Capítulo 63

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— Pensei que já tínhamos conversado o suficiente, LaRusso.

Tentei passar por ela, mas ela entrou na minha frente novamente e ficou me encarando com os olhos cheios de lágrimas, soltei um suspiro fraco e indiquei o refeitório com a cabeça, dizendo para irmos conversar lá. Sai andando na frente e a LaRusso veio logo atrás de mim, me sentei em uma mesa e joguei minha mochila no chão, e esperei ela falar.

— Não quero que tenhamos uma rivalidade, Megan. — ela soltou e eu ri.

— Nós não temos uma rivalidade, Samantha, muito menos por causa de um garoto. — bufo irritada e ela fecha os olhos.

— Eu já disse e vou repetir mil vezes que sinto muito, eu estava bêbada, não sabia o que estava fazendo.

— Samantha, estampado na sua cara que você gosta do Miguel.

— Sinto muito. — ela murmura novamente.

— Sendo sincera? Eu também sinto. — solto um suspiro fraco. — Andei pensando e não acho justo perdoar ele e não perdoar você, e tenho certeza que você pensa isso também, certo? — ela concorda com a cabeça. — O fato é que eu não o perdoei completamente, entende? Eu só... eu não sei, acho que depois de tudo que aconteceu com ele, eu não tive tempo para sentir raiva dele ou apenas para ignorar ele e tentar seguir em frente, mas acho que não conseguiria de qualquer forma. — dou de ombros. — Sabe por que está sendo mais fácil recomeçar com ele?

— Não... não sei. — ela murmura.

— Eu acho que é porque estou mais decepcionada com você. — suspiro. — O fato é que eu sempre imaginei que algo assim poderia acontecer entende? Não só com Diaz, mas com qualquer outro garoto. Mas eu não esperava isso de você, porque... eu não sei, nós somos garotas e deveríamos nos apoiar, entende? E o que você fez foi o contrário disso, você beijou meu namorado, Sam, beijou ele quando eu pensei que estávamos nos tornando amigas.

— Eu estava bêbada, Meg, eu nunca faria isso.... eu sei que estraguei tudo, mas por favor...

— Eu estou dando uma chance para Miguel porque eu o amo, e estou esperando que ele me prove que me ama de volta. — soltei um suspiro. — Não consigo deixar ele ir, Samantha.

— Porque você gosta dele, isso é justificável. E de qualquer forma, ele não te deixaria ir também, porque ele te ama e não é o culpado por nada que aconteceu.

— Ele é o culpado por não ter me contado isso antes. — solto um suspiro. — Estou dando uma segunda chance para ele porque o amo, Sam. Não consigo fazer isso com você, mas, se te ajuda à se sentir melhor... eu não te odeio, e nós não temos uma rivalidade porque somos bem melhores que isso.

— Você é, eu não... — ela murmura.

— Não acho que você seja uma má pessoa, LaRusso. — pego minha mochila no chão e me levanto. — Sei que o pessoal do Cobra Kai não deixa vocês em paz, então se precisar de ajuda.. — dou de ombros e a deixo sozinha.

Não vou para a aula quando o sino toca porque estou ocupada demais chorando no banheiro, pensando se estou fazendo certo dando uma segunda chance para Diaz.

Não vou para a aula quando o sino toca porque estou ocupada demais chorando no banheiro, pensando se estou fazendo certo dando uma segunda chance para Diaz

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Soulmate • Miguel Diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora