Capítulo 61

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Durante os próximos dias, meu tio tentou ajudar Miguel de todas as maneiras possíveis e quando Miguel não estava com meu tio, ele estava comigo e com o restante do pessoal, porque, por incrível que pareça, ele venceu Adam no vídeo-game e agora é um de nós.

Agora é tarde de sexta-feira e estamos do lado de fora, esperando Diaz concluir mais um obstáculo, meus olhos estão focados no garoto, porque estou com medo que ele caia.

Cair. Eu venho sonhando constantemente com Diaz caindo novamente, e eu não sei o que fazer para parar.

Diaz, ainda com as muletas, estava sobre o banco, que era parte do obstáculo e eu me preparei para o seu tombo quando meu tio jogou a bola para que Miguel pudesse pegar, para a minha surpresa e a do garoto também, ele conseguiu a pegar e conseguiu ficar em pé sem precisar do uso de muletas, dei um grito de felicidade e Diaz riu, ainda sem acreditar.

esperando o que? — meu tio grita. — Vamos, se mexa.

E Diaz o fez, ele conseguiu fazer todo o restante do percurso sem as muletas enquanto eu o acompanhava com um sorriso no rosto, porque o garoto conseguiu, ele conseguiu andar novamente.

Quando Diaz terminou de fazer os obstáculos eu corri em sua direção, o puxando para um abraço apertado, meus braços envolveram seu pescoço e os seus a minha cintura e nós dois riamos de felicidade.

— Você conseguiu, ah meu Deus, você conseguiu, lindo. — eu ri quando percebi que lágrimas escorriam por meu rosto.

Diaz se afastou um pouco de mim, envolvendo meu rosto em suas mãos e limpando as lágrimas de meu rosto.

— Nós conseguimos, linda. — ele murmura e me puxa para um beijo calma, minhas mãos ainda grudadas em suas camiseta, o puxando para mais perto de mim.

— Tem como vocês pararem? — meu tio exclama e eu me afasta do Diaz, rindo do meu tio. — Vem, vamos tomar um sorvete.

— É tão bom ver você assim

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— É tão bom ver você assim. — comento com Diaz enquanto me deito em sua cama.

— É bom estar assim. — ele diz e faz uma dança engraçada, que me faz gargalhar.

— Então, o que vamos fazer, Diaz? — pergunto arqueando uma sobrancelha para ele.

— Nos beijar?! — ele mais pergunta do que afirma e eu dou risada.

— Pensei que tínhamos combinado em ir devagar, cara.

— Estamos sem nos beijar tem uma semana, isso pra mim é ir devagar. — ele diz, se jogando ao meu lado na cama e ligando sua televisão.

— Você tá muito engraçadinho hoje, Miguel Diaz. — zombo e ele ri. — E você me beijou hoje, então agora estamos sem nos beijar tem meia hora.

— Muito tempo. — ele resmunga e eu sorrio, lhe roubando um selinho. — Mais.

— Mais, é? — sussurro contra sua boca. — Então peça.

— Ah não, Megan. — ele reclama e eu dou risada.

— Sem pedido, sem beijo. — tomo o controle de sua mão, procurando algum filme na netflix.

— Megan, você poderia, por favor, me dar um beijo? — ele diz emburrado e eu dou risada porque acho fofo.

— Não. — respondo e ele me encara assustado. — Ir devagar e tal, não se lembra? — brinco.

— Você é tão chata. — ele resmunga, me puxando para perto enquanto entro no filme que escolhi.

— E linda. — completo.

— E gostosa.

— Sim, eu sei. — concordo e ele da risada, me deixando um beijo no pescoço. — Não consigo parar de pensar na felicidade da sua mãe quando te viu em pé.

— Eu também não. — ele confessa. — Me sinto tão... eu não sei explicar.

— Não precisa. — murmuro. — Fico feliz que você esteja em pé, Diaz, porque agora posso ficar com raiva de você e tal.

— Você tava esperando eu ficar em pé para ficar com raiva de mim? — ele ri.

— Sim? — mais pergunto do que afirmo. — Como que eu vou ficar com raiva de um manco? — pergunto e ele ri.

— Desconte sua raiva então, linda. — ele sussurra em meu ouvido e eu me arrepio.

— Depois de assistirmos o filme, talvez eu o faça, Diaz.

— Sério, falta um mês para o baile dos veteranos, não consigo acreditar que você já quer comprar seu vestido

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— Sério, falta um mês para o baile dos veteranos, não consigo acreditar que você já quer comprar seu vestido. — exclamo irrita por Yasmine estar demorando no provador.

É segunda-feira e saímos da escola direto para o shopping, porque segundo Yasmine, ela tinha que encontrar seu vestido urgentemente. Moon e eu, claro, argumentamos que ainda era cedo, mas ela realmente insistiu e prometeu pagar nosso almoço, então, agora estamos aqui.

— Melhor prevenir do que remediar, vadia. — ela responde saindo do provador e nos mostrando seu vestido verde, que, para ser sincera, é horrível.

— Péssimo. — Moon diz e eu concordo com a cabeça. — Você não vai mesmo nos contar quem te convidou?

— Não, vocês vão ver no dia. — ela resmunga. — O Miguel já te convidou, vadia?

Vadia. Nós nos chamávamos assim agora.

— Não, estamos onde devagar, lembra?

— Mas se ele quer te reconquistar ele deveria te chamar, não? — Moon rebate e Yasmine concorda.

— Ele sabe o que faz gente, sério. — dei de ombros, fingindo não me importar.

— Não sabe não, ele te traiu. — a loira rebate.

— Não precisa jogar isso na minha cara toda hora, caralho.

— Amiga, — Moon começa. — não queremos ver você machucada novamente.

— E se isso acontecer, eu corto o pinto do manco fora. — Yasmine disse e nós todas rimos.

Passamos o resto da tarde escolhendo o vestido de Yasmine, e por fim, o que era para ter sido um almoço, virou um café da tarde. Mas estava bom, tudo era bom quando estávamos juntas e por mais que seja estranho admitir, eu não me imagino mais longe delas, até mesmo de Yasmine.

Soulmate • Miguel Diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora