32 ▪ Becca

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Dia 131

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Dia 131

Nate estava me encarando, esperando alguma resposta. Eu estava paralisada, aquilo era muito para mim. Não de uma forma negativa, mas não poderia cobrar algo dele.

— Acho que está tarde... — falei — Precisamos dormir. O dia foi cansativo.

— Tudo bem, você não quer. — ele disse se afastando um pouco e se deitando — Entendido.

— Não é isso, Nate... — falei baixo, mas ele escutou.

— Eu não te entendo, Becca. — ele suspirou.

— Eu só não quero te cobrar muito.

— Eu quero isso, porra. — ele soltou uma risada — Eu quero isso. Quero ficar com a Angel, quero ficar com você. Isso não é nenhuma cobrança para mim, Rebecca.

— Eu não mereço isso, Nathan. — falei desapontada.

— Por que não? — ele perguntou se afundando mais no colchão.

— Porque eu não sou uma boa pessoa. — soltei — Só pessoas boas merecem ser felizes.

Nate soltou uma risada, virando o rosto para me encarar.

— Que merda é essa, Becca? — ele negou com a cabeça — Você é muito melhor do que eu.

— Eu não te mereço, Nathan. — soltei um suspiro.

— Pode até ser... — ele riu — Mas eu estou fodidamente apaixonado.

Ele paralisou assim que percebeu o que falou, tossindo em seguida para tentar mudar o foco. Acho que nem ele tinha noção. Eu acabei sorrindo com aquilo. De alguma forma, algo dentro de mim estava borbulhando e me aquecendo por inteira.

— Você o que? — perguntei me divertindo com a sua expressão.

— Porra...— ele negou com a cabeça — Foda-se. — Nate levantou o corpo, voltando a ficar por cima de mim — Se eu não falar agora, acho que nunca mais terei coragem. Eu te amo, Rebecca. Desde a época da fazenda. Que merda de declaração. — eu paralisei enquanto o observava falar de uma forma nervosa — Eu quero passar a merda da vida inteira com você, com a Angel...

Nate parou para me encarar. Eu não estava nem piscando direito. Tudo ao meu redor passava em câmera lenta. Aquilo não poderia ser real. Não mesmo. Era um sonho?

— Becca? — ele perguntou, me fazendo piscar mais rápido. — Está tudo bem. Não precisa retribuir ou falar nada. Sei que não está prep...

Eu te amo. — falei quando consegui colocar em ordem os meus pensamentos.

Nate elevou o canto dos lábios em um sorriso e permaneceu me encarando. Tudo à nossa volta não importava mais. Exceto uma coisa: Angel. O tablet emitiu um som. Era a Angel chorando. Nate virou o rosto rapidamente e, assim que percebeu o que era, se levantou rapidamente.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora