44 ▪ Becca

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Dia 304

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Dia 304

Já era noite quando saí da recepção e voltei para casa. Escutei um barulho na sala e escutei uma voz que não queria ouvir tão cedo. Emma estava em minha casa e eu tinha certeza que em breve Lucy estaria ali. Ela era a minha única amiga, se é que eu poderia ainda a considerar assim. Depois de tanto tempo, era estranho pensar na minha vida antiga.

Fui direto ao banheiro. Ouvi passos me seguindo, mas ignorei e segui meu caminho. Quando estava fechando a porta, a pessoa a empurrou e entrou. Olhei para o tatuado confusa enquanto ele fechava a porta atrás de si.

— Eu... — ele começou a falar.

— Achei que já tinha ido embora, Maloley. — falei séria enquanto virava o corpo em direção à pia.

Abaixei meu rosto para lavá-lo. Não estava mais chorando, mas sabia que ele estava inchado e vermelho. Esperava que a água pudesse aliviar um pouco as duas coisas.

— Eu quero conversar... — Nate disse calmo.

Sequei o meu rosto na toalha que tinha ali e me virei para ele.

— Não temos mais o que falar. — falei baixo. — Estamos no banheiro, vamos sair. As pessoas podem pensar besteira.

— Já somos adultos, Rebecca. — Nate disse se aproximando. — O que há de errado?

Senti as mãos do tatuado segurar a minha cintura, me puxando contra seu corpo. Sentia sua respiração bater no meu rosto e ele estava aproximando sua boca da minha.

— Isso não é conversar. — falei quase em um sussurro.

— Talvez eu queira mais do que conversar. — Nate disse baixo, colando o nariz no meu.

Eu empurrei o tatuado de leve e ele se afastou, me olhando confuso. Eu dei a volta em seu corpo e saí do banheiro, indo direto para o quarto. Me virei para encará-lo e ele ainda estava confuso, mas veio até mim assim que revirei os olhos. Ele entrou no quarto e encostou a porta.

— Pode falar. — disse me sentando na poltrona ao lado do berço improvisado.

Nate se sentou na ponta da cama e me encarou alguns segundos.

— Eu conversei com os meninos hoje. — ele disse baixo e ficou me encarando.

— E?

— E... — Nate deu uma pausa. — E eles falaram que não faz sentido você ter transado com outro.

— Legal. — Respondi brava.

— Vai ficar brava até quando? —Ele perguntou confuso.

— Não estou brava, Maloley. — Respondi seca e o tatuado fez uma expressão de dúvida. — Estou chateada.

— Mas eu acredito em você. — Ele disse calmo.

— Depois do que os seus amigos disseram? — Falei brava. — Grande confiança você tem em mim.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora