Capítulo 58

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— Você não pode ficar evitando essa conversa por mais tempo. — Moon fala enquanto enfia mais um pedaço de bolo na boca.

É segunda-feira e estamos matando aula de inglês para comer bolo embaixo da arquibancada.

— Concordo, — Yasmine fala. — o garoto tá manco, não surdo e muito menos mudo, vocês podem sim falar sobre o fato de ele ter traído você.

Faço uma careta para o jeito rude de Yasmine falar e coloco mais um pedaço de bolo de morango na boca.

— Você faz as coisas parecerem pior do que realmente são. — digo.

— E você faz isso parecer normal. — Adam fala pela primeira vez. — Você não pode só fingir que nada aconteceu, porque, surpresa Megan, muito coisa aconteceu, e eu entendo o fato de você só estar preocupada com a recuperação dele, mas você não pode e nem deve fingir que a traição não afetou você.

— O gostoso está certo. — Yasmine fala e eu dou risada. — Foda-se essa merda de recuperação, — arqueio uma sobrancelha. — por ora, converse com ele e pronto, não tem como ficar da maneira que está.

— A questão é, Meg, — é a vez de Moon falar. — você está magoada com a traição, quer conversar com ele, mas você está com medo disso, e eu entendo, mas por favor, pelo menos uma vez na vida coloque seus sentimentos à frente dos sentimentos dos outros e diga tudo que tem para dizer.

— Eu só, — suspiro. — tenho medo, — confesso. — tenho medo de falar demais, medo de perder ele.

— Medo de perder ele, garota? — Yasmine pergunta. — O garoto traiu você, Megan, ele te traiu, então, quem tem que ter medo é ele.

— Quer minha opinião? — Adam pergunta. — Converse com ele, diga como se sente, esclareça às coisas, mas não volte para ele, não agora, faça ele lutar por você, Megan. E em hipótese alguma peça desculpas ou sinta medo de perder ele, você não é assim.

Concordo com a cabeça, pensando no que meus amigos disseram. Eles têm razão, não posso guardar isso para mim, estou afetada demais com isso e sei que temos que conversar, colocar as cartas na mesa, mas agora também sei que não devo ter medo e nem me sentir culpada, porquê foi ele quem errou, ele quem jogou nosso relacionamento no lixo, não eu.

 Eles têm razão, não posso guardar isso para mim, estou afetada demais com isso e sei que temos que conversar, colocar as cartas na mesa, mas agora também sei que não devo ter medo e nem me sentir culpada, porquê foi ele quem errou, ele quem jogou...

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Cheguei da escola e encontrei minha mãe fazendo o almoço enquanto meu tio estava sentado na mesa, provavelmente conversando com a sua garota.

Ou melhor, ex garota, já que está óbvio que ele caidinho pela tia Carmen.

— Oi, família. — disse me jogando no sofá.

— Oi, querida. — mamãe cumprimenta. — Como foi a aula?

— Tá escrito na cara dela que foi uma merda, Em. — meu tio diz e eu mostro a língua para ele.

— Chato.

Soulmate • Miguel Diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora