Guerra

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- Você não vai se livrar de nós. - Chaeng diz.

- Não quero me livrar de vocês. - começo a rir ao ver ela fazer uma carranca para mim.

- Jichu morreria sem mim. - Lisa coloca os pés em cima da mesa e ergo a sobrancelha a questionando.

- Eu sei que você tem uma paixão secreta por mim, Limario, mas Chaeng está aqui e ela é ciumenta, melhor não deixá-la saber do seu amor platônico. - jogo o cabelo para o lado e Lisa está rindo, enquanto Chaeng dá um tapa nela e se levanta.

- Você não vai tirar essa aliança daqui? - ergo o olhar para ver que ela está apontando para o local onde você sabe quem deixou o anel.

- Quer ficar com ela? Acho que se vender, dá algum dinheiro. - dou de ombros e volto a olhar para alguns papéis.

- Me dê! Estou precisando de dinheiro! - Lisa se levanta em um salto e corre até a mesa, pegando o anel - Mai me tang ka. - começo a gargalhar a ouvi-la.

- MAI ME TANG KA! - Chaeng olha para nós duas e revira os olhos.

- Vocês são duas idiotas. - ela diz e toma a aliança da mão de Lisa. Uma batida na porta.

- Entre! - digo enquanto tento enxugar as lágrimas de tanto rir - Sehun! Meu advogado preferido, exceto quando me traz más notícias.

- JiChu! - ele dá um sorriso forçado e fecha a porta - Olá, Chaelisa. - ela acena enquanto vem até minha direção. - Precisamos conversar. - ele diz em um tom muito sério, que poucas vezes Sehun adotou comigo.

- Pode dizer com elas aqui. - dou de ombros - Alguém querendo nos embargar novamente? - reviro os olhos enquanto pego os papéis que ele me entrega.

- Antes fosse, seria mais fácil e menos estressante. - ele engole em seco. Eu não acredito no que meus olhos estão lendo. Só posso estar delirando.

- QUE BRINCADEIRA É ESSA, SEHUN? DE PÉSSIMO GOSTO, POR SINAL! - jogo os papéis para o lado e me levanto, segurando na borda da mesa com força.

- O que aconteceu? - Chae se aproxima de mim e coloca as mãos em meus ombros - JiChu, respire fundo, independente do que seja, você pode resolver. Você é Kim Jisoo.

- Talvez essa seja minha maldição. - digo entredentes.

- Eu nunca te vi assim. - Lisa diz assustada e se senta ao lado de Sehun, o cutucando - E aí, cara, conta a fofoca pra gente.

- Jennie abriu uma ação para reconhecimento de união estável durante o tempo que as duas estavam juntas e divisão dos bens de Jisoo com ela. - Sehun diz devagar.

- Eu vou matá-la. - me afasto de Chaeng e pego os papéis no chão. - Se prepare para me tirar da cadeia em algumas horas, Sehun. - pego as chaves do carro e ele se levanta, me segurando.

- Jisoo, essa não é a melhor opção, vamos conversar sobre nosso plano de ação e...

- Sehun. - digo olhando nos olhos dele e ele suspira, depois de alguns minutos, se afastando de mim.

Parece que o destino está ao meu lado ou ele apenas gosta de caos, porque pouco menos de 20 minutos depois, estou parando na porta da mansão dos pais de Jennie.

Talvez os empregados não saibam ainda do nosso rompimento, porque eles me deixam entrar e eu forço meu melhor sorriso para eles. Pego os papéis e saio do carro, colando meu dedo na campainha.

- Há algum problema com a campainha ou... - a mãe de Jennie começa a dizer, mas para assim que me vê. A empurro e entro, olhando para os lados a procura dela.

- ONDE ESTÁ AQUELA GOLPISTA? - grito a plenos pulmões ao parar no meio da sala de estar - JENNIE, GOLPISTA, PILANTRA SAFADA, ONDE VOCÊ ESTÁ, MEU BEM?

- Jisoo, pare com isso! - a mãe de Jennie se aproxima de mim.

- Cale sua boca porque aposto que você faz parte desse golpe, sua velha desgraçada, e eu perca o mínimo de controle que ainda há na minha mente. - aponto o dedo no rosto dela.

- Que gritaria é essa? - Jennie aparece em um dos corredores. Usando apenas óculos, uma camiseta larga e comprida, que tenho a vaga lembrança de ser minha, e um coque bagunçado. - Jisoo, o que você está fazendo aqui? - ela me olha confusa.

- Sua habilidade teatral avançou bastante, hein? Incrível! - bato palmas com um sorriso irônico no rosto, enquanto me aproximo dela.

- Por que você está agitada assim? - ela me observa com as sobrancelhas franzidas quando paro na frente dela, empurro os papéis no peito dela.

- Pare de ser cínica, Jennie, você achou que iria mover esse processo e eu aceitaria numa boa? - digo irritada. Eu quero enforca-lá com todas as minhas forças só de ver o quão dissimulada ela é.

- Jisoo - ela pega os papéis e vira de costas, andando pelo mesmo corredor - Venha comigo até o escritório.

- Jennie, você acha que é uma boa ideia? - a mãe dela diz.

- Não se preocupe, Jisoo nunca faria mal nenhum a mim. - ela diz ao parar na porta do que deve ser o escritório - Certo? - ela me encara com uma das sobrancelhas arqueadas.

- Eu não confiaria tanto nessa ideia se fosse você. - digo entredentes e ela me olha surpresa, me puxando para dentro do cômodo e fechando a porta.

- Eu não faço ideia do que seja isso. - ela diz depois de jogar os papéis na mesa.

- Você agora é cega e falsa? Além de golpista? Porque acho que está bem claro o que está escrito aí.

- Jisoo, me escute - ela respira fundo - Eu não assinei isso, te garanto. Nunca vi esses papéis até agora e achei que me conhecesse o suficiente para saber que eu nunca faria algo como isso.

- Oh, estou surpresa de você pensar algo assim de mim, mas acho que nós duas não nos conhecemos tão bem quanto achávamos. - me aproximo dela - Você já tem o apartamento que era meu e agora quer metade de tudo que é meu?

- Eu não quero nada, Jisoo! - ela suspira.

- TEM SUA ASSINATURA NA DROGA DOS PAPÉIS, JENNIE! PARE DE FIN... - sinto o tapa dela arder no meu rosto - Ual, parece que é de família esse lance de dar tapas.

- OH, MEU DEUS! Jisoo, eu não queria... - ela tenta se aproximar de mim e eu dou um passo para trás - Me desculpe, por favor, Jisoo.

- Me poupe das suas desculpas. - esfrego a palma da mão na bochecha - Esteja ciente que você não vai conseguir um centavo do que é meu, nem por cima do meu cadáver.

- Jisoo, por favor, me escute. - ela se aproxima de mim de novo.

- Estou te avisando, Jennie. Você começou uma guerra. Eu vou barrar e dificultar todos os negócios das empresas da sua família. Eu vou levar vocês a ruína, nem que isso seja a última coisa que eu faça na minha vida. - deslizo os dedos na bochecha dela - Eu vou destruir tudo que vocês tem, até não sobrar mais nada além de pura miséria. - sorrio antes de sair e bater a porta com força.







*ops - cap não revisado.

Dois a doisOnde histórias criam vida. Descubra agora