Dia 281
— Eu ainda não acredito que você chamou aquela cobra para o mêsversário de seis meses da Angel. — Sammy estava fazendo manha enquanto tentava arrumar a minha filha.
— Ela está tentando, Sammy. — falei para o moreno, que me encarou bravo.
— Tentando? — ele rebateu bravo — Você não sabe como aquela cobra é.
— Por que tem tanta raiva dela, Sammy? — perguntei e o garoto me encarou.
— Não é raiva, Rebecca. — ele bufou — É só que eu sou o único que enxerga as coisas.
— Sammy, ela está grávida! — o repreendi.
— E quem me garante que é do G?
Ele pegou a Angel no colo e a colocou sentada em sua perna, balançando a mesma em seguida, como se estivesse cavalgando. Sammy seria um ótimo padrinho, apesar de tudo.
— Ela acabou de mamar. — disse rindo — Se eu fosse você, não balançava muito ou receberá um presentinho logo... — falei e o garoto fez uma careta, parando de balançar a bebê. — E sobre a Camille, sendo filho do Gilinsky ou não, não importa. Ela está grávida, Samuel. Grávidas são sensíveis e tudo afeta a gestação.
— Ela está dando o golpe da barriga, Rebecca! — ele falou com raiva.
— E o Gilinsky foi obrigado a transar com ela? — disse irônica. — Até onde eu sei, foi consensual, Sammy. Então foi consequência de um ato imprudente. Não venha colocar toda a culpa na Camille, porque ele poderia muito bem não ter transado ou então usado preservativo. E, de acordo com você, se ele sabia o que ela queria, ele que deveria ter ficado longe. — o garoto me encarou assustado — Então não venha culpar somente ela.
— Mas, Becca... — o garoto deu uma pausa, talvez para pensar no que falaria — Ela é uma chupa-fama.
— E o seu amigo Gilinsky sabia disso! — rebati — Mesmo assim quis enfiar o pau sem se precaver. Samuel, ela está grávida. A Camille está assustada, com medo de tudo. E você não está ajudando. Eu acho que sim, esse filho é dele. E você será o padrinho. Quer mesmo ter uma relação ruim com a mãe do seu afilhado?
— Eu não preciso ver a Camille quando o bebê nascer. — ele cuspiu as palavras.
— Você está sendo hipócrita, Samuel. — falei negando com a cabeça enquanto pegava a Angel no colo para terminar de arrumá-la. — Eu estava grávida de um filho que nem do Nate é e mesmo assim vocês me aceitaram, aceitaram o meu bebê.
— É diferente, Becca. — ele jogou o corpo na cama, cruzando os braços em seguida.
— Diferente por que? — Estava curiosa.
— Por culpa daquela puta o Skate se afastou da gente. — ele soltou — A Camille fez o Nate se afundar mais nas drogas e se afastar ainda mais de nós. Ela achava que a gente estava ajudando a te encontrar.
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Califórnia ▪ Nate Maloley
Fanfiction▪ Continuação de Texas ▪ Após 3 anos desaparecida, Becca retornou para a vida de Nathan Maloley.