daín, assumindo uma coloração avermelhada tal como a tonalidade de seus cabelos e barba.

– Isso não foi bem uma resposta negativa e nem afirmativa.

– Confesso que, quando estava trabalhando como secretária das finanças nas Colinas de Ferro, nunca o viu beber uma caneca de cerveja sequer... – Sorriu Dís, em um tom provocador.

Daín apenas soltou um grunhido inteligível e lançou um olhar de advertência para os irmãos.

– Sei muito bem como lidar com o álcool. – Disse isso enquanto seguia pelo corredor, ignorando as risadas emitidas por Dís e Thorin.

Os dois reis sob a MontanhaOnde histórias criam vida. Descubra agora