38 ▪ Becca

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Dia 302

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Dia 302

Na noite anterior, Nate tinha insistido em pedir Tacos. Eu só aceitei para ele parar de me atormentar para comer. A verdade era que eu estava com os nervos à flor da pele. Meu humor variava do 8 ao 80 em questão de segundos. A tal policial estava testando meus limites.

"Amigas ou inimigas". Não sabia até que ponto poderia confiar naquela mulher. Minha barriga revirou, me trazendo de volta para a realidade e eu corri até o banheiro, tentando não fazer muito barulho. Nate ficaria preocupado ao acordar mais uma noite comigo vomitando.

Coloquei tudo para fora. Aquilo já estava sendo um hábito normal. Por sorte as minhas crises de ansiedade não voltaram, o que eu considerei um grande avanço. Isso deveria ser apenas um efeito colateral delas.

Quando terminei de vomitar, lavei meu rosto e me encarei rapidamente no espelho. Eu estava péssima, também não era para menos. A policial queria a minha ajuda para prender o Luke. O pior, é que em qualquer lado que eu estivesse, eu seria culpada. Eu não poderia alertá-lo, ou ela perceberia que eu estava mais envolvida do que ela sabia.

O Luke nunca cairia sozinho. E eu não sabia mais o que fazer e não poderia envolver o Nate nisso, ou a Angel ficaria sem ninguém.

Afastei esses pensamentos e saí do banheiro. Nate estava sentado na cama mexendo em algo no celular. Ele desviou o olhar para mim.

— Vamos para o hospital, Becca. — ele se levantou e beijou o topo da minha cabeça.

— Eu não vou para o hospital, Nate! — falei firme.

— Calma! — ele riu — A Camille está em trabalho de parto e o G está desorientado.

— O bebê vai nascer! — falei animada. — Vamos. Vou trocar de roupa.

Eu e Nate trocamos rapidamente de roupa, os dois com um conjunto de moletom. Quase parecíamos aqueles casais que fazem tudo junto, mas a verdade era que ainda estava de madrugada, frio e era a única roupa que nos deixaria confortáveis. Avisamos para a Cindy e ela cuidaria da Angel e depois fomos pegar o Sammy para irmos ao hospital.

— Eu não acredito que aquela bruaca foi inventar de me acordar de madrugada. — ele falou mal humorado enquanto saía do carro.

— A mulher não escolhe o horário que a bolsa estoura, Sammy. — disse rindo.

— Você não precisava ter vindo. — Nate disse sem paciência.

— Que bicho te mordeu? — Sammy perguntou diretamente para o amigo.

— Calma, Nate. — segurei o braço do tatuado que estava se virando para encarar o amigo.

— Calma não, Becca. — ele soltou seu braço — Eu estou cansado. Vim o caminho inteiro escutando ele reclamar da Camille. Se ele não quisesse, não era obrigado a vir.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora