— Preciso falar com você. — digo e jogo minha mochila sobre a mesa da cantina.
É segunda-feira e eu cheguei atrasada porque minha mãe insistiu em me acompanhar, e ela não é muito boa em caminhadas. Rodei a escola inteira atrás de meus amigos e os encontrei na cantina, todos eles, até mesmo Demetri.
— Com quem você está falando? — Demetri pergunta e eu reviro os olhos, me sentando ao lado de Yasmine e na frente de Adam.
— Com o Adam. — resmungo.
— Pode falar. — o garoto pisca pra mim e eu sorrio porque é inevitável.
Olho para as garotas e Demetri, tentando dizer para eles saírem porque é um assunto meu e de Adam, mas eles ignoram meu olhar.
— Fale na nossa frente, vadia, nós não vamos sair. — Moon diz.
— Como vocês são inconvenientes. — resmungo. — É o seguinte, Miguel e eu voltamos. — solto de uma vez e os quatro olham em minha direção, fazendo com que eu core. — Quer dizer, nós não estamos namorando nem nada porque decidimos ir devagar, pelo menos até eu voltar à confiar nele, — eu suspiro. — enfim, estou contando isso para você, Adam, porque...
— Com o Miguel de volta no jogo, eu estou fora, certo? — ele pergunta com um sorriso no rosto e eu concordo. — Sabia que isso iria acontecer, Meg, e de verdade, eu não me importo. Estava te ajudando a superar, mas acho que não foi o suficiente.
— Acredite, — digo. — foi bem suficiente. — pisco para ele e ele ri, porque sabe estou me referindo ao seu pau. — Não quero que fique um clima estranho entre nós.
— Não vai ficar, gata, eu prometo. — ele afirma e eu concordo. — Mas é isso, sempre que precisar, estarei disponível para ser usado por você.
— Posso te usar também ou a proposta vale só para a Megan? — Moon pergunta e nós todos damos risada.
— Eu disse para você não ceder tão facilmente, Lawrence. — Yasmine me repreende.
— Ei, eu juro que tentei resistir. — cruzo os braços.
— Apenas diga para ele manter o pau dentro da calça. — a loira fala.
— Tudo isso é preocupação comigo, loirinha? — sorrio e aperto sua bochecha. — Que fofa.
— Vadia. — ela resmunga mas sorri e eu sorrio também, porque Yasmine não é tão má quanto aparenta ser.
Eu sempre senti falta da minha mãe. Tipo, sempre mesmo. É normal, na verdade, sentir falta de uma presença materna em sua vida, porque, bem, você precisa dela, certo? Eu precisei da minha mãe para me dar conselhos no meu primeiro encontro, ou sobre o primeiro garoto por quem me apaixonei, precisei dela para me ajudar a pintar as unhas ou fazer maquiagem, para me ajudar com roupas e para me dar conselhos, mas ela não estava lá, então, consequentemente, aprendi tudo sozinha.
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Soulmate • Miguel Diaz
Fiksi PenggemarOnde Miguel não consegue esquecer Samantha ou Onde Megan está decidida a não se envolver com seu vizinho