Capítulo 62

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— Preciso te perguntar algo. — murmuro, me virando para minha mãe.

— Agora? — mamãe boceja. — Já é meia noite.

— É que eu estou pensando sobre isso tem um tempo. — ela abre os olhos, me dizendo para continuar. — Eu troquei algumas mensagens com meu pai, — ela arqueia uma sobrancelha e eu dou risada. — sim, pode acreditar, enfim, ele me disse algumas coisas..... — não termino a frase e ela solta um suspiro.

— O nome dele era Aaron. E nós só nos beijamos uma vez. — ela suspira. — Não sei o que seu pai te contou, Megan, mas tudo que eu e Aaron fizemos foi dar um beijo.

— Papai me contou que foi traído e que achou que eu poderia não ser filha dele, disse que por isso ele fez essas coisas horríveis. — murmuro. — Não justifica, eu sei, mas....

— Mas você queria que justificasse, para ter ele por perto, eu te entendo. — ela suspira. — Sinto muito por todo que seu pai fez, querida.

— Eu também sinto, mãe... — murmuro, me virando para a parede.

Desde o dia que meu pai confessou que tinha sido traído eu fico pensando sobre, sabe? O que motivou minha mãe à fazer isso? Quer dizer, eles pareciam o casal perfeito, mas será que eram mesmo? Afinal, eu só via o que eles me deixavam ver.

— Querida, — ela diz e eu fecho os olhos. — não pense muito nisso, se quer saber, eu e seu pai fomos bem felizes antes de tudo e eu sei que errei em ter o traído quando ele era tão bom para mim, mas eu não posso mudar o passado, Megan, e acredite em mim, eu queria.

É, eu também queria, mamãe.

— Que tal Karatê Do Johnny Lawrence? — Miguel perguntou e eu dei risada

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— Que tal Karatê Do Johnny Lawrence? — Miguel perguntou e eu dei risada.

— Horrível. — resmungo me jogando no sofá.

É noite de quinta-feira e Diaz e eu estamos ajudando meu tio à achar um nome para seu novo dojô, já que Cobra Kai pertence ao Kreese novamente.

— Karatê Acerte Firme? — Miguel pergunta.

— Lindo, — dou risada. — cale a boca, você é péssimo para nomes. Não é, tio?

Voltei à olhar para meu tio, esperando sua resposta, mas ele apenas continuou olhando para a tela de seu computador, ignorando completamente a presença de Diaz e eu.

— Qual é, — Diaz se sentou ao lado de meu tio na mesa. — a gente tem que pensar no nome do novo dojô.

— Quanto tempo leva para um mensagem do Facebook chegar? — meu tio pergunta ignorando Diaz. Dou risada e Diaz o encara como se não acreditasse que ele estava perguntando aquilo. — A Ali mora no colorado, então deve demorar um pouco mais.

— É instantâneo, velhote. — respondo, me levantando do sofá e indo até os dois.

Tiro a garrafa d'água da mão de Diaz e me sento em seu colo, ele solta um suspiro fraco e passa seu braço ao redor da minha cintura para me segurar, apoiando o outro na mesa. Dou risada porque eu sei que ele sabe que estou o provocando, afinal, tem duas cadeiras sobrando na mesa. Meu tio revira os olhos e volta à falar.

— Parem com isso. — meu tio reclama e fecha seu computador com força.

— Que tal Karatê Americano? — franzo o cenho em sua direção e ele dá de ombros.

— Não é bom o bastante. — meu tio concorda. — Precisamos de um nome que mostre que somos o dojô mais durão daqui.

— E nós somos? — questiono e sorrio quando Diaz me da um beijo no ombro. — Quer dizer, o dojô só tem nós três.

— Eu posso ser sua aluna, Johnny. — minha mãe se intromete na conversa, saindo da cozinha com um pote cheio de pipoca, ela se senta na mesa e oferece pipoca para nós, Diaz e meu tio recusam, mas eu aceito.

— Nós podemos sair na escola chamando o pessoal. — Diaz sugere.

— Adam toparia, mas o resto? Difícil...

— Pensamos nisso depois, vamos focar no nome do dojô. — meu tio interrompe.

— Pois coloque Cobra Kai mesmo, — dou de ombros. — Kreese que se foda.

— Megan! — minha mãe repreende. — Ele é um velho, seja mais educada.

— Pois eu quero que o velho se foda. — digo e os três dão risada.

— Precisamos achar algum lugar para treinar. — Diaz lembra.

— Disso eu cuido. — meu tio diz animado.

— Quem quer assistir um filme? — minha mãe pergunta.

— Eu. — nós três dissemos em unisso.

Me levanto correndo para me deitar no sofá, mas meu tio é mais rápido que eu nisso, bufo irritada quando ele de deita e ergue as pernas para que minha mãe possa sentar onde elas estavam. Roubo a bacia de pipoca de minha mãe e me sento entre as pernas de Diaz, no chão.

Então passamos a nossa noite de sexta assim, nós quatro juntos, assistindo à mais um filme de terror que meu tio escolheu.

O final de semana passou muito rápido, e por incrível que pareça, eu fiquei todos os dias dentro de casa, assistindo uma nova série com minha mãe e meu tio

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O final de semana passou muito rápido, e por incrível que pareça, eu fiquei todos os dias dentro de casa, assistindo uma nova série com minha mãe e meu tio.

Hoje é segunda e o primeiro dia de Miguel de volta à escola e eu sinto que estou mais ansiosa que ele.

Descemos logo do carro de meu tio e fico atrás de Miguel quando ele para pra ver a entrada da escola. Eu deveria dizer algo motivacional agora? Provavelmente sim, mas não vou fazer.

Entrelacei seus dedos aos meus demonstrado apoio e o puxei para dentro de escola. Quando entramos todos os olhares se viraram para nós, especificamente para Diaz. Todos lhe desejam parabéns ou boas-vindas, alguns o diziam como era bom ter ele de volta, na escada, estava pendurada uma faixa lhe desejando boas vindas, olhei para ele e sorri quando ele fez o mesmo.

— Olha só quem voltou. — Falcão apareceu ao nosso lado.

— Eai. — Miguel e ele trocam um high five.

— Bem-vindo de volta, cara. — Falcão diz. — Eai, Megan. — dou de ombros, o ignorando, porque eu não consigo olhar em sua cara desde que ele quebrou o braço do nerd.

— Vou ir atrás de Moon, a gente se vê, lindo. — murmuro e dou um beijo na bochecha de Diaz.

Sai em direção ao campo de futebol para encontrar Moon, porque nós sempre nos encontramos lá antes da aula começar, mas fui interrompida por Samantha que entrou em minha frente e impediu minha passagem.

— Precisamos conversar, por favor.

Soulmate • Miguel Diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora