Meu tio protesta várias vezes quando Miguel e eu falamos que íamos com ele até o Cobra Kai, mas por fim ele cede quando finjo estar chorando.
Então, aqui estamos nós. Claro, meu tio não nos deixou entrar, então Diaz e eu estamos esperando no carro, ambos no banco de trás. Meu garoto está com menos dor do que antes, mas eu não, parece na verdade que minha dor aumentou e eu sei que preciso ir para o hospital, ver se nada está quebrado. Gemo de dor novamente quando me mexo no assento e Diaz se aproxima mais de mim.
— Que merda, que merda. — ele murmura. — Precisamos te levar no hospital... precisamos.. linda?!
— Que? — pergunto num sussurro.
— Tá doendo muito? — ele pergunta preocupado.
— Se você me der um... ei, — chamo Diaz e aponto para o lado de fora. — aquela não é a Samantha?
— É ela mesmo, você não viu quando ela e seu pai chegaram? — ele pergunta.
— Acho que cochilei, vamos até ela.
— Meg..
— Vamos até ela. — ordeno e ele concorda com a cabeça.
Diaz sai do carro primeiro e chama a atenção de Samantha, a garota vem até nós e se assusta quando mostro meu machucado para ela, os me ajudam à sair do carro, por mais que eu insista que não preciso. Do lado de fora Diaz entrelaça minha cintura com um de seus braços, me ajudando à andar e eu resmungo irritada.
Quando por fim chegamos até o Cobra Kai, meu tio, Daniel e Kreese já estão do lado de fora, apenas conversando. Nos aproximamos dele e eu sorrio quando vejo o estado de Kreese.
— Tá tudo bem, sensei? — Diaz pergunta.
— Deveria ter deixado ela no carro. — meu tio repreende.
— E me fazer perder essa imagem do Kreese? Nem pensar. — zombo e o velho bufa irritado.
— Você também não está muito diferente.
Abro a boca para dizer para ele que os seus alunos fizeram isso, mas minhas palavras ficam entaladas na garganta assim que vejo o movimento de alguém aparecendo atrás de Kreese.
— Robby?
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— Que merda aconteceu? — Moon pergunta enquanto entro pela porta do hospital.
Quando vi Robby saindo do Cobra Kai, primeiro fiquei em choque e em seguida fiquei com raiva, então, para não o xingar e nem fazer nada de cabeça quente, eu puxei Diaz e meu tio de volta para o carro. Insisti para que me levassem para casa mas meu tio não quis, ele disse que seria melhor que eu fosse para o hospital ver o meu machucado, que estava doendo cada vez mais. Então, enquanto meu tio nos levava para o hospital, Diaz ligou para minha mãe, contando para onde estávamos indo, ela disse que nos encontraria lá, e assim o fez.
