Soulmate • Miguel Diaz

Capítulo 24

Se eu já estava insegura, agora ainda mais.

Sabia que não era uma competição e nunca em minha vida eu brigaria com outra garota por conta de um garoto, mas o fato de Samantha estar aqui e ser linda pra caralho me deixava nervosa.

Troquei um olhar com Miguel e me virei para trás, para falar com Robby.

— O que ela está fazendo aqui? — perguntei. — Oi Samantha.

— Oi Megan. — ela sussurrou. — Oi Miguel.

— Eai Sam. — ele sorriu.

Sam. Certo, isso não é nada demais e não vou deixar me abalar por algo assim. Nunca vou me abalar por um garoto, não mais.

— Certo que climão. Você não me respondeu, Robby.

— Não contei nada ok? — ele ergueu as mãos em sinal de rendição. — Ela não sabe porque estamos fazendo isso, mas tive que trazer ela.

— Podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui?

— É porque você não deveria estar aqui. — me exaltei.

Bufei irritada e apoiei minha cabeça no volante. Por que Robby trouxe ela? Não acredito que ele não tenha contado nada a ela, tenho certeza que contou, e agora ela estava aqui para rir de mim e de minha mãe e zombar sobre como a vida dela era perfeita e que seu pai nunca faria algo assim.

Porque era isso que pessoas como Samantha faziam, e não, não estou julgando, se eu tivesse uma família perfeita provavelmente também faria isso.

Senti a mão de Miguel tirar o cabelo do meu rosto e suspirei fraco. Não me toque, Diaz. Não na frente dela. Não para fazer ciúmes nela.

— Ei Meg. Ela não vai fazer nada, não é mesmo, Sam?

— Não sei o que pensa que vou fazer, Megan, mas te garanto que o que fizermos hoje vai ficar só entre nós.

— Viu? Vamos lá, vamos fazer isso. Estou aqui com você, huh? — ele brincou e eu ri fraco, levantando minha cabeça e o encarando. Miguel sorriu gentilmente para mim e meu coração se aqueceu, olhei então para Robby que também sorriu e por último troquei um olhar com Samantha, que apenas acenou com a cabeça mandando eu confiar nela.

Não confiava, na verdade, mas não deixaria de fazer por causa dela.

Fomos o caminho todo em um silêncio desconfortável, eu estava nervosa demais para qualquer coisa e os outros três também, só que por motivos diferentes do meu.

Quando chegamos ao local e estacionei o carro minhas mãos tremiam tanto que eu não ousei soltar o volante. Olhei para trás e percebi Samantha me encarando com pena, apenas revirei os olhos.

— Como vamos fazer isso? — perguntei para Robby.

— Prestem atenção, — Robby se despreguiçou. — Eu e Miguel vamos entrar escondidos enquanto Megan e Sam distraem quem quer possa impedir nossa passagem.

— Só isso? — Diaz perguntou.

— Na verdade sim, parece ser bem fácil, não é? Só que eu e você temos que tomar cuidado com as câmeras de segurança, você consegue se esconder delas? — ele perguntou em tom de desafio para Diaz.

— Não, ele não consegue, — respondo por ele. — mas eu consigo, então porque eu não vou?

— Porque não vou deixar Sam e Diaz sozinhos.

— Então você pretende estragar tudo por um ciúmes idiota?

— Não sei bem o que vocês estão aprontando, mas garanto que não tem motivos para ficarem com ciúmes de nós dois.