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Dia 304
— Você está grávida, Rebecca. — falei desapontado.
Quando a garota afirmou com tanta certeza que era impossível, eu cheguei até a acreditar que estava sendo injusto, mas aquele resultado me mostrava que não. Rebecca estava com outro.
— Não tem como, Nate. — a garota disse aos prantos.
— Você pode fazer vários exames, Rebecca. Sempre vai dar positivo. Você está grávida.
— Isso está errado, deve ter alguma explicação... — Becca limpou as lágrimas.
— Tem... — falei debochado — A única explicação é que você é uma vadia e deu para qualquer um. Agora está assim.
— Eu mudei, Nathan. — ela respondeu seca.
Becca estava se segurando para não chorar, o que fazia a garota fungar algumas vezes. Ela poderia ser atriz, já que quase conseguiu me enganar.
— Eu quero que você vá embora. — Becca falou quando viu que eu não falaria nada.
— Eu não saio daqui sem a Angel. — falei duro. — Ela não tem culpa de nada, pode continuar morando comigo.
— A Angel é minha filha! — Becca falou duro e eu senti algumas pontadas no meu peito. — Se a sua primeira reação sempre é me atacar, eu não te quero perto dela.
— Primeira reação? — soltei um riso debochado. — Eu vim até a merda do Texas atrás de você, caralho! Eu jurei não mais pisar aqui e, na primeira oportunidade, voltei! Você acha que eu voltaria por qualquer vadia?
— Ah, desculpa. — ela respondeu irônica. — Não sou qualquer vadia, eu sou a mais vadia.
— Becca... — tentei falar, mas a garota interrompeu.
— Não, Nathan. — ela falou firme. — Você sempre desconfia de mim. Em tudo!
— Você só pensa em você, Rebecca. Quer o que mais?
— Eu aguentei a porra de quase três meses com você em coma, fiquei ao seu lado em todos os segundos, preocupada com a sua saúde. Nunca joguei isso na sua cara, porque eu não fiz pensando em ganhar algo, fiz porque eu me preocupei com você. — ela deixou algumas lágrimas caírem — Eu estava grávida, Nathan. Parei de comer, parei de ir nas consultas, nem na sua casa eu estava indo mais. — ela riu debochado. — Eu realmente penso só em mim.
— Eu só queria saber quem é a porra do pai! — falei com raiva.
— Se tem um bebê aqui mesmo, a porra do pai é você! — ela me empurrou com força. — Idiota!
— É impossível isso ser meu. — falei encarando a garota que estava chorando mais.
— Saí daqui, Nathan. — ela enxugou as lágrimas, mas elas caíram novamente — Saí e não volta nunca mais. Não precisamos de você.
