67 ▪ Maloley

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Dia 499

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Dia 499

— Nate? — Becca me chamou manhosa enquanto saía do banheiro.

A loira estava com uma toalha enrolada ao redor do seu corpo e destacava ainda mais a barriga. Eu poderia ficar horas olhando para o seu corpo sem me cansar. Um olhar tanto de desejo quanto de admiração. Eu estava em suas mãos sem nem mesmo ela pedir.

— Sim, babe? — Me aproximei da mesma, depositando um beijo demorado em sua cabeça.

Nesses últimos dias a garota estava sentindo mais dores do que o normal. Eu estava preocupado, mas ela disse que era normal, já que com a Angel foi assim também. Eu era pai de primeira viagem, não estava acostumado. Não podia considerar o parto da minha filha como um, já que estava em coma.

— Eu acho que o bebê quer nascer. — Ela me falou calma, o que me fez achar que era brincadeira.

Mas a Rebecca não era de brincar. Pelo contrário, ela era séria até demais. Fiquei encarando a garota, esperando ela falar que era mentira ou que estava tirando uma com a minha cara, mas ela não fez.

— Nate? — Ela insistiu em me chamar e então eu despertei dos meus pensamentos. — O bebê deve estar querendo nascer. — Ela insistiu.

— Como você sabe? — Perguntei ainda confuso.

— Eu estou sentindo muitas contrações. — Ela respondeu normalmente. Becca estava tentando soar calmo, ou seriam duas pessoas em pânico agora. — Pouco antes de eu ir para o banho, senti uma. E durante o banho eu senti outra. Elas eram bem mais espaçadas.

— Mas não tá cedo? — Perguntei ainda confuso. Era para o beber nascer em duas semanas ainda.

— Talvez já esteja no tempo dele. — Ela fez uma careta, levando a mão para as costas. — Vamos para o hospital, Nate! — Ela apoiou as duas mãos na bancada, respirando fundo algumas vezes até se acalmar e voltar a me encarar. — Vamos? — Ela voltou a sua expressão calma.

Eu sabia que ela estava se controlando por minha causa. Se ela estivesse um pouco mais agitada, eu estaria completamente perdido. Corri até o guarda-roupa, pegando o primeiro vestido que encontrei, que era o mesmo que ela usou no nosso casamento. Sorri com aquilo enquanto corria até a garota que estava penteando os cabelos, tentando mostrar uma calma que eu sabia que nenhum dos dois tinha.

Ajudei a Rebecca a se vestir e foi a primeira vez que vi a garota colocar um vestido sem reclamar. Acho que ela estava com dor demais para discutir com qual roupa ir, mas ela mantinha uma expressão serena. Fomos com cuidado até o carro, encontrando a Cindy no andar de baixo. Ela ficaria responsável pela Angel.

No caminho até o hospital Becca sentiu mais três contrações e dessa vez ouvi a garota gritar. Toda vez que começava uma ela apertava a minha mão com toda a sua força, o que me fez ter certeza que meu filho nasceria. Eu seria pai novamente. Estava formando a família que sempre quis.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora