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Dia 7
Rebecca estava imóvel. Rodeei meus braços em seu corpo, a abraçando. Sentia o seu coração acelerado e sabia que ela não estava bem. Eu também não estava nos meus melhores momentos. Vim correndo para casa assim que Cindy me ligou informando que o pai da Rebecca estava aqui. Eu sabia bem quem ele era. Ou pelo menos tinha uma noção muito boa. Ele era o Luke, a pessoa que a Rebecca estava fugindo. E sua reação não me deixava duvidar disso.
— O que você fez? — falei com ódio.
— Eu só quero levar minha filha de volta pra casa. — Ele respondeu.
— Você sabe melhor que eu que a Rebecca não é sua filha. — a apertei em meus braços quando disse isso. — Dessa casa ela não sai.
Ele soltou uma risada e isso me fez estremecer. Senti os dedos da loira começarem a se movimentar. Rebecca estava recobrando a consciência.
— E o que mais nós dois sabemos? — Ele disse de forma presunçosa.
— Vamos conversar em outro lugar! — Disse o fitando. — Vamos pro estúdio.
Ele concordou com a cabeça. Soltei um pouco a Rebecca e fui a levando comigo até o estúdio. Ele era a prova de som, o que indicava que a conversa seria reservada apenas para nós três.
— Pronto. — Ele disse me fitando novamente enquanto se sentava em uma das poltronas dali.
— Luke, não é mesmo? — Disse e ele sorriu, concordando.
— Vejo que já fui falado para você. — Ele abriu um sorriso — O que mais a Rebecca disse.
— Que você a quer morta. — Falei e senti a loira me apertar.
— Hm. — ele moveu a cabeça para a lateral. — É uma pena. Ela era uma preciosidade.
— Você não vai tirá-la dessa casa. — Falei a apertando.
— Acidentes acontecem, Nathan. — Ele me fitou.
— Eu juro que se fizer algo... — comecei a falar, mas fui interrompido.
— Você vai fazer o que, seu maconheiro de merda! — Ele disse rindo. — Sabe que não tem nenhuma credibilidade para isso. E, mesmo que tenha, em breve será esquecido. Você sabe como funciona o mundo.
— E você vai pagar pra ver? Se você cruzou o país atrás da Rebecca, é porque está com medo de algo. — Falei e seu sorriso se desfez. — Eu não serei o único que perderei aqui.
— Você não sabe o que está falando, garoto. — Ele tentou soar confiante, mas eu sabia que não era bem assim.
— Realmente. — Falei dando de ombros. — Podemos pagar pra ver ou deixar tudo como está.
