Capítulo 25

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Deixei Robby e Samantha na casa deles e fui dirigindo em silêncio até minha casa. Miguel também não falava muito, me dando espaço para pensar sobre o que está acontecendo.

Quando parei o carro em sua vaga soltei um suspiro fraco e me virei para Diaz, ele já me encarava.

— Eu imaginei que não seria tão fácil, — admiti. — quer dizer, são quatro hospitais, não achariamos ela no primeiro, certo? — ele concordou. — Mas acho que uma pequena parte de mim tinha um pouco de esperança de encontrar ela hoje.

— Eu entendo você, Meg. Mas te prometo que vamos encontrar ela, existe mais três hospitais ainda.

— É. — eu sorri fraco. — Você pode dormir lá em casa hoje? Não quero estar sozinha se minha ansiedade atacar.

— Eu já estava pensando nisso mesmo, — saímos do carro. — inclusive, eu fiz uma pesquisa e agora já sei exatamente o que fazer quando você tiver uma crise.

— Você pesquisou? — eu ri enquanto abria a porta da casa de meu tio. — Isso é fofo.

Deixei Miguel sozinho na sala enquanto ia no quarto de meu tio ver se ele estava em casa, como não estava, entrei em seu quarto e peguei um de seus shorts de dormir, para que Miguel pudesse usar.

— Olha, — falei para Miguel. — sei que sua casa é literalmente aqui do lado mas não quero que você saia só para pegar algo para dormir então, — joguei o short de meu tio em sua cara e ele bufou, me fazendo rir. — use isto.

Enquanto Miguel foi para o banheiro trocar de roupa eu fui para meu quarto colocar meu pijama, não era bem um pijama, era apenas uma camiseta comprida, mas como só a uso para dormir ela meio que virou um pijama.

Miguel saiu do banheiro e fui escovar meus dentes, enquanto o fazia, me encarava no espelho, os olhos brilhantes por segurar o choro.

Não menti quando disse para Miguel que sabia que não seria tão fácil assim encontrar ela, mas também não menti quando disse que havia um pouco de esperança dentro de mim. Estava ansiosa para encontrar minha mãe, não via a hora de tirar ela do lugar em que ela está trancada.

Lavei meu rosto e deixei às lágrimas descerem junto com os respingos de água em meu rosto. Quando sai do banheiro e entrei em meu quarto me deparei com Diaz já deitado em minha cama e sorri com a cena, me deitando ao seu lado.

Diaz passou um de seus braços por baixo de minha cabeça, me trazendo para deitar em seu peito nu.

Ficamos em silêncio enquanto ele brincava com os dedos de minha mão e eu fazia desenhos imaginários em sua barriga com a outra.

— Me conte, — sussurrei. — quando descobriu que amava a Samantha?

— Sério? — ele riu fraco e eu apenas concordei com a cabeça. — Eu não sei exatamente, Meg, não sei nem mesmo se cheguei a amar ela, tudo entre nós dois aconteceu tão rápido.

— Entendo. — murmurei e apoiei meu queixo em seu peito, o encarando. — No ano passado, quando eu tinha quinze anos, um garoto mais velho e popular começou a flertar comigo, nós nos aproximamos, ele começou a mexer comigo e a agir como se estivesse gostando de mim, — eu ri. — acreditei nele, sabe? Me apeguei a ele e quando ele tirou minha virgindade, meteu o pé. Tudo foi falso, tudo que ele disse sentir por mim foi falso.

— Então ele só queria hm....você sabe.

— Transar comigo? Sim. — eu ri. — E sabe, se ele apenas tivesse chegado e falado que queria transar, provavelmente eu iria, porque ele era gostoso e eu estava doida para perder a virgindade, mas ele, bem, inventou sentimentos, me fez acreditar em algo que não era real.

Soulmate • Miguel Diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora