Capítulo 59

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Eu estou matando aula mais uma vez, e sim, eu sei que não deveria estar fazendo isso porque posso muito bem reprovar, mas eu estou com sono demais para prestar atenção nas fórmulas de física.

Então, aqui estou eu, deitada na arquibancada e pensando em meu pai. Sim, em meu pai. Não sei exatamente porque minha mente me levou até ele, acho que é porque ele é meu pai, sangue do meu sangue, e eu me preocupo com ele. Pra caralho.

Sinto alguém se aproximar e me levanto assustada, com medo de ser o diretor, bufo quando percebo ser Samantha e pego minha mochila, pronta para sair dali.

— Espera, — Samantha chama e eu paro, ainda de costas para ela. — não tivemos a oportunidade de conversar sobre o que fez pela gente no shopping.

— Só fiz pelo Demetri. — respondo, me virando para ela.

— Não quero que fique esse clima entre nós duas, quero que fiquemos bem.

— Nós estávamos bem até você beijar meu namorado, LaRusso. — rio nasalado. — Escuta, não quero olhar para sua cara, não quero falar com você, não quero ser sua amiga, — me aproximo mais dela. — vou fingir que você não existe, não vou ficar atrás de rolo e muito menos criar uma rivalidade por causa de um garoto, não sou assim.

— Admiro isso em você. — ela murmura e eu reviro os olhos.

— Certo. — resmungo. — Preste atenção, não acho que os dojôs ficarem brigando vá ajudar em algo, sempre que vocês brigam alguém sai machucado, e estou aconselhando você sobre isso porque por mais que eu te odeie, não quero te ver num hospital, não quero ver mais ninguém no hospital.

Não espero para ouvir a resposta da garota porque vou embora correndo. Estou cansada de tudo isso, te todas essas brigas, de como esses idiotas acham que podem mandar em tudo quando não mandam não em si mesmos.

 Estou cansada de tudo isso, te todas essas brigas, de como esses idiotas acham que podem mandar em tudo quando não mandam não em si mesmos

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Miguel caiu. Mais uma vez.

É sexta-feira e meu tio, eu e minha mãe estamos tentando ajudar Miguel novamente, e novamente, meu tio está usando a técnica da corda, e eu acho engraçado.

Fico me perguntando de onde ele tira essas idéias.

Estou na cozinha, sentada na mesa comendo um pão com ovo, minha mãe ao meu lado e nós duas estamos observando meu tio e Diaz. É divertido ver os dois juntos. Na verdade, qualquer coisa que envolva meu tio é divertido, porque ele é engraçado sem nem perceber.

— Querida, pare de o encarar tanto assim. — minha mãe sussurra para mim e eu franzo o cenho, tentando entender do que ela está falando. — O Miguel, querida, seus olhos brilham muito quando você olha para ele.

— Bobeira. — zombo mas sei que ela está falando a verdade.

— Não está nem tentando, Diaz. Qual é o problema? Megan não te quer mais? E daí.

Soulmate • Miguel Diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora