Era domingo e eu e meu tio ainda não tínhamos conversado, na verdade, ele nem apareceu em casa mais. Fico preocupada que ele esteja bebendo em algum lugar ou até mesmo caído ou se acidentado por conta da bebida. Mandei algumas mensagens para o seu celular, mas não tive respostas. Decidi então me acalmar, afinal, ele é adulto e sabe se virar, e se ele estiver me evitando, que se foda.
Me joguei no sofá e procurei algo para assistir, provavelmente depois de procurar por um tempo iria decidir assistir The Walking Dead novamente. Céus, eu era viciada e apaixonada por Carl Grimes.
Meu celular tocou e pensei ser meu tio ou até mesmo meu pai, mas me surpreendi quando vi que era Robby.
— Olá priminho.
— Oi Meg. Desculpa não ter te ligado antes, eu tava meio sem tempo.
— Não tem problema, Robby. Eai, como você tá? Sua mãe já voltou?
— Eu tô bem, mas ela ainda não voltou. E você, como está?
— Bem e sozinha em casa, seu pai meio que sumiu.
— Deve estar fazendo merda em algum lugar.
— Provavelmente.
— Então, vai ter um festival amanhã e eu e Samantha vamos nos apresentar. Você não quer ir assistir?
— Seria legal. — concordo — Você acha que o Cobra Kai vai se apresentar também?
— Não, seremos só nós.
— Então eu vou sim, você....
Antes que eu pudesse falar algo escutei batidas em minha porta e me assustei.
— Meg?
— Robby, tem alguém batendo na porta, a gente pode conversar depois?
— É o Miguel, não é?
— Acho que sim. — murmurei.
— Você sabe que ele ainda gosta da Sam, né?
— Eu não me importo, Robby, eu e ele somos só amigos, relaxe.
— Tome cuidado, Meg.
— Até mais, priminho.
Desliguei o celular e fui abrir a porta para Miguel. Quando abri ele estava parado lá segurando algumas vasilhas e me encarando com um olhar assustado. Só então eu percebi que estava usando apenas uma camiseta e uma calcinha, a camiseta batia um pouco para cima da metade da minha coxa, assim impedindo de mostrar minha calcinha.
Miguel passou seu olhar por minhas pernas, parando onde minha camiseta batia, lambeu seus lábios e depois me encarou, dessa vez sorrindo.
— Entra, Miguel. — eu respondi baixo.
Deixei ele fechando a porta e fui no meu quarto colocar um short. Quando voltei, Miguel ainda estava parado na sala, esperando com que eu saísse de meu quarto.
— Menino pelo amor de deus, você ficou mudo?
— Céus Megan. — ele sussurrou rouco. Ai senhor.
— E então, o que tem aí? — perguntei me referindo as vasilhas que Miguel tinha em mão.
— Minha mãe mandou almoço para vocês.
— Sua mãe é um anjo. — peguei as vasilhas de sua mão e fui para a cozinha esquentar a comida, Miguel veio atrás.
— E então, — Miguel se enconstou na parede e cruzou os braços. — onde está o sensei?
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Soulmate • Miguel Diaz
FanfictionOnde Miguel não consegue esquecer Samantha ou Onde Megan está decidida a não se envolver com seu vizinho