Capítulo 35

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— Essa é a história mais chata que já ouvi em toda minha vida. — resmunguei para Tory enquanto Falcão nos contava como se revoltou e fez tatuagens e essa merda em seu cabelo.

— Ele todo é irritante. — ela sussurou para mim e rimos baixo.

Estávamos todos, exceto Diaz e Johnny, no dojô, esperando a aula de terça-feira começar. Eu não sabia o porque deles estarem atrasados e realmente não me importava. Sai mais cedo que ambos porque tinha combinado de ir com Tory ao supermercado, fazer compras para sua família.

E falando na família de Tory, eu queria muito saber o porquê de ela não nos contar nada sobre eles, mas eu não tinha o direito de cobrar nada dela sobre isso, até porque, ela não sabe nada sobre minha família, apenas que sou sobrinha de Johnny Lawrence.

— E falando em Moon, — Falcão continuou. — vocês acham que ainda rola?

— Não. — respondi.

— Sem chance. — Aisha falou.

— Supera. — Tory disse por último.

Deixei as duas discutindo com Falcão sobre o porque de Moon não o querer mais e fui em direção ao meu tio e meu namorado que acabaram de entrar pela porta da frente do dojô. Miguel sorriu assim que me viu e meu tio apenas revirou os olhos.

— Por onde vocês andaram? — perguntei dando um selinho em meu namorado e passando meu braço por sua cintura.

— Se fosse para você saber teríamos levado você. — meu tio respondeu com sua maldita grosseria matinal.

— Relaxa velho revoltado. — mostrei a língua para ele. — Vá se preparar logo, não temos todo o tempo do mundo.

Quando meu tio sorriu me virei para Diaz e abri um sorriso, ele fez o mesmo.

— Estava pensando em irmos passear com o Scott hoje, o que acha? — ele perguntou enquanto colocava uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.

— Não tenho mais nada para fazer mesmo. — dei de ombros e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a voz de Tory me interrompeu.

— Mas que merda, garoto, desencana porque ela não te quer mais.

E então eu ri quando vi uma Tory irritada apontando o dedo para um Falcão mais irritado ainda.

Miguel e Scott brincavam juntos no parque enquanto eu gravava um vídeo deles para postar em meu Instagram, e gravava também essa cena em minha memória, porque era fofa

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Miguel e Scott brincavam juntos no parque enquanto eu gravava um vídeo deles para postar em meu Instagram, e gravava também essa cena em minha memória, porque era fofa.

Sorri quando vieram correndo em minha direção e gargalhei quando Scott pulou em meu colo, lambendo meu rosto. Diaz se sentou ao meu lado e entrelaçou nossos dedos, apoiei a cabeça em seu ombro e fechei os olhos, pensando como seria bom estar ali para sempre.

— Fui atrás de emprego ontem. — comentei com ele.

— Por que? Está faltando dinheiro? Precisa de ajuda?

— Não, lindo. — deixei um beijo em sua bochecha. — É só que preciso ter alguma grana quando conseguir tirar minha mãe do hospital.

— Você sabe que se precisar de algo vamos te ajudar, certo?

— Sei. — sussurrei e fechei os olhos quando ele deixou um beijo em minha testa.

— Precisamos ir, — ele começou. — não vai demorar muito para chover.

Concordei com a cabeça e me levantei puxando Miguel comigo, Scott veio atrás com o seu rabo balançando de felicidade. Corremos mais rápido quando os primeiros pingos de chuva começaram a cair, mas não adiantou muito porque estávamos em uma rua que não tinha lugar nenhum para se esconder quando a chuva por fim engrossou, e tomamos então um banho de chuva gelada, eu, Diaz e até mesmo Scott. Mas fizemos isso tudo rindo, porque era apenas isso que fazíamos quando estávamos juntos.

Na quarta-feira acordei mais cedo do que o normal com meu celular tocando, e congelei no lugar quando percebi que poderia ser meu pai, mas não era, felizmente

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Na quarta-feira acordei mais cedo do que o normal com meu celular tocando, e congelei no lugar quando percebi que poderia ser meu pai, mas não era, felizmente.

Era um número desconhecido e fiquei em dúvida se deveria ou não atender. Por fim, lembrei que poderia ser um dos lugares que deixei meu currículo e atendi, sorrindo ao perceber que estava certa e que agora, estava contratada para trabalhar em uma livraria e isso era incrível.

Depois da conversa com a dona da livraria eu me levantei animada, e dei um abraço forte em meu tio quando o vi na cozinha, tentando preparar algo para comer, obviamente ele se assustou, mas não me importava.

— Eu tenho um emprego. — comemorei fazendo uma dança divertida e ele sorriu.

— Não sabia que estava atrás de um. — ele comentou.

— Pois é. Começo na segunda. — olhei por cima de seu ombro e percebi algo queimado em sua panela, tipo, totalmente queimado. — Que merda é essa?

— Estou tentando fazer panquecas mas acho que fracassei.

— Você acha? — dou risada e pego um de seus aventais. — Como você sobreviveu sozinho por tanto tempo?

— A base de álcool.

— Isso é horrível. — respondi e joguei a sua panqueca fora. — Vá se sentar, deixa que eu faço isso.

E ele não hesitou em se jogar na cadeira.

— Falei com meu amigo, — ele começou. — você pode ir na sexta ver sua mãe.

Soulmate • Miguel Diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora